sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Feliz Ano novo!!!

Foto: Denis Nishimura A Passagem de ano no Brasil para um nikkei que vive mais no Japão é algo muito especial. Nós nikkeis, apesar de vivermos de ambos os lados estaremos condenados a nunca nos sentirmos plenamente felizes. As festas de fim de ano são uma oportunidade de descanso e confraternização entre amigos e parentes, mas o que fazer quando metade das nossas relações mais queridas estão no Japão e a outra metade no Brasil? Difícil responder...
No ano de 2010 passei o Natal com minha filha que mora no Brasil. Para mim é um momento único, já que só posso me encontrar com ela nas raras oportunidades em que viajo para cá. O Ano Novo também passamos juntos e foi muito bom... Para mim, os fogos, a música e a comilança estão em segundo plano... O mais importante é a chance de estar junto de quem amamos. Esse ritual de abraçar e beijar as pessoas queridas, para um nikkei tem um significado muito mais profundo. Sei que daqui a uns dias estarei voltando para o Japão e trabalharei lá por mais alguns anos. Sei que esse "simples" ato de estar junto de quem amo já não estará ao meu alcance... Essa metade das pessoas que amo vai ficar no Brasil. Em contrapartida, outras pessoas que estimamos e amamos estarão nos esperando no Japão. Quisera eu que todas as pessoas que amo estivessem sempre perto de mim...
Hoje minha amada filha está com 14 anos. Em maio deste ano ela completa 15... Quando eu voltar do Japão novamente ela estará com seus 17, ou 18 anos.
Tem uma frase do Renato Russo que diz: " É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, pois se você parar para pensar, na verdade não há..." Essa grande verdade sempre bate duro no meu coração.
Sei que o carinho e a oportunidade de viver esses momentos felizes não tem preço, mas também sei que o caminho que escolhi, no momento é a forma mais viável de concretizar meus objetivos e proporcionar para mim e para minha família um futuro mais seguro e confortável.
O que espero do da vida? A chance de lutar e conquistar estabilidade financeira. Tudo isso somado a saúde, Paz e Felicidade. É o que desejo para mim e é o que desejo para todas as pessoas que estão ao meu redor.
Que venha então 2011!!! Coroado de Bençãos, e Realizações!!!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Papai Noel dos trópicos

Desenho: Banco de imagens do Google
A lenda do Papai Noel todo mundo está careca de saber. Teve origem no hemisfério norte, onde Dezembro faz o maior frio. Lá atrás, a Coca-cola lançou um Papai Noel vestido de vermelho (até então as roupas do "bom velhinho" eram de outra cor). Uma jogada de marketing para fazer propaganda da marca e vender refrigerantes. Todo mundo sabe que a Coca-cola é um dos grandes ícones do capitalismo e sob sua influência muitas campanhas publicitárias foram veiculadas. Não é a toa que a imagem do Papai Noel se manteve intacta desde aquela época até os dias de hoje. Na contra-mão do bom-senso, o Papai Noel dos trópicos também veste aquela roupa vermelha de veludo, com gola e mangas de pêlo. Sem citar as botas... Coitados daqueles senhores gordinhos que fazem "bico" de Papai Noel no final do ano. No escaldante verão brasileiro, sob altas temperaturas, o infeliz está lá nas portas do comércio, longas horas de pé, balançando um sininho. Simula um sorriso sofrido e soltando aquele famigerado "ho ho ho" para as crianças. Quando a barba é natural, o desconforto com o calor fica intenso, mas é com a barba postiça que o PN sofre mais. Imagina aquele troço feito de algodão, ou sei lá o quê, amarrado com barbante, ou preso por um elástico apertando o rosto... Na parte da tarde o suplício é ainda maior... O PN vai almoçar. Descansa um pouco e volta a encenar o papel de bom velhinho. A feijoada, ou qualquer coisa mais pesada que tenha comido começa a fazer digestão. Há uma tendência a produção de gases intestinais e o velho gorducho começa a espremer a bunda para não peidar (ou fazer coisa pior) na frente das crianças. O suor começa a escorrer pelas costas e pelo rego indo parar nos fundilhos da cueca...
A empresa responsável pelos refrigerantes Dolly está veiculando uma propaganda com um Papai Noel vestido de verde. Achei meio esquisito, pois, desde que me conheço por gente, sempre mentalizei o Papai Noel vestido de vermelho, como a Coca-cola nos concebeu. Apesar de não aceitar muito um Papai Noel que não seja vermelho, ainda assim, achei a iniciativa da Dolly ousada e positiva, visto que ninguém ainda tinha se atrevido a fazer alguma alteração na sua imagem. Para nós brasileiros, a modificação que deveria ser feita seria uma espécie de "tropicalização" da indumentária do velho gorducho. Ainda que vermelho, mas com um tecido mais fresco e arejado.
Não venham me chamar de revolucionário, ou cruel... Aliás, cruel é fazer essa horda de coitados usarem gorro e grossos casacos e botas no calor do verão brasileiro.
Papai Noel de Shopping não sofre tanto, pois está sempre no conforto do ar-condicionado, mas Papai Noel de rua, aff... "PelamordeDeus", esses sofrem mais do que amendoim na boca de banguela.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Clima de Fim de Ano

Foto: Banco de imagens do Google Quando eu era criança, apesar das dificuldades, a gente sempre comemorava o Natal e Ano Novo em reuniões familiares. Os amigos da gente vinham passar as festas conosco e havia um clima diferente no ar. As dificuldades financeiras eram muitas, mas no fim de ano fazíamos pratos especiais, assados e saladas de maionese. Refrigerante era um luxo. Frango assado e churrasco também... Não ganhávamos presentes, mas estávamos felizes de alguma maneira. O final do ano proporcionava essa breve fase de Felicidade. Lembro-me de que quando findava Outubro e iniciava Novembro, as escolas já anunciavam as últimas provas do ano. Logo chegariam as férias. Logo chegariam as festas. A Rede Globo transmitia a tradicional vinheta de fim de Ano com aquela musiquinha:"Hoje é um novo dia de um novo tempo que começou..." Dava uma alegria interna como se fosse uma espécie de nirvana. O comércio decorava suas fachadas e vitrines com temas natalinos anunciando a proximidade do fim do ano. Apesar de todas as dificuldades, as vezes sinto como se essa época em especial fosse a única forma de me sentir Feliz. Guardo no coração as lembranças doces de todas as reuniões familiares que tivemos. Nessa época cessavam as implicâncias que meu pai tinha sobre mim. Havia uma certa harmonia entre eu e meus irmãos, então eu pensava: "As coisas poderiam ser sempre assim!" Nós parecíamos uma autêntica família. Apesar desses pensamentos, eu procurava afastar a certeza de que depois das festas a minha vida voltaria a ser o sofrimento de antes.
Com o passar do tempo nós crescemos. Os filhos sairam de casa, minha mãe faleceu, meu padrasto casou novamente e nunca mais senti aquela sensação de felicidade natalina outra vez.
As pessoas com as quais convivi depois, não valorizavam as festas de fim de ano e o clima de Natal e de ano novo se apagaram dentro de mim.
Espero um dia poder reacender essa chama que foi apagada a muitos anos atrás e viver novamente esse espírito de confraternização. Espero que uma vez acesa essa chama, que ela nunca mais se apague. Quero fazer isso não só por mim, mas por todos aqueles que vivem comigo. Para que compartilhemos juntos essa maravilhosa sensação de Felicidade, afinal, são só essas coisas que poderemos levar da vida.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A contradição nossa de cada dia

Foto: Banco de imagens do Google
A contradição existe em todos os lugares, mas tenho a impressão de que ela é muito gritante no Brasil. Pergunte a um estrangeiro qual a sua impressão do Brasil e em linhas gerais, ele responderá: "É um belo país, mas com gente extremamente rica num lado e com gente extremamente pobre do outro." Tais contradições podem ser vistas nas injustiças sociais, na política e nas situações mais corriqueiras do nosso cotidiano.
Por exemplo, quando há excesso no procedimento policial, vemos que os homens que são treinados e pagos para proteger a sociedade, muitas vezes fazem o papel inverso, tornando-se nossos algozes. Vejo a população temer a polícia. Por causa dos ladrões e bandidos, vivemos cercados por grades, quando deveríamos saber o verdadeiro sentido da palavra liberdade.
Já na antiguidade, a bíblia (bíblia com letra minúscula mesmo) nos narra conflitos e derramamentos de sangue "ordenados por Deus" e em nome desse deus os homens tomaram em suas mãos a liberdade de matar. (em ÊXODO 20:13 Deus dita o mandamento proibindo os homens de se matarem)
A lei do silêncio para quem não sabe vai das 22 horas até as 6 da manhã, isto é, se não a prolongaram até as 8 da manhã. No Bairro onde moro, tem noites de Quinta, Sexta, Sábado e Domingo que parece que estou numa Rave. O som é tão intenso que a minha janela de alumínio vibra. Não consigo nem assistir televisão.
Falando em contradição, tem muita propaganda na televisão mostrando uma família feliz e saudável, consumindo frituras. Uma famosa marca de Fastfood mostra pessoas saudáveis e alegres consumindo seus produtos. As mulheres maravilhosas das propagandas de cerveja nem de longe lembram os gordinhos bebedores de cerveja da vida real.
Quer ver situação terrível é quando você chega numa repartição pública, espera longas horas numa fila, escuta abobrinhas por todo lado, é um empurra-empurra, um espreme-espreme e quando chega a sua vez, você é mal atendido pelo funcionário de má-vontade... Na parede em lugar bem visível percebe-se um cartaz com os dizeres: "Artigo 331 do Código Penal: Desacatar funcionário público no exercício da função, ou em razão dela. Pena: Detenção de 6 meses a 2 anos, ou multa."
Ainda na linha de discussão sobre as contradições que presenciamos, alguém notou que os DVDs piratas vem com as mensagens: "Não compre DVD pirata" e "pirataria é crime", hahaha!!!Ainda me lembro que quando começou a onda do vale-tudo, tinha um cara que usava uma camisa com os dizeres: "atleta de Cristo" e ele era extremamente violento. Subia no ringue e surrava seus oponentes chegando a sangrá-los, coisa típica desse "esporte". Atleta de Cristo...Essa foi boa...
Vejo muita gente dizendo que anda passando necessidade. Dizem que não tem nem para comer, mas esses mesmos vivem com um cigarro aceso entre os dedos. Alguns, vez ou outra são vistos embriagados. Fico com pena, mas não consigo deixar de pensar que o dinheiro do cigarro e da pinga poderia servir para comprar um sanduíche, ou um litro de leite.
Como os gringos dizem, nosso país é um país de grandes desigualdades. Vejos as Petshops se multiplicando por aí. No Brasil onde muitas crianças passam fome, cães, gatos e periquitos comem ração balanceada. Xampu para cabelos custa 7 reais, enquanto xampu de cachorro custa 15 reais...
Não se admire se depois que você se formar, as empresas exigirem algum tempo de experiência. Oras, que contradição!!! Se nenhuma empresa te der uma chance de praticar seu ofício, de onde virá sua experiência???

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Novos nomes para velhos problemas

Foto: Banco de imagens do Google
As vezes tenho a sensação de que caí nesse mundo de pára-quedas. Fui inserido numa família de irmãos heterogêneos. Minha mãe, quando foi viver com o meu padrasto tinha a mim como filho de um casamento anterior. Eu tinha quatro anos na época. Meu padrato trouxe um menino quatro meses mais velho que eu e uma menina um ano mais nova. Posteriormente, meu irmão caçula nasceu. Ele era meu meio-irmão por parte de mãe e meio-irmão dos outros por parte de pai. Numa família de irmãos tão diferentes, não é de se surpreender que vivíamos num inferno. Em muitos momentos, não vivíamos, mas convivíamos uns com os outros. A minha vida em especial, era um tormento. Muitas vezes me senti um intruso naquela pseudo-família. Para as pessoas de fora, meu "pai" como eu sempre o chamei, nos tratava com igualdade. Essa era a filosofia que ele demonstrava. Essa era a imagem que ele passava... Nos bastidores, porém, a amarga realidade era bem diferente. Não é preciso surrar uma pessoa para marcá-la pelo resto de sua vida. Basta torturá-la com palavras e fazê-la sentir-se a mais inferior das criaturas. Pegue uma criança de quatro anos e jogue-a, indefesa no meio de outras. Humilhe-a, manipule situações onde todos se voltem contra ela. Faça-a crescer com a idéia de que ela é incapaz. Pronto. Dessa receita, você pode criar um monstro, ou uma pessoa com sequelas psicológicas para o resto da vida. Depois que meu irmão caçula nasceu, a minha vida tornou-se um suplício ainda maior. As coisas eram todas voltadas para ele. Ao mínimo chilique que ele tinha, nós éramos punidos. Tínhamos que cuidar do pestinha e aguentar todas as suas malcriações. Minha mãe criou-o dentro de uma redoma de vidro. Ele cresceu arrogante e egoísta. Hoje, infelizmente ela não está entre nós para ver o resultado de todo aquele mimo do qual ela me negou uma fagulha, mas que derramou abundantemente sobre ele.
Para mim, receber palavras como "burro, idiota, desleixado, vagabundo, incapaz" chegou a ser normal. Eu recebia tudo com certa resignação, afinal, como disse a minha mãe certa vez: "conforme-se, o seu santo não é mais forte do que o deles". Era muito ruim ser humilhado dentro de casa, mas era pior ainda ser humilhado diante das pessoas de fora. Dos amigos do meu pai, dos colegas de escola... Hoje tenho plena certeza de que não sofria de nenhum complexo de perseguição. Lembro-me claramente de todas as hábeis manobras que meu pai usava para me massacrar.
Paralelamente a todos os percalços domésticos, ainda tinha a escola rural onde estudei. Na época em que entrei lá, era o único descendente de japoneses. Ouvi vários comentários do tipo: "Você enxerga com esses olhos rasgados? Que coisa feia esse moleque, você nasceu do lado avesso? Por que você não volta para a China? Você não passa de um plantador de verduras!!! Volta para a sua terra, seu FDP!!!" Isso tudo somado aos diversos apelidos que me davam: " Chinês, japonês, japa, japoronga, amarelo, fu-manchu, jaspion..." Chamavam-me de tudo, menos pelo nome. Muitas vezes, quando não podiam me ferir com palavras, faziam aquele clássico gesto de puxar os olhos com os indicadores, fazendo uma careta para me caricaturar.
Sentia-me desamparado, pois se reclamasse, as outras crianças me dariam uma surra. Em casa, a única pessoa que podia me defender, fazia vista-grossa para as injustiças do meu padrasto.
Sem orientação e sem apoio, em muitos momentos senti vontade de dar fim a minha vida...
Para a minha "família" aquilo que eu hoje reconheço como depressão, para eles não passava de "frescura." Hoje muito se fala de BULLING. Na minha época já existia, mas a gente sofria muitas vezes calado, sem auxílio, sem defesa e sem orientação.
No ginásio conheci um anjo... Sabe aquelas pessoas que entram na sua vida, e te mostram que você é tão gente, tão importante e tão capaz quanto qualquer outra pessoa? Meu professor de Português. Sua simplicidade escondia a sua extensa bagagem cultural e sua sabedoria. Ele talvez tenha sido a primeira pessoa que me compreendeu como eu precisava, que me mostrou que eu não era inferior a ninguém... Me instruiu na sua matéria, mas também me mostrou o caminho para a vida. Acho que se não fosse ele e seus ensinamentos, talvez eu hoje fosse uma vaga lembrança do passado. Ele foi um anjo que me estendeu a mão quando eu estava na quinta série, mas somos amigos até hoje. Termino o texo por aqui... Acho que ainda não consegui exorcisar os demônios do passado e as lágrimas me impedem de prosseguir redigindo.

sábado, 27 de novembro de 2010

A Justiça dos homens

Ilustração: Banco de imagens do Google

A justiça como está configurada até os dias de hoje, permite lacunas, onde hábeis advogados aproveitam brechas no código e no sistema para reverter fatos que já passam de óbvios e plenamente passíveis de condenação. Vemos hoje, casos em que há pessoas claramente culpadas, mas que não são condenadas por falhas no sistema. A lentidão da Justiça, a influência, a corrupção e o poder do dinheiro muitas vezes contribuem para a continuação dessa impunidade que vemos todos os dias.
Existe uma contradição onde o complexo código, detalhado em seu teor, foi formulado para que fosse o mais justo possível... Tal complexidade, muitas vezes dá margem a novas discussões e recursos, surgindo daí a injustiça.
A mídia faz a sua parte mostrando os acontecimentos. Existem casos que só são profundamente investigados por causa da pressão da opinião pública e da repercussão causada pelos meios de comunicação. Infelizmente, no nosso país, quando uma pessoa de bons recursos econômicos sofre uma injustiça, parece que não enfrenta muitas dificuldades para buscar justiça. O pobre, porém, se sofrer uma injustiça, as vezes tem que "engolir o sapo" pois para ele, a busca por justiça é algo mais utópico.
Com relação ao código penal, reconheço que é difícil reformulá-lo ao ponto de se definir: Inocente é inocente e culpado é culpado. Acredito que o que mais incomoda a sociedade são os casos onde os réus são explicitamente culpados, as provas são determinantes, mas a lentidão da justiça e as brechas aproveitadas pelos advogados impedem a condenação de imediato.
A injustiça impera em nosso país nos mais variados campos e nas mais diversas situações cotidianas. A injustiça está presente quando você chega numa repartição pública e um funcionário te pede um monte de documentos (certidão disso, certidão daquilo, comprovantes, recibos, etc). Você já perdeu um dia, mas resignado, sai em busca dos tais documentos e volta em outro dia. Chega no balcão e outro funcionário te atende e diz que aqueles documentos não servem. Aí ele lista um monte de outros documentos e te diz com a maior naturalidade: "Só podemos te atender se você trouxer esses documentos..." Você já perdeu dois dias indo na tal repartição, e um indo atrás dos documentos... Vai perder mais dois!!!
Isso acontece nos mais diversos setores públicos e privados.
Outro exemplo: Em São Paulo as áreas ao lado das calçadas nas vias públicas são denominadas Zona Azul. Os agentes de fiscalização (os marronzinhos), multam quem não comprar e colocar o cartão no carro. Eles fiscalizam, multam, mas não vendem o tal cartão. Para comprar, ou você anda um bocado, procurando um posto de venda autorizado (com preço oficial), ou paga ágio nas mãos dos flanelinhas. O sujeito estaciona, sai para comprar o cartão e quando volta, o carro foi multado. Essa é uma grande injustiça causada pelo próprio sistema.
Outra injustiça aconteceu quando os bancos entraram em greve. Tem muita gente que não acessa internet. Tem muito boleto que não pode ser pago em lotérica, nem em supermercado... Conclusão: Os boletos venceram e muita gente teve que pagar multas, juros, ou mora. Pode???
Você sai para viajar, revisa o carro, mas no meio do caminho a sua seta, lanterna, ou uma luz de freio queima... No próximo posto, um agente rodoviário te para e te multa por andar com aquela luz queimada... Pode???
Em Santana, bairro de São Paulo, tem uma avenida (Avenida Dr. Zuquim) que em certo ponto vira uma ladeira íngreme. Acreditem, a velocidade máxima é de 40 Km por hora e inda tem um pardal eletrônico... Póde??? Quem é que anda ladeira acima a 40???
As vezes tenho a impressão de que só os bandidos é que se beneficiam com a lei, afinal, eles não se submetem a elas... Eles não se preocupam em pagar impostos (afinal tem dinheiro roubado para isso). Eles não se preocupam com multas, nem com infrações de trânsito, afinal andam em carros roubados. Eles não sustentam nem o governo, nem o sistema, pois moram em lugares onde são isentos de IPTU e pagam pequenas taxas de água e luz...
A maior injustiça que existe é essa: Nós, que pagamos impostos e taxas e nos submetemos as leis, somos todos os dias massacrados pelas altas tributações (imposto de renda, IPI, ICMS, COFINS, IOF...), além de sofrer com a lentidão do sistema, com a burocracia e com o sistema de saúde precário. Póde??? O sistema beneficia quem deveria punir e pune quem deveria ser beneficiado.

domingo, 7 de novembro de 2010

Hipocrisia

Foto: Banco de imagens do GoogleReligião todo mundo tem a sua. No Brasil isso é notável. Temos uma variedade de etinias, com religiões distintas, que convivem dentro de certa harmonia. Acho muito bacana e saudável que as pessoas acreditem em Deus. Acho louvável essa atitude de Fé, onde semanalmente elas se encontram para adoração e louvor. Não tenho absolutamente nada contra quem tem sua religião, mas fico incomodado quando tais pessoas insinuam que são melhores que os demais. Devo frisar que nem todas as pessoas religiosas são hipócritas, mas muitas dessas pessoas erguem suas doutrinas ao patamar de verdade absoluta. A grande contradição vem quando essas mesmas pessoas contradizem suas crenças com atitudes. No quesito contradição, católicos e evangélicos são campeões. Existe uma passagem da bíblia (com letra minúscula mesmo) que narra a indignação de Jesus frente ao comércio que estavam fazendo na casa do Pai ( João 2:13 a 16). O que se vê hoje é o comércio declaradamente estabelecido dentro dos próprios templos, onde são vendidos os mais diversos artigos com a maior naturalidade. Isso acontece tanto nas igrejas católicas, quanto nas evangélicas. O que Jesus diria dessas coisas?
Dar glórias ao Pai e fazer adoração sincera está longe de ser a meta dos empresários da Fé. Existem até redes de lojas especializadas em artigos para os fiéis.
Em um dos mandamentos que Deus supostamente escreveu nas tábuas da lei diz: Não tomarás o Nome do Senhor teu Deus em vão ( Êxodo 20:07). Pois é... O que mais presencio é gente hipócrita falando "Eu tenho Deus no meu coração" e "Deus abomina gente que não vai para a igreja... O seu destino é o inferno!" Quantos Cds e DVDs são lançados, aquecendo o comércio e a indústria fonográfica "em nome de Deus?" Eu admiro os verdadeiros cristãos que devotam suas vidas ao bem sem menosprezar as outras religiões.
Minha birra começa com o estudo da trajetória da igreja católica, desde os primórdios, passando pela composição da bíblia pelos quatro livros (Mateus, Marcos, Lucas e João), pois os outros não foram considerados escritos inspirados por Deus, ou foram classificados como heréticos. Tudo isso sem falar da "Santa inquisição" e das torturas e perseguições impostas a pessoas de outras crenças.
Tudo me faz pensar que não devo entregar minha alma a pastores, sacerdotes e as igrejas. Apesar de tudo, ainda tenho Fé no Cristianismo. O que dizer da bíblia? É um bom livro, mas para mim, é como um quebra-cabeça faltando muitas peças.
Agradeço os vários convites para ir a igreja, mas o que minha alma anseia é o Cristianismo de Verdade!!!

sábado, 6 de novembro de 2010

Estresse

Foto: Banco de imagens do Google Bem... Estamos cansados de saber que as pessoas vivem uma vida atribulada e blá blá blá...

Estamos carecas de saber que o estresse faz mal para a saúde do corpo, da mente e do espírito, mas ainda tem muita gente perdendo o equilíbrio por coisas fúteis. Tem muita gente que vive em constante estado de nervosismo, chegando muito próximo de um legítimo ataque de nervos. Atribuo, em muitos dos casos, tamanho estresse aos seguintes fatores:

  • Em primeiro lugar, ignorância (no sentido literal da palavra). Desconhecedores das regras de boa vivência em sociedade, a maioria só pensa no próprio bem-estar.
  • Egoísmo. Como disse na linha acima, quem só pensa em si mesmo causa grandes transtornos para as pessoas a sua volta, gerando dissabores e estragando o dia dos outros e o seu dia mesmo...
  • Cansaço. Não bastassem todos os fatores mencionados, a sociedade moderna convive com o cansaço de múltiplas obrigações com o trabalho, e outros compromissos que nos desgastam e nos fazem ficar impacientes.
  • Inflexibilidade. Numa situação de divergência de opiniões, muitas vezes não vale a pena discutir por coisas que não acrescentarão nada. As vezes é melhor contornar a situação, fingir que não ouviu um comentário maldoso, ou ofensa, do que perder horas discutindo, ou fazendo um boletim de ocorrência numa delegacia. Isso não quer dizer que a gente tenha que ser bobo, mas evitar um conflito verbal, ou pior, uma agressão física faz com que evitemos muita dor de cabeça.

Dia desses, estava eu num supermercado para comprar duas peças de mussarela. Bem... As filas dos caixas estavam "quilométricas"quando achei as benditas peças de mussarela. Entrei numa das filas, onde tinha gente de tudo quanto é jeito: Adultos, famílias com crianças, adolescentes... Depois de uns quarenta minutos, quando já estava me aproximando do caixa, vi uma atendente dizendo para um cliente que aquela fila era preferencial para idosos, gestantes e pessoas com crianças de colo. O cliente, por sua vez "armou o maior barraco." Naquele momento eu enxerguei a minúscula placa afixada em cima do caixa dizendo que alí era somente para atendimento preferencial. No momento em que entrei na fila, não tinha percebido esse fato, mas olhei para trás e as pessoas que estavam na mesma fila não "arredaram" o pé. Eu, por minha vez, apesar de estar errado, já tinha esperado tanto que não me animaria a mudar de fila... Eu só sairia, se as pessoas que esperaram tanto tempo, como eu, também saíssem... De certa forma, me vi numa posição incômoda por estar alí, mas também me sentia injustiçado, pois além da espera, eu entrara por engano na fila preferencial, como todas as dezenas de pessoas que estavam ali.

A solução encontrada foi deixar passar na frente as poucas pessoas que tinham crianças de colo, as gestantes e os idosos, que aliás não vi nenhum. Sentindo um pouco de vergonha por estar alí, me desculpei com a funcionária, que estava bem nervosa. Expliquei-lhe que eu não havia notado a plaquinha lá do final da fila. Acho que o estabelecimento também tem uma parcela de culpa, pois a visualização das benditas plaquinhas não era muito fácil. Depois de um tempão decorrido, eu saí do tal mercado levando as mussarelas da discórdia para casa. Pena que o nível de estresse estava tão alto no mercado que quando saí, tinha um sujeito fazendo o maior "auê" com os seguranças.

Adoro o meu país, mas tem coisas que ainda me chocam um pouco.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Feriado de finados

Foto: Banco de imagens do Google

Hoje, feriado de finados, amanheci um pouco triste. Não quis pensar nos motivos que me entristeciam, mas a mídia, as pessoas e o clima que paira no ar fazem com que a minha mente seja relembrada do porque deste feriado. Hoje, o dia está muito bonito e ensolarado, mas o meu estado de espírito me faz ver as coisas num tom cinza...
Desde que minha mãe partiu em 14 de Fevereiro de 1996, abriu-se um grande vazio dentro de mim. Uma ferida que o tempo se encarregou de aliviar a dor, mas que nunca cicatriza. Em momentos como esse, essa ferida as vezes sangra e dói. A passagem dela em si não é o fator mais dolorido, mas as circunstâncias em que o passamento ocorreu e a saudade que aperta no peito.
Quando entrei na vida adulta, Deus levou algumas pessoas do meu círculo embora. Sei que não devo questionar as decisões dEle, mas a lição é, as vezes, por demais dura para os nossos frágeis corações.
Batian, Ditian, mamãe, meu primo Manabu, Delo... Todos pessoas muito queridas e que deixaram muitas saudades.
Hoje, apesar do dia ensolarado, não quis ir ao cemitério... Odeio muvuca... Não tem lugar para estacionar, o congestionamento estressante e as filas me desanimam de sair... Fiquei enfurnado em casa o dia inteiro, mas não esqueci de fazer minhas orações e emanar as minhas vibrações de Amor, carinho e o desejo de que eles sejam encaminhados rumo a evolução. Que eles sejam levados por mãos amigas até a morada do Pai Celeste.
Gostaria de arrancar essa dor que carrego, mas quando penso que ela se foi, algo acontece e me faz trazer a tona as lembranças que estavam presas no fundo da minha mente.
Hoje, não tenho motivos para celebrar, mas para lutar e seguir em frente. Talvez essa seja a grande lição que eles nos deixam. Sei que preciso superar e exorcizar essas sombras do passado. Ainda me lembro da última vez em que vi minha mãe com vida... Eu estava de férias no Rio Grande do Sul. Ia voltar para São Paulo e com o semblante triste ela me disse: " Tchau... Vai com Deus meu filho"... Ela estava com sequelas de dois derrames. Os pés inchados... Já não segurava suas necessidades... No alto dos seus 51 anos, passou de uma pessoa extremamente ativa a um vegetal humano...Meu padrasto, acho que fez o que podia, mas ela precisava de cuidados especiais. Metade do seu corpo ficou paralizado. O coração inchou e ela tinha crises constantes. Queria eu poder dar parte da minha vida por ela... Se eu adivinhasse que ela não sobreviveria por muito tempo, eu teria largado minha pequena firma, meus compromissos e tudo mais... Ficaria ao seu lado até o último momento. A única pessoa que podia ficar ao seu lado ajudando meu padrasto a cuidar dela, negou-se, pois achava que todos daquela casa saíram para fazer a vida, ele é que não ia ficar lá cuidando dela. As palavas duras e egoístas me feriram profundamente: "Todo mundo saiu para fazer a vida! Eu vou fazer a minha também! Você que é o bom filho que fique aí cuidando dela..." Depois disso, cortei relações com ele. Aquele que chamei de irmão um dia... Anos depois ele me procurou para o aniversário do filho. Reatamos, mas nunca esqueci sua atitude do passado. Não sei se ele sofre com a lembrança da minha mãe. Não sei se sente remorso. Só sei que sua personalidade e maturidade até o momento não mudou muita coisa. Ainda hoje, 14 anos depois, não consigo deixar de carregar essa mágoa.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Pequenas lições de Vida

Foto: Banco de imagens do Google
Muitas vezes, por mais que tentemos explicar algumas coisas aos nossos jovens, é por demais complicado... Existem certos assuntos delicados, que ainda constituem tabu para a sociedade, mas que nossos jovens devem ficar a par, desde que tenham capacidade de compreensão para observar as coisas que acontecem a sua volta.
Por exemplo, ontem de noite, saímos para jantar eu e um amigo e meus dois sobrinhos. Vejo-os atentos as coisas que vêem e comentam... Deixo-os fazerem suas observações, comento algo de maneira descontraída e vejo-os aprendendo sobre as coisas da vida através da observação. Eles, apesar de jovens, já são entendedores dos problemas da sociedade e de dentro do carro, observam através da janela um outro mundo... O mundo que de noite se transfigura sobre as calçadas na forma de prostituição, uso de drogas, miséria e falta de oportunidades. Por si, eles sentem que estudar é importante e que a falta de entendimento, preparo e instrução arrasta essas pessoas para a margem da sociedade, onde o desprezo, a falta de respeito e o preconceito, por parte da maioria das pessoas é algo "comum".
Esse pequeno "tour" pelo centro da cidade causou indignação, nojo, riso e surpresa. Foi uma pequena lição para a mente dos meus jovens sobrinhos que ainda não conhecem esse lado sombrio da sociedade.
Sempre ensino-lhes que na nossa condição humana, tanto podemos estar centrados na vida, ou na margem dela, mas que apesar de tudo, somos todos seres humanos e por isso, devemos respeitar toda e qualquer pessoa não importa sua condição dentro da sociedade.

domingo, 17 de outubro de 2010

Efeitos da distância


Foto: Banco de imagens do Google
Quando as coisas acontecem a nossa volta, temos um certo nível de percepção para detectar certos problemas, mas quando as coisas acontecem conosco, parece que o problema fica ainda maior. Viver no Japão por muitos anos me aproximou de uma cultura milenar fantástica. Tive acesso as novas tecnologias mais cedo do que meus compatriotas no Brasil. Tive oportunidade de ter trabalho e salário dignos, além de poder planejar o meu futuro. Somente uma pergunta em minha mente não quer calar... Todas essas conquistas e oportunidades a que preço?
Fiz muitos bons amigos no Japão, mas deixo de estar com muitos dos meus queridos amigos do Brasil. Muitos parentes que vivem em terras brasileiras só se encontram comigo nas raras visitas que faço ao Brasil. Hoje, estou sem carreira estável no Brasil, sem planejamento, sem aposentadoria, sem seguro-saúde e um pouco deslocado do mundo empresarial, acadêmico e intelectual.
Esses dias, senti na pele uma mudança numa pessoa muito importante para mim. Fui visitá-la, coisa que faço sempre que posso. Quando estou no Brasil, tento vê-la com frequencia para que possamos passar bons momentos juntos. Hoje, aos 14 anos, ela é uma bela mestiça, educada, criada sob os melhores cuidados possíveis e amada por todos.
Ainda me lembro da emoção que tive quando ela nasceu. A sensação de Felicidade foi grandiosa.
Lembro-me dos cuidados, das trocas de fraldas, dos primeiros passinhos, das mamadeiras e das incontáveis noites sem dormir...
O divórcio e a minha ida ao Japão criaram um distanciamento, mas nunca deixei de amá-la... Busquei estar sempre presente através dos telefonemas, e-mails e presentes... Sei que isso não é o suficiente. Fui ao Japão para reconstruir minha vida, mas nunca abandonei a minha princesa. Talvez nem ela e nem ninguém saiba o quanto sofri de saudade, de angústia e de dor pela distância que tive que abrir entre mim e ela... No meu íntimo sei que tenho uma parcela de culpa por esse distanciamento e que talvez chegasse o dia em que ela me cobraria pelos meus anos de ausência... Nunca imaginei que ela fosse me tratar com tanta frieza...
Tem dias que chego em sua casa e digo um "oi Chiyuki" bem caloroso e abro o meu mais terno abraço juntamente com o meu mais amplo e alegre sorriso... Ao contrário de antigamente, quando minha pequena me recebia com os braços abertos, ela permanece de braços cruzados e diz um "oi" seco com o rosto sem expressão nenhuma... Volta para frente de seu notebook e mergulha em suas conversas virtuais com seus amigos. Tal atitude me parece uma lança atravessando o coração... Tem dias que tento rir da situação para conter as lágrimas...
Na verdade, não sei o que ela pensa a meu respeito e também não imagino o que ela queria de mim... Abri mão de tudo que trabalhei e construi na vida em favor dela... Busquei no Japão uma forma de reconstuir minha vida (praticamente do zero) e ainda ajudar na criação dela.
O que ela queria que eu fizesse? Que ficasse no Brasil, apertado, sem poder ajudar de maneira consistente e sem prespectiva de melhoras?
Confesso que quase ninguém tem a capacidade de me magoar, mas ser magoado pelas pessoas que a gente ama é muito duro. Passei uns dias deprimido, refletindo sobre esses acontecimentos, mas vou erguer a cabeça novamente e continuar lutando a minha batalha, mesmo que eu seja incompreendido. Talvez eu já não tenha o direito de amá-la... Talvez eu já não possa mais abraçá-la e nem beijá-la... Talvez eu só sirva para pagar pensão e ser alguém que ela diga: "Ah esse aí é meu pai". acho que não posso mais lhe dirigir o meu afeto e nem andar abraçado no Shopping, ou pelo menos de mãos dadas como vejo outros filhos e filhas fazendo... Tudo isso tão somente e simplesmente porque eu "só" sou o seu pai...

domingo, 10 de outubro de 2010

Reflexões para o próximo dia 12 de Outubro

Foto: Banco de imagens do Google

Todo dia 12 de Outubro é a mesma coisa... O comércio enfatiza o dia da criança, os católicos reafirmam sua fé na padroeira do Brasil, Nossa Senhora de Aparecida... Tem aqueles que não tem maiores compromissos, viajam para algum lugar... Alguns evangélicos usam a data para atacar a fé católica... Muita gente vai folgar quatro dias: Sábado, Domingo, enforcam a Segunda e voltam a folgar na Terça que já é feriado.
Num país como o nosso, que ascende dia a dia no patamar econômico (o que NÃO é mérito do PT e nem do governo Lula e sim do processo de desenvolvimento que o país atravessa), ainda é alarmante a quantidade de pessoas que ainda vivem em condições de extrema pobreza. Nesse contexto, as crianças são as maiores vítimas dos efeitos devastadores do quadro no qual estão inseridas. O quadro de miséria no qual vivem, deixam-nas totalmente vulneráveis aos mais diversos males: Doenças, drogas, crime, violência...
Muitas crianças são simplesmente abandonadas pelos pais, vivendo nas ruas e fazendo a "escola" do crime. Outras, são produzidas dentro de lares desestruturados, com pais sem formação e pouco esclarecimento. Cada dia na vida dessas crianças é um desafio de sobrevivência, fome, medo, incerteza e humilhação. O mundo lhes parece injusto, pois muitos desperdiçam as coisas das quais eles carecem. As vezes me lembro de uma frase que me soa até hoje na memória: "O inferno e o Paraíso é aqui." Tudo depende de como vivemos.
O governo pode e deve fazer mais coisas no sentido de proporcionar um futuro mais digno para as pessoas. Começando pelos milhões de reais que são desperdiçados e desviados, muitos projetos sociais poderiam ser implementados. A iniciativa privada também deveria ser convocada a ajudar em troca de alívio na carga tributária, entre outros benefícios.
Existe um ciclo vicioso que parece um câncer social, onde os investimentos não tem retorno imediato. Esse ciclo começa na injustiça social, onde as crianças, filhos de pais carentes, não encontram chances de inserção na sociedade, vivendo à sua margem. Não tem chance de adquirir conhecimento, pois não são estimulados a valorizar os estudos, consequentemente, não adquirem formação. Nesse processo, a medida em que o tempo passa, fica mais difícil conseguir um trabalho estável. A partir daí, muitos optam por adentrar na vida do crime. Não que a pobreza seja motivo justificável para as pessoas desrespeitarem as leis, mas a sua condição, por vezes o induz ao caminho "mais fácil."
Há de se dar condições para as crianças estudarem. Há de se direcionar os jovens a se prepararem para o mercado de trabalho. Há de se incentivar o empresariado a abrir suas portas e oferecer mais postos de trabalho estável. Aqui entra o novo conceito do ganha-ganha, ou seja, para o empresário ganhar, o governo, ou os trabalhadores não devem necessariamente sair perdendo. Todos podem e devem ser beneficiados. Existe uma espécie de cabo-de-guerra, um jogo absurdo de interesses, que na verdade deveria ser um regime de cooperação entre o empresariado e o governo. As estatais e a iniciativa privada geram riquezas e capital, mas parece que tudo é voltado para o benefício de poucos. O Brasil é um dos países de maior potencial de econômico, mas precisamos arrumar a casa. Precisamos extirpar a corrupção sumária e severamente. Precisamos eleger indivíduos bem intencionados, capazes e com vontade política. Só assim conseguiremos amenizar os problemas sociais deste país.
Há de se quebrar esse ciclo vicioso para que os resultados já sejam visíveis na próxima geração. Então, cuidemos das crianças de hoje, pois elas serão os cidadãos de amanhã.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

A moda dos Vampiros

Foto: Banco de imagens do Google
A escritora Stephenie Meyer conseguiu reunir em seus contos de vampiros, vários ingredientes que foram decisivos para que seus livros se consolidassem no gosto principalmente dos jovens. O natural fascínio que o mundo dos vampiros exerce sobre as pessoas, o romantismo excessivamente meloso e as vezes trágico e as descobertas da adolescência. Toda essa mistura vem de encontro ao anseio dos jovens. Daí em diante foi só explorar o filão comercial iniciado lá atrás por Bram Stoker e o mais famoso dos vampiros: O conde Drácula.
As vezes chego a questionar quem são os verdadeiros vampiros. As personagens com seus caninos afiados e pontiagudos, ou o mundo editorial e cinematográfico que vai sugar até o último vintém com a exploração do tema.
Assisti dois filmes da série e francamente achei meloso em demasia. A magia e o mistério são banalizados e o romance é bem forçado. O elenco é formado de belos rapazes e moças, o que ajuda a encher as salas de exibição. Os efeitos especiais ajudam a salvar o enredo mixuruca. Talvez a versão escrita seja bem melhor que a versão cinematográfica, como no caso do Código da Vinci. Quando assisti (ou melhor, perdi o meu tempo assistindo) Eclipse, ao final da sessão alguns adolescentes pagaram um mico aplaudindo (acredite se quiser) o filme, coisa que só se faz em teatro, ou em espetáculos onde os artistas estão presentes.
Dia desses, minha sobrinha queria muito ver o filme paródia "Os vampiros que se mordam". No original Vampires suck (vampiros chupam). O filme original é ruim... A paródia é pior ainda... O que eles chamam de "comédia" na verdade é uma tentativa frustrada de fazer o público rir. Em alguns momentos, as cenas até chegam a ser engraçadas, mas o filme peca no quesito humor. Humor chulo, sem-graça na maioria das vezes e que não agrada. Já faz tempo que não se faz um bom filme de comédia... Percebi algumas risadas verdadeiras e espontâneas e outras risadas forçadas... Perca de tempo, dinheiro e paciência. A minha própria sobrinha sugeriu que saíssemos na metade. Pois é... Na moda e na onda dos vampiros esse filme infame e desgraçadamente insosso vai enganar muita gente. Ao contrário do que sugere o trailler, não há garantia de boas risadas.
O jeito é ter paciência e aguardar as musas inspiradoras tocarem a cabeça dos escritores e roteiristas, pois as coisas que estão nos fazendo engolir goela abaixo faz os jovens acharem que humor é esse tipo de lixo.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Resultados das Urnas

Hoje não quero desviar a sua atenção com ilustrações, mas só com palavras... O resultado das urnas, pelo menos no aspecto geral, foi o que se esperava. A massa, que recebe ajuda social e financeira do governo, com medo de perder seus benefícios, continuou votando na candidata apoiada pelo governo. Esqueceu aquela enxurrada de escândalos envolvendo VÁRIOS nomes de peso do partido e fez vista grossa para o recente caso de corrupção ainda envolvendo o dito partido. Vimos a referida candidata se esquivando das perguntas pertinentes as falcatruas de seus companheiros no debate promovido pela Record. Aliás, o debate da Record foi melhor do que o da Globo.
O candidato do PSDB, José Serra, pelo contrário, recebeu e respondeu com clareza a todas as perguntas que lhe foram dirigidas. Coincidentemente, o Serra deu uma subida nas pesquisas, enquanto a Dilma deu uma caída... Por que será?
A candidata Marina, do PV foi, na minha opinião, a grande estrela desta primeira fase. Apesar de sua ainda pouca expressão, ela obteve um alto índice de votos, desequilibrando a disputa. Ela, com certeza, vai se tornar uma grande força dentro do cenário político. Sua plataforma de desenvolvimento sustentável, apesar de importante, ainda não é levada a sério e talvez ela só será ouvida quando a situação estiver crítica.
Outra zebra das urnas foi o Tiririca, que foi eleito com mais de um milhão de votos. Muitos eleitores simplesmente arriscaram, outros votaram só para "tirar um sarro", sem contar os votos que foram feitos como forma de protesto... Isso me fez lembrar do ex deputado federal Cacique Mário Juruna. Esperamos que ele faça pelo menos um terço do que o Juruna fez... Se é que as pessoas que estão tratando de derrubar o Tiririca não conseguirem puxar o tapete dele.
No senado, o Aluísio e a Marta já eram bem cotados para o cargo e o povo só veio confirmar isso através do voto. Acho que aqueles que se envolveram em tortura, escândalos e corrupção, deveriam ser eliminados da disputa.
Para o Governo de São Paulo, acho que o Maluf estava fora de cogitação. O Geraldo é o homem público mais preparado para o cargo. Resta saber o que vai acontecer no segundo turno para a presidência. Ou elegemos alguém capacitado e experiente para abrir os caminhos de uma nova era de desenvolvimento, ou continuaremos a dar dinheiro para a bolsa família, bolsa escola, bolsa dos corruptos... O que se precisa é de mais empregos e desenvolvimento e menos esmolas...

sábado, 2 de outubro de 2010

Cena Urbana


Foto: Banco de imagens do Google
Os motoqueiros são uma poderosa ferramenta para as empresas que precisam de mensageiros rápidos e eficientes, ainda mais quando se leva em conta que tempo é dinheiro. Assim como os transportadores em geral, eles movimentam o país levando documentos e encomendas de pequeno porte. Ases do volante, ou melhor, do guidão, esses trabalhadores saem diariamente para a sua luta do dia-a-dia. Acredito que a maioria faz parte de uma nobre casta de "cavaleiros sobre rodas" que estão lutando pela sobrevivência. Na contramão do bom-senso porém, jogam-se com displiscência com suas motos nas avenidas e estradas aparentado um total desamor pela própria vida. Estressados e impacientes, eles por vezes não toleram um carro mudando de mão sem fazer gestos agressivos e sem buzinar freneticamente com aquelas buzinas irritantes. Temos que ver as partes (condutores de automóveis e motoqueiros), antes de tomar partido. Na grande maioria das vezes, a grande vítima é o motoqueiro, que leva desvantagem pois num acidente envolvendo carro e moto, o motoqueiro sai invariavelmente machucado. O apelido de "cachorro louco" parece que faz jus a fama desses cavaleiros do asfalto.
Quero frisar que não tenho nada contra a classe, mas contra as coisas erradas que vejo por aí...
Certo dia, na Marginal Tietê, um motoboy fez uma "graça" no trânsito, "driblou'' vários carros fazendo um zigue-zague e perdeu o controle indo bater na lateral de um Celta que ia na minha frente. Pisca alerta ligado, porta lateral amassada e motoqueiro caído. Em menos de cinco minutos havia uma roda de motoqueiros alí. Uns ajudavam o "companheiro" a se levantar, outros tapavam a placa da moto para o motorista do Celta não vizualizar... Juntou uma verdadeira horda de motoqueiros que ameaçava surrar o motorista do Celta. Uns diziam: "Vaza, vaza que a gente segura ele!" Enquanto o pobre do motorista estava cercado de cachorros loucos, o motoqueiro e a moto que amassou seu carro fugiam sem prestar contas do ocorrido.
Bem... Se o motorista do Celta tinha seguro, vai desembolsar uns seissentos reais para pagar a franquia e arrumar o carro. Se não tinha seguro, vai amargar um prejuízo causado pela irresponsabilidade de um e assinado pela prepotência de vários. Acho que a classe tem que ser unida, mas deve defender causas e motivos justos. No caso ocorrido, houve uma grande injustiça e penso que cada um daqueles motoqueiros "solidários" devia sentir um pouco de vergonha, pois denegriram a imagem da classe com essa atitude.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Exercitando a Democracia







Imagens: Banco de imagens do Google
Toda eleição parece que é a mesma coisa... Depois de anos morando fora do país, estou tentando sentir alguma diferença no panorama eleitoral. Basicamente, quase não houve mudança. Em Guarulhos, na Grande São Paulo, por exemplo, percebi que não esticam mais aquelas faixas nos postes e há poucas propagandas nos muros da cidade. Menos trabalho para os letristas que vivem desse tipo de propaganda. Para compensar a redução de faixas e muros pintados, houve um aumento absurdo de "cavaletes" que ficam nos canteiros das avenidas poluindo o visual da cidade.
Quando procurava imagens para complemantar essa postagem, não imaginava que encontraria duas fotos e dois desenhos que se encaixariam perfeitamente no que eu gostaria de dizer. Os antigos chineses diziam que uma imagem vale mais que mil palavras... Pois bem, temos aí uma postagem que vale por pelo menos quatro mil!!!
Hoje, vendo a propaganda eleitoral gratuita pela televisão, sinto-me como um cliente que entra no mercado com dinheiro no bolso, mas não encontra bons produtos para comprar...
Fico enojado ao ver políticos que fizeram tanta sujeira no passado, posando agora de políticos "íntegros"... Dá-me uma grande revolta ver pessoas disputando o nosso precioso voto, pois, sei que depois da eleição só teremos notícias deles nos escândalos dos jornais.
fico triste em saber que muitos vão votar no Tiririca pelas palhaçadas que ele diz no horário de propaganda política. Tem muita gente pensando que eleição é brincadeira... Alguns vão votar no Tiririca por falta de opção, ou de informação.
Tem muito candidato que está visivelmente "tirando um sarro" com a nossa cara, mas infelizmente a massa desinformada vai eleger outra vez esse bando de Filhosd@put@!!!
Estou enojado com a hipocrisia na mídia, a disputa por espaço em todos os lugares onde os eleitores batem os olhos e vou ficar mais indignado ainda no dia da eleição (se eu ainda estiver por aqui), quando eu ver aquela enxurrada de papel espalhada pelo chão...
Eu sinto que o Brasil é um dos países com maior potencial para este século, mas enquanto a corrupção conjugada com a ignorância se fizerem presentes, essa e outras eleições sempre terão as mesmas figurinhas carimbadas.






domingo, 29 de agosto de 2010

As crianças e o Futuro


Imagem: Banco de imagens do Google
Site origem: mensageirosdoamor.com

Ainda tenho na memória uma frase que ouvi ainda na adolescência. "Quando vemos uma criança devemos ter dois sentimentos: Carinho pelo que ela é hoje e respeito pelo que ela será amanhã."
Vejo os governos negligenciando a juventude, mas isso não é só culpa do sistema, mas também das famílias, que preferem ver seus filhos trabalhando do que estudando.
Muitos diriam "Já terminou o ginásio, tá bom..." O que vemos atualmente é uma legião de jovens jogados nas escolas, desobrigados de aprender e que não vêem a hora de poder parar de estudar para ganhar um dinheiro. O governo deveria dar mais motivação... As famílias deveriam dar mais incentivo...
Nossas crianças tem um mundo de informação disponível a um clique de mouse, mas preferem ver amenidades... O problema não está nas crianças, mas em nós adultos que temos que orientar os mais jovens a adquirir conhecimento para enfrentar a vida.
O sistema de ensino público parece que não mais cobra o aprendizado dos alunos. Que bagagem eles terão na hora de fazer uma faculdade? Que futuros profissionais teremos prestando serviços para a sociedade?
A grade escolar já tem muita coisa, mas eu me pergunto se não poderíamos reformular os conteúdos que os jovens deveriam aprender. Exemplos?
  • Educação Moral e Cívica. (incluindo Direitos e Deveres do cidadão) Por que pararam de passar essa matéria tão importante na formação dos jovens?
  • Etiqueta social e empresarial. Muita gente não sabe nem como se portar na sociedade e no trabalho.
  • Educação para o Trânsito. Conteúdo importantíssimo para pedestres e futuros motoristas. Muitas desgraças seriam evitadas se as pessoas tivessem mais consciência.
  • Matemática aplicada a vida prática. Muita gente sabe resolver equações complicadas, mas não sabe fazer contas elementares do dia-a-dia.
  • Internet e informática.
  • Saúde e medicina básica. (Identificação, prevenção e tratamento de doenças).
Tem muitas outras coisas que gostaria de citar, mas que não me ocorrem no momento.
As crianças que vejo no Brasil serão os adolescentes que encontrarei quando retornar do Japão, assim como os adolescentes serão os futuros adultos da nossa sociedade. Devemos pensar bem como guiar esses futuros cidadãos. Eles herdarão o mundo em que vivemos hoje.

Deixo aqui expresso o meu carinho pelas crianças que me cercam:

  • Chiyuki, razão da minha vida e do meu esforço;
  • Henrique e Flávia, do Titoin e da Rosangela;
  • Djeni e Gueu, da Denise;
  • Vinícius, da Elizângela, minha comadre;
  • Yasmin, do Marquinhos;
  • Felipe, da Solange e do Edson;
  • Mônica e André, do Professor Luís;
  • Kauan e Rayane, do Ivan e da Suzana;
  • Amanda e Alexandre, do Nonô e da Mônica;
  • Arthur e Lucas, do Márcio e da Regina;
  • Marcelinha, do Marcelo e da Aline;
  • Sayme, Bibi e Chelsea, da Lesley;
  • Fabrício, dos meus amigos paraguios;
  • Lukita, da Cláudia e da Bete;
  • Douglas, da Elizangela e do Marcelo...
E tantas outras crianças que não caberiam nesse espaço. Todas moram no meu Coração e desejo sinceramente que elas tenham um futuro brilhante.

domingo, 22 de agosto de 2010

ELEIÇÃO É COISA SÉRIA!!!

Imagem: Banco de imagens do Google Site de origem: ilustrando.zip.net

Não sei se os políticos nos fazem de palhaços, ou se somos nós que nos deixamos enganar... Depois de anos sem participar de nenhuma eleição, talvez eu não tenha direito de reclamar da política do meu país, mas sinto um grande despreparo por parte dos eleitores no sentido de identificar qual o candidato ideal e merecedor do seu voto.
Entra ano, sai ano e a política parece que não muda. A mentalidade muito menos. Vejo por aí muitos candidatos que foram protagonistas de grandes escândalos e que tem a ousadia de vir a público pedir o nosso voto... Muitos dos políticos que foram acusados de graves crimes contra o patrimônio público, hoje aparecem com pose de pessoas íntegras e com tom sério na voz.
Nessa onda de aproveitar a ignorância das massas, muitos aspirantes a político estão na mídia pedindo o seu precioso voto. Talvez a frase acima soe meio infeliz, mas infelizmente é o número de votos que elege esse bando de fihos d@ put@, e não os votos conscientes...
O ex-presidente Collor foi eleito por uma massa desinformada... O sujeito Jovem, bonito para os padrões da época, atlético, com boa oratória e com pose de político honesto... Elegeu-se sobre a plataforma de "caçador de marajás"... Deu no que deu, foi derrubado do poder sob Impeachment. Saiu do planalto sob os gritos de "fora ladrão" e "revista ele"...
Quero sair da generalização, mas a frase "brasileiro tem memória curta" se confirma a cada eleição. O referido sr. Collor renunciou antes do Impeachment para não perder seus direitos políticos. Elegeu-se anos mais tarde para outros cargos depois de cumprir seu tempo sem se candidatar.
Ainda me lembro da minha professora Cida de História e Geografia no ginásio: "gente, eleição é coisa séria... Não vai votando em qualquer um sem conhecer o passado político dele. Se você se interessar pelo trabalho de um determinado candidato, busque o passado dele... Pergunte para as pessoas mais velhas sobre ele!!!"
Como disse anteriormente é a massa que elege essas pessoas que serão responsáveis pelo país que é de todos nós... Vou deixar uns pequenos exemplos de candidatos para que as pessoas reflitam sobre a sua atitude eleitoral:
  • Tiririca. "Vote no Tiririca, pior do que tá não fica!" O que será que ele quer fazer lá em cima? Talvez sua gestão seja voltada para o direito dos palhaços e para a popularização das calças coloridas...
  • Maguila. Ele me parece ser uma boa pessoa, simples, humilde, boa praça, mas totalmente despreparado para assumir um cargo dessa natureza.
  • Integrantes do KLB. Dois dos irmãos se candidataram. Aproveitando sua popularidade,muitas das meninas de dezesseis anos votarão neles. Será que esses meninos bem-criados conhecem os problemas do nosso cenário político?
  • Tati-quebra-barraco... Putz, foi isso mesmo que eu escrevi? Desculpem, mas as entrevistas dela para a mídia devem vir cheias de gírias, palavrões e sentenças de duplo sentido... Deviam arrumar um cargo na área de educação para ela. A "contribuição" seria grande...
  • Mulher-Pêra. O que ela quer fazer? Lutar pela redução no preço das frutas? Oras façam-me o favor! Se quiserem votar nessas pessoas, estejam a vontade, mas não reclame depois que o país está uma merd@...
Certa vez li em algum lugar: "O povo despreparado que quer que seus políticos sejam bons é comparável a uma pessoa feia que quer ver uma imagem bonita no espelho!" Que a consciência seja uma atitude presente nesta próxima eleição.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Muita filosofia e pouco dinheiro

Foto: Denise Nishimura A filosofia nos ensina que dinheiro não é tudo. Concordo, mas tenho que acrescentar que esta frase deve ser complementada por mais explicações acerca da realidade da vida que a maioria de nós levamos. As pessoas querem acreditar que podem viver com pouco dinheiro. O pouco a que me refiro é uma quantidade insuficiente para uma vida digna. Oras, se vamos filosofar, eu diria: Nem só de pão vive o homem!
As pessoas precisam de muitas coisas para ter uma vida digna: Casa, comida, lazer, cultura, atividades físicas e mentais, assistência médica, educação e muitas outras formas de interação social. Tudo isso não é possível se não hover dinheiro!!!
Dinheiro é fundamental em qualquer lugar, mas no Brasil a gente sente os efeitos de sua carência de maneira mais evidente. Dizem que o dinheiro não traz Felicidade... Concordo em termos, mas a falta de dinheiro é hoje a origem dos problemas da maioria das pessoas.
Vejo pessoas com grande potencial jogadas no esquecimento, pois não possuem dinheiro para desenvolver seus projetos.
Vejo pessoas doentes que não se curam por falta de dinheiro para custear remédios e tratamentos.
Vejo casais que se amam verdadeiramente e que, apesar de muito esforçados, não podem viver em dificuldades financeiras. Saem marido e mulher, muitas vezes em direções opostas para desesperadamente buscar trabalho (consequentemente dinheiro) e vão se distanciando gradativamente.
Vejo pessoas que não comem direito, não dormem direito e caem em depressão por conta de dívidas.
Sei que nem todas as pessoas estão nessa situação por vontade própria, mas também sei que muitas pessoas que passam por dificuldades hoje é porque foram negligentes no passado, desperdiçando preciosos recursos que hoje seriam melhor aproveitados.
As pessoas que gostam de filosofar que me perdoem, mas aqui vai uma coisa que me parece óbvia: Dinheiro é fundamental! Deus nos deu o livre arbítrio juntamente com a sabedoria para que fizéssemos as escolhas certas. Não estou dizendo para as pessoas saírem por aí e trabalharem como loucos, juntar dinheiro como os avarentos e privar-se das coisas da vida. O que é necessário que se entenda é que devemos administrar o dinheiro e dar-lhe o seu devido valor e importância. Então peço para as pessoas filosofarem menos e cuidar mais do seu dinheiro, assim, teremos menos pessoas com problemas financeiros no futuro.

sábado, 7 de agosto de 2010

Frases que a gente escuta

Tem umas coisas que a gente escuta e pensa: "Foi isso mesmo que eu ouvi?"
Nesta minha passagem pelo Brasil, que já dura sete meses, ouvi frases e frases... Confesso que ri muito de umas, fiquei ofendido com outras... Aí vem na cabeça da gente aquela frase: "Melhor ouvir isso do que ser surdo!"
Para encurtar a conversa, vou postar algumas frases que achei que mereceram destaque.

"Mas vai ser folgado assim lá na Coréia!"
Ouvi isso na época em que as fiscais da Zona Azul atuavam no Brás. Estacionei, mas resolvi colocar o carro em outro lugar. Nisso a mal-educada e racista da mulher que estava fiscalizando achou que eu estava fugindo dela para não tomar multa. Foi quando ela proferiu essa frase infame. Ela achou que eu fosse coreano.

"Olha mãe! Uma água-viva morta!"
Essa frase engraçadinha foi de uma menina na praia de Cidreira-RS ao ver uma medusa morta na areia.

"A minha filha nasceu de um milagre, pois eu tinha um problema no útero esquerdo." Não vou citar o nome da dona desta frase, mas quantos úteros tem essa mulher?

"Bah cara. Tu me causou um prejuízo, heim!"
Frase dita por um motoqueiro que tentou me ultrapassar dentro de uma rotatória pela esquerda. Como resultado dessa manobra errada, ele quebrou o cotovelo, o carona quebrou o tornozelo, a moto ficou danificada e o porta-treco foi para o beleléu...
O carro que eu conduzia ficou com a porta esquerda toda amassada, o paralama amassado, o retrovisor foi para o saco e ainda por cima tive que ir várias vezes na delegacia. O cidadão me pediu duzentos reais pelas despesas médicas e táxi. No final, quase fui processado por dano físico culposo (sem intenção). Amarguei uma conta meio alta com o conserto do carro.

"Você veio de avião?
Ouvi essa pergunta de uma amiga quando cheguei do Japão. Deu vontade de responder: Não, vim de ônibus. Agora tem um ônibus anfíbio, sabe?


"A senhora quer sentar?"
Essa pergunta foi feita por uma adolescente que estava sentada na cadeira azul do Metrô (preferencial para gestantes, idosos, portadores de deficiência e pessoas com criança de colo).

"Você é japonês nascido no Japão é?"
Aí eu me pergunto: O que eu respondo?

"Moço, agora a Yamaha lançou uma moto de 2000 cilindradas que é o bicho!!!"
Desculpe, mas eu não estou sabendo. (isso é uma moto, ou é um foguete?) Que lorota!!!

"Foi os japoneis que inventaro a Yamaha!!"
Nossa! Não diga... Essa afirmativa veio de um motoqueiro bêbado.

"Ou mano, eu vou te dar a real... querendo dá um tapinha num bagulho , mas sem grana... aqui na luta, trampano mais tá difícil... Tem como arrumá algum ?" Esse grandissíssimo FDP, além de maconheiro é cara-de-pau! Vem pedir dinheiro para fumar maconha?!!! Quem tem seu maldito vício que sustente!!!

"Participem da grande campanha de libertação"
Tudo bem... Vamos nos libertar dos vícios, da macumba, do mal olhado, da crise, mas... Quem vai nos libertar da lavagem cerebral que sofremos constantemente?

"Só ônibus" Placa no corredor de ônibus na estrada de Itapecerica da Serra. Detalhe: Muitos motoristas "espertos" trafegam pelo corredor exclusivo.

"Cuidado com o cão!"
Aviso no muro de uma igreja evangélica.

"Eu nasci no dia do meu aniversário!"
Putz... Que coincidência... Eu também!!! A frase acima veio de um menino de cinco anos.

Bem... Essas são as frases que mais marcaram e que ainda lembro. Muita coisa já rolou e muita água vai rolar. Daqui para o final do ano tem muito chão!!! Espero poder postar mais coisas interessantes por aqui. Um abração a todos e fiquem na Paz!!!