Foto: Banco de imagens do Google
Eu tinha um amigo que ia para a escola todos os dias pelo mesmo caminho. A certo ponto do trajeto, havia uma casa com portões de grade com um cachorro muito bravo. Ele provocava o cachorro todos os dias. Parava, acenava para o cachorro, colocava a mão próximo à grade numa distância que o animal não alcançasse. Irritava o bicho até deixá-lo babando de raiva. Não sei qual dos dois era o mais animal. O meu amigo com certeza era o que tinha a atitude mais idiota. Todas as vezes que ele passava, parece que o cachorro já o estava esperando, para latir e ser provocado. Só de ver o meu amigo, o cachorro se transformava. Pois bem, um dia, acho que a dona do cachorro já estava de saco cheio daquela situação e deve ter deixado o portão encostado, mas não fechado. Pode ter sido apenas um "descuido". Quando meu amigo se aproximou para sua "diversão" diária, o cachorro correu para o portão semi aberto e avançou nas pernas do meu amigo. Deu várias mordidas e, por sorte a dona chegou e puxou o cachorro para dentro. A calça foi rasgada pelos dentes do cachorro e haviam sinais de belas mordidas. Meu amigo fez um grande escândalo e disse que iria processar a dona do cachorro e que ela iria ter que pagar-lhe uma calça nova. Onde já se viu, deixar um cachorro bravo solto!!! A dona, pacientemente se desculpou e mostrou o comprovante de vacina do cachorro. O assunto se encerrou por ali e meu amigo nunca mais passou em frente ao tal portão. Se eu fosse um juiz, com certeza daria ganho de causa para o cachorro, visto que era uma fúria acumulada de tantos meses de provocação. O cachorro foi o mais inocente e a maior vítima naquela história toda.
Quando eu morava na chácara, sempre comíamos juntos... Eu e meus irmãos. Não ligava para os peidos do meu pai, nem para o jeito barulhento de comer do Seu Arnaldo, o primo do meu pai que morava com a gente. Só havia uma coisa que me incomodava muito: Nunca gostei de arrotos à mesa. Tenho uma sensação horrível quando alguém arrota na mesa. A impressão que tenho é que a pessoa está vomitando gases gástricos sobre a comida que estamos comendo. Meu irmão Toninho sempre teve essa mania idiota de arrotar à mesa. Não sei se era para me provocar, pois sabia que eu não suportava esse tipo de coisa... "Cara eu não posso ficar segurando um arroto. Faz mal. É uma coisa tão natural..." E dava um sorriso cínico. Muitas vezes me desentendi com ele por causa disso. O engraçado é que ele não fazia esse tipo de coisa na frente dos meus pais.
Os anos se passaram e tivemos que morar juntos no Japão. Na época, aconteceu uma coisa muito desagradável, que ele conta como se eu fosse a pessoa mais estúpida do mundo, mas existem coisas que tem duas versões. Antes de alguém se doer por causa das minhas reações explosivas, avaliem a minha versão também.
Trabalhávamos numa empresa chamada Yutaka Denshi. Ele fazia umas duas horas extras. Ia embora cedo e conseguia descansar relativamente bem. Eu fazia de três a seis horas extras na época e voltava para casa só o bagaço. Só dava para jantar, tomar banho e dormir para tentar descansar, pois a jornada se repetia no dia seguinte. Quando estou muito cansado, geralmente acordo calado e de mal humor. Odeio aquelas perguntas idiotas: "Que cara é essa? Parece que não dormiu bem... Por quê você não fala? O gato comeu a sua língua? Quando não estou bem, ou não gosto de uma situação, pela minha cara já dá para perceber...
Sentamos e começamos a comer. Em dado momento ele deu um arroto bem sonoro, seguido daquele riso cínico. Não aguentei... Surtei... Tive uma reação explosiva. Joguei a tigela de comida nele, chutei a cadeira e virei a mesa... Naquele dia entramos no meu carro (ele ia trabalhar de carona comigo) sem trocar uma palavra. Fui trabalhar com fome. Tal qual o cachorro, as vezes me sinto como uma bomba relógio, mas as pessoas vivem testando a minha paciência.
domingo, 29 de dezembro de 2013
quinta-feira, 26 de dezembro de 2013
As cinzas do Natal
Foto: Banco de imagens do Google
Quando a gente é criança, tende a ouvir determinadas palavras, ou termos e interpretá-los ao pé da letra. A primeira vez que ouvi o termo ''chá de bebê'', achei que iam pegar a água da banheira e fazer chá, rsrsrsrs... Sei lá, algum tipo de simpatia...
Um dia minha mãe me disse que a Quarta-feira de cinzas acontece depois do carnaval. Quarta-feira "de cinzas"? A ideia que me vem na cabeça até hoje é um gari varrendo toda aquela bagunça de confetes, serpentinas e todo o lixo que as pessoas jogam na rua... Junta tudo num canto e toca fogo... Daí as cinzas... Essa imagem mental se afirmou em minha mente de tal forma, que quando imagino o fim de algo, não consigo dissociar da questão de queimar e transformar em cinzas...
Quando eu era criança, sentia uma espécie de entusiasmo com a proximidade do final do ano. Apesar da infância pobre, minha mãe sempre fazia algo especial. Assava frango, fazia salada de batatas. Alguns amigos vinham comemorar com a gente. Era uma época em que o meu inferno doméstico de certa forma dava uma trégua... Eram os poucos momentos em que me sentia Feliz de verdade. Não era somente por causa da comida, mas pela reunião, pela alegria dos risos espontâneos e por saber que apesar de tudo, estávamos comemorando o nascimento de Jesus. Eu agradecia a Ele por tudo aquilo de bom, mesmo que por alguns dias... Imaginei que depois de adulto, apesar de toda a luta, ao menos a alegria de comemorar o Natal e o Ano Novo eu teria... Ledo engano. As vezes acho que não sou dono do meu destino. Conto nos dedos as poucas vezes que comemorei alguma coisa. Até certo ponto da minha vida eu me conformava, visto que trabalhava e sonhava com dias melhores. Hoje percebo que remei muito e me privar de algumas dessas alegrias não valeu a pena. As pessoas talvez nunca saberão o quanto esse tipo de coisa é importante para mim. Hoje até eu mesmo me incomodo com a minha apatia diante da vida, sabe por quê? Por que percebi que até uns poucos meses atrás eu trabalhei muito, mas não fui reconhecido. Fiz muitos sacrifícios, mas parece que as coisas passaram a não mais valer a pena. Parece que eu estou somente trocando seis por meia-dúzia e empurrando a minha vida ano após ano nesse país que se tornou a minha segunda pátria, mas que não me deixa Feliz. Agradeço muito a Deus pela chance de vir para cá e ter tido condições de construir a minha vida, mas vejo que a cada dia, eu estou morrendo por dentro, mas ninguém está nem aí. Na verdade cansei de servir de instrumento nas mãos de todo mundo. Ontem ouvi algo sobre mim que me deixou muito chateado:
"O Denis não ajuda as pessoas por que ele é bom, mas porque o ego dele precisa de aplausos..."
Na verdade, eu fico chateado, mas já não me decepciono com mais ninguém. Esses ano, ouvi tanta merda que a cota de sandices vindas de outrem já extrapolou.
Já faz dois dias que o Natal passou. Hoje é o meu último dia de trabalho na Belltech neste ano. Como nos anos anteriores, meu Natal foi uma bosta, e a previsão para o Ano Novo parece que não será diferente. Não fosse a empresa me dar um bolo de final de ano, o meu Natal teria passado em branco. Tudo bem, vou lutar e esperar por dias melhores. Quero me programar para ir embora em definitivo no primeiro semestre do ano que vem, se Deus me ajudar. No momento, só me resta varrer as cinzas do Natal.
Quando a gente é criança, tende a ouvir determinadas palavras, ou termos e interpretá-los ao pé da letra. A primeira vez que ouvi o termo ''chá de bebê'', achei que iam pegar a água da banheira e fazer chá, rsrsrsrs... Sei lá, algum tipo de simpatia...
Um dia minha mãe me disse que a Quarta-feira de cinzas acontece depois do carnaval. Quarta-feira "de cinzas"? A ideia que me vem na cabeça até hoje é um gari varrendo toda aquela bagunça de confetes, serpentinas e todo o lixo que as pessoas jogam na rua... Junta tudo num canto e toca fogo... Daí as cinzas... Essa imagem mental se afirmou em minha mente de tal forma, que quando imagino o fim de algo, não consigo dissociar da questão de queimar e transformar em cinzas...
Quando eu era criança, sentia uma espécie de entusiasmo com a proximidade do final do ano. Apesar da infância pobre, minha mãe sempre fazia algo especial. Assava frango, fazia salada de batatas. Alguns amigos vinham comemorar com a gente. Era uma época em que o meu inferno doméstico de certa forma dava uma trégua... Eram os poucos momentos em que me sentia Feliz de verdade. Não era somente por causa da comida, mas pela reunião, pela alegria dos risos espontâneos e por saber que apesar de tudo, estávamos comemorando o nascimento de Jesus. Eu agradecia a Ele por tudo aquilo de bom, mesmo que por alguns dias... Imaginei que depois de adulto, apesar de toda a luta, ao menos a alegria de comemorar o Natal e o Ano Novo eu teria... Ledo engano. As vezes acho que não sou dono do meu destino. Conto nos dedos as poucas vezes que comemorei alguma coisa. Até certo ponto da minha vida eu me conformava, visto que trabalhava e sonhava com dias melhores. Hoje percebo que remei muito e me privar de algumas dessas alegrias não valeu a pena. As pessoas talvez nunca saberão o quanto esse tipo de coisa é importante para mim. Hoje até eu mesmo me incomodo com a minha apatia diante da vida, sabe por quê? Por que percebi que até uns poucos meses atrás eu trabalhei muito, mas não fui reconhecido. Fiz muitos sacrifícios, mas parece que as coisas passaram a não mais valer a pena. Parece que eu estou somente trocando seis por meia-dúzia e empurrando a minha vida ano após ano nesse país que se tornou a minha segunda pátria, mas que não me deixa Feliz. Agradeço muito a Deus pela chance de vir para cá e ter tido condições de construir a minha vida, mas vejo que a cada dia, eu estou morrendo por dentro, mas ninguém está nem aí. Na verdade cansei de servir de instrumento nas mãos de todo mundo. Ontem ouvi algo sobre mim que me deixou muito chateado:
"O Denis não ajuda as pessoas por que ele é bom, mas porque o ego dele precisa de aplausos..."
Na verdade, eu fico chateado, mas já não me decepciono com mais ninguém. Esses ano, ouvi tanta merda que a cota de sandices vindas de outrem já extrapolou.
Já faz dois dias que o Natal passou. Hoje é o meu último dia de trabalho na Belltech neste ano. Como nos anos anteriores, meu Natal foi uma bosta, e a previsão para o Ano Novo parece que não será diferente. Não fosse a empresa me dar um bolo de final de ano, o meu Natal teria passado em branco. Tudo bem, vou lutar e esperar por dias melhores. Quero me programar para ir embora em definitivo no primeiro semestre do ano que vem, se Deus me ajudar. No momento, só me resta varrer as cinzas do Natal.
domingo, 22 de dezembro de 2013
Visita ao Museu da Telha
Foto: Arquivo pessoal
Localizado na cidade de Takahama, bem no cruzamento da ponte de Handa, encontrei por acaso, o Museu da Telha... Fiquei curioso e achei que seria interessante conhecer mais esse lugar, não só para acumular horas de atividades complementares para a faculdade, mas também para colher impressões sobre um museu tão peculiar. O prédio, bonito e de linhas modernas guarda uma das tradições da região. Ali, na região onde ficam as cidades de Takahama, Handa e Hekinan, existem muitas fábricas de telhas que produzem seus produtos a muitas gerações e desenvolveram um forte Know-how no segmento. A região produz telhas para o consumo do país inteiro. Bem em frente à escola em que faço estágio atualmente (Escola Alegria de Saber), tem uma fábrica de telhas com um galpão cuja fachada diz: 屋根技術研究所 (Yane Gijutsu Kenkyu-jo) = Laboratório de tecnologia em telhas. Isso mostra o quanto os japoneses são minuciosos com os produtos que produzem.
Localizado na cidade de Takahama, bem no cruzamento da ponte de Handa, encontrei por acaso, o Museu da Telha... Fiquei curioso e achei que seria interessante conhecer mais esse lugar, não só para acumular horas de atividades complementares para a faculdade, mas também para colher impressões sobre um museu tão peculiar. O prédio, bonito e de linhas modernas guarda uma das tradições da região. Ali, na região onde ficam as cidades de Takahama, Handa e Hekinan, existem muitas fábricas de telhas que produzem seus produtos a muitas gerações e desenvolveram um forte Know-how no segmento. A região produz telhas para o consumo do país inteiro. Bem em frente à escola em que faço estágio atualmente (Escola Alegria de Saber), tem uma fábrica de telhas com um galpão cuja fachada diz: 屋根技術研究所 (Yane Gijutsu Kenkyu-jo) = Laboratório de tecnologia em telhas. Isso mostra o quanto os japoneses são minuciosos com os produtos que produzem.
Um fato que é gritante com relação a atividade de produzir telhas, é que não é só uma questão de fabricar, mas de criar peças artesanais, mesmo que em grande quantidade, com um grande apelo estético. Notamos a preocupação não somente com a parte prática, que é cobrir edificações, mas também a parte estética, onde telhas em conjunto com elementos de tapar frestas e peças de caráter decorativo formam conjuntos harmoniosos, concebendo um resultado que salta aos olhos. Os japoneses são extremamente supersticiosos e a arte, religião e conceitos de Feng-shui se refletem de maneira clara também em sua arquitetura.
No Japão, as casas são construídas dentro de determinados padrões, observando-se os pontos cardeais. Em casas antigas e mesmo templos, mansões e castelos, podemos encontrar figuras de peixes, carrancas e outros animais. Muitos desse elementos guardam a significação contida nos símbolos japoneses, como a carpa que remete à ideia de força, coragem e persistência. Alguns telhados possuem detalhes como a flor de Lótus, que indica pureza e iluminação. O macaco, que significa inteligência e astúcia. Uma imagem muito comum é o Oni, carranca de demônio que é colocada nos telhados para fastar os mal espíritos. Contraditório, né.
(Fotos: Google imagens)
Pessoal, desculpem as imagens. Algumas fotos tirei com o meu I-fone, mas infelizmente dentro do Museu não é permitido tirar fotos, então tive que complementar usando imagens do site do Museu.
Para quem quiser conferir mais algumas impressões sobre o museu, segue o link:
O museu abre espaço para outras exposições e é um programa cultural relativamente barato. O estacionamento é gratuito. A exposição da ala de telhas custa meros 200 Ienes (menos do que duas latinhas de Coca-cola). Caso o visitante queira visitar a exposição itinerante da época, mais a exposição das telhas a entrada sai por 600 Ienes. Estudantes até o ginasial não pagam.
Na ala de exposições estão amostras de telhas de vários templos famosos. Podemos observar que a telha na antiguidade era artigo de luxo e não estava acessível para qualquer pessoa, visto o requinte com que eram produzidas. Podemos encontrar telhas esculpidas em material semelhante à pedra, telhas de porcelana, telhas com acabamento semelhante à louça e muitos outros tipos. Por se tratar de material encomendado aos artesãos da época não é de se admirar que muitas edificações tenham telhas exclusivas
Para quem está a procura de emoções, ou diversão, o Museu da Telha não é a melhor opção. Um visitante menos atento pode fazer a visita em 15 minutos. Para aproveitar a visita, é necessário estar com a mente aberta e receptiva às impressões. É necessário paciência e desprendimento para sentir todas as nuances e perceber cada detalhe dessa arte milenar. Ao menos para mim, a visita foi válida pelo acréscimo de informações e de bagagem cultural. Uma pena as peças estarem expostas dentro de vitrines. Meus dedos coçam de vontade de tocar e sentir a textura.
Além do Museu, o visitante poderá desfrutar o jardim ao redor do edifício com peças artísticas decorando o ambiente. Há também um templo ao lado onde há uma estátua que me pareceu ser um Buda. Vale a pena dar uma esticada, pois o ambiente nos transmite um ar de Paz e serenidade.
domingo, 24 de novembro de 2013
Varrendo a sujeira para fora da minha vida
Foto: Banco de imagens do Google.
Nossa, já fazia um tempo que não postava nada aqui. Sempre que posto, faço um pequeno aviso no Facebook e anexo o link para facilitar o acesso. Desculpem os amigos e as poucas pessoas com intelecto que acompanham esse modesto blog, mas além da correria que já enfrento normalmente, ainda há o estágio que faço na EAS de Hekinan, os conteúdos da faculdade que tenho que manter em dia e os trabalhos que tenho que desenvolver.
Como se não bastassem todos os percalços de percurso, ainda tive um problema sério com um ex-parente que me desestabilizou de maneira profunda. Se é que existe esse termo ex-parente...Se não existe, acabei de inventar. Viver no Japão já não é fácil, mas com alguém atravancando o meio de campo, a missão torna-se ainda mais penosa. Sabe aquele lixo que você junta as vezes dentro de casa? Então... Temos que jogá-lo fora para que o ambiente fique limpo. Com o referido ex-parente fiz isso... Aliás, já faz tempo que deixei de escabelar por causa das pessoas. Estou assumindo uma nova postura e fazendo uma faxina na minha vida. Vivendo no Japão a gente tem uns parentes que só vê quando volta ao Brasil. Até hoje eu me arrependo de ter ajudado essa pessoa a vir para cá. Tanta fofoca, tanta intriga e tanta falsidade. O erro da gente é pensar que por que nós somos bondosos com tal pessoa, ela vai nos tratar com o mesmo respeito e consideração.
Hoje, estou pedindo encarecidamente para os meus parentes e amigos que não me perguntem pelo Toninho. Não gosto de ficar me auto referindo, mas eu sempre estive ao lado dele quando precisou de mim. Sempre abri as portas da minha casa quando ele precisou. Sempre me preocupei com ele e com os filhos que ele abandonou no Brasil... Não vou ser hipócrita a ponto de dizer que não esperava nada em troca. Esperava sim: Respeito e consideração... Só isso. Ele me desrespeitou dentro da minha própria casa, traiu minha confiança e a confiança da namorada dele. Não sei o que ele disse para ela, para explicar a sua falta de vergonha e caráter, mas eu digo: Ou ela é muito ingênua (para não dizer burra) de continuar com ele, ou ela é tão mal caráter e sem vergonha quanto ele para aceitar as coisas que ele fez, do jeito que fez e ainda desejar juntar o dinheiro dela com o dele e viver uma vida em comum lá no Brasil. A vida deles não é da minha conta, mas é com esse crápula que ela quer viver o resto da vida? Vai fundo minha filha e faça bom proveito. O dia em que ela descobrir quem ele é, será tarde!!! O pior é ele sair por aí tentando dizer que eu sou um mal caráter... Quem é ele para falar do meu caráter? Quanta hipocrisia!!! A todos eu digo: Não há a necessidade de eu ficar falando certas coisas, mas é só analisar as atitudes de cada um para ver quem é quem. Tenho que pedir desculpas por essa lavação de roupa suja, mas as vezes encontro as pessoas na rua e não quero ficar dando longas explicações, por isso resolvi contar por alto o que aconteceu.
É por essas e por outras que o Toninho MORREU para mim. Repito: Não me perguntem mais do Toninho. Não quero saber se ele está bem, se está mal, ou se morreu. Espero que Deus o ilumine para que ele NUNCA mais precise de mim e para que ele arranje um lugar bem bacana para morar, BEM LONGE de mim, para que eu não tenha que passar pela experiência desagradável de olhar para a cara dele. Na atual circunstância eu sou capaz de dar-lhe um soco nas fuças!!!
Bem... Acho que agora está explicada a situação aos meus amigos e parentes, assim, a imagem de antipático que as pessoas tinham de mim não era por acaso.
Quando eu morrer, prefiro ser enterrado como indigente, do que tê-lo em meu velório...
Nossa, já fazia um tempo que não postava nada aqui. Sempre que posto, faço um pequeno aviso no Facebook e anexo o link para facilitar o acesso. Desculpem os amigos e as poucas pessoas com intelecto que acompanham esse modesto blog, mas além da correria que já enfrento normalmente, ainda há o estágio que faço na EAS de Hekinan, os conteúdos da faculdade que tenho que manter em dia e os trabalhos que tenho que desenvolver.
Como se não bastassem todos os percalços de percurso, ainda tive um problema sério com um ex-parente que me desestabilizou de maneira profunda. Se é que existe esse termo ex-parente...Se não existe, acabei de inventar. Viver no Japão já não é fácil, mas com alguém atravancando o meio de campo, a missão torna-se ainda mais penosa. Sabe aquele lixo que você junta as vezes dentro de casa? Então... Temos que jogá-lo fora para que o ambiente fique limpo. Com o referido ex-parente fiz isso... Aliás, já faz tempo que deixei de escabelar por causa das pessoas. Estou assumindo uma nova postura e fazendo uma faxina na minha vida. Vivendo no Japão a gente tem uns parentes que só vê quando volta ao Brasil. Até hoje eu me arrependo de ter ajudado essa pessoa a vir para cá. Tanta fofoca, tanta intriga e tanta falsidade. O erro da gente é pensar que por que nós somos bondosos com tal pessoa, ela vai nos tratar com o mesmo respeito e consideração.
Hoje, estou pedindo encarecidamente para os meus parentes e amigos que não me perguntem pelo Toninho. Não gosto de ficar me auto referindo, mas eu sempre estive ao lado dele quando precisou de mim. Sempre abri as portas da minha casa quando ele precisou. Sempre me preocupei com ele e com os filhos que ele abandonou no Brasil... Não vou ser hipócrita a ponto de dizer que não esperava nada em troca. Esperava sim: Respeito e consideração... Só isso. Ele me desrespeitou dentro da minha própria casa, traiu minha confiança e a confiança da namorada dele. Não sei o que ele disse para ela, para explicar a sua falta de vergonha e caráter, mas eu digo: Ou ela é muito ingênua (para não dizer burra) de continuar com ele, ou ela é tão mal caráter e sem vergonha quanto ele para aceitar as coisas que ele fez, do jeito que fez e ainda desejar juntar o dinheiro dela com o dele e viver uma vida em comum lá no Brasil. A vida deles não é da minha conta, mas é com esse crápula que ela quer viver o resto da vida? Vai fundo minha filha e faça bom proveito. O dia em que ela descobrir quem ele é, será tarde!!! O pior é ele sair por aí tentando dizer que eu sou um mal caráter... Quem é ele para falar do meu caráter? Quanta hipocrisia!!! A todos eu digo: Não há a necessidade de eu ficar falando certas coisas, mas é só analisar as atitudes de cada um para ver quem é quem. Tenho que pedir desculpas por essa lavação de roupa suja, mas as vezes encontro as pessoas na rua e não quero ficar dando longas explicações, por isso resolvi contar por alto o que aconteceu.
É por essas e por outras que o Toninho MORREU para mim. Repito: Não me perguntem mais do Toninho. Não quero saber se ele está bem, se está mal, ou se morreu. Espero que Deus o ilumine para que ele NUNCA mais precise de mim e para que ele arranje um lugar bem bacana para morar, BEM LONGE de mim, para que eu não tenha que passar pela experiência desagradável de olhar para a cara dele. Na atual circunstância eu sou capaz de dar-lhe um soco nas fuças!!!
Bem... Acho que agora está explicada a situação aos meus amigos e parentes, assim, a imagem de antipático que as pessoas tinham de mim não era por acaso.
Quando eu morrer, prefiro ser enterrado como indigente, do que tê-lo em meu velório...
sábado, 19 de outubro de 2013
O significado da palavra EDUCAÇÃO
Foto: Banco de imagens do Google
Vivendo no Japão a gente perde a noção do tempo e acaba por se desacostumar com questões sérias do dia a dia. Questões como a violência, o vandalismo, a corrupção... Tudo isso flui da internet nos dando um choque de realidade aqui no outro lado do mundo.
Semana passada, um vídeo que se tornou viral na internet chocou a mim e a tantas outras pessoas pelo mundo afora. O caso da tentativa de assalto que acabou frustrada por um policial que estava passando na hora e que impediu a ação do bandido foi assunto até na mídia japonesa.
Para as poucas pessoas que não viram o vídeo, segue o link:
http://www.youtube.com/watch?v=ABvd4rZ1sqE
Abaixo o link da chamada no noticiário japonês:
http://www.youtube.com/watch?v=y2Zy35xCsMw
A que ponto que chega a desonestidade. Tomar bens alheios que foram comprados com o sacrifício de trabalho honesto. Tenho uma posição firme e opinião formada com relação a esse tipo de coisa: Ladrão, assaltante e vagabundo não deveriam ir para a cadeia... Para quê? Para a família dele ser sustentada pelo auxílio reclusão que o governo paga com o dinheiro que nós injetamos nos cofres públicos na forma de impostos diversos? Para ele ser mais uma boca na escola do crime que o cidadão sustenta? Sim... Os presídios hoje são a escola do crime. O sujeito entra lá, associa-se na cooperativa do crime, as famílias pagam uma taxa para esse “sindicato” que torna-se cada dia mais forte. Todas as despesas geradas por um detento são pagas pelo Estado que tira esse dinheiro de onde mesmo? Do bolso do cidadão honesto e que paga seus impostos!!!
Essa legião de vagabundos deveria pagar suas despesas com trabalho. O sistema prisional necessita de uma reforma, para que o indivíduo saia de lá capacitado a se reintegrar na sociedade. Há um grande desperdício nos anos em que esses elementos passam aprendendo coisas ruins, ao invés de se instruírem e aprenderem uma profissão.
Um dia ouvi uma frase, que não me lembro a autoria:
“...se esses homens conseguem cavar túneis com uma colher, imagina o que fariam com uma pá!!!”
O problema da criminalidade não é de hoje, mas está se agravando cada vez mais por duas causas que são as matrizes de todas as mazelas do nosso país:
A corrupção começa no próprio sistema, que foi modelado de maneira a pagar salários e benefícios absurdos aos nossos políticos. Na imunidade parlamentar e na certeza da impunidade. Na lentidão e na burocracia do sistema, que demora a condenar, mas que, quando condena, abre brechas em seu código para se recorrer e assim ficar empurrando o processo com a barriga. Na certeza de que tudo vai terminar em pizza... A corrupção é a mãe de todas as outras desgraças do nosso país. O dinheiro em quantidades vertiginosas que vai para o bolso de pessoas sem escrúpulos faz falta na Educação, na saúde, na segurança, no bem-estar social e no saneamento!!!
Na outra ponta dessa fogueira temos a falta de Educação, que é uma chama que cresce a cada dia e que pode acabar por dizimar a lenha da sociedade.
A palavra Educação (com “E” maiúsculo mesmo) tem um significado muito mais amplo do que esse que estamos acostumados a entender. Ela engloba não só as questões de formação escolar e acadêmica, mas também a formação do caráter dos nossos cidadãos. Educação começa em casa, no ensino dos valores que são as diretrizes de uma sociedade decente. Educação é o conjunto das coisas boas que aprendemos com a família somado a todos os conhecimentos que adquirimos no decorrer de nossa vida escolar e porque não dizer no decorrer de toda uma vida.
Voltando ao caso do assaltante, teve gente esclarecida que chegou a dizer: “...ele é uma vítima da sociedade, que não lhe deu chances...”
Desculpem-me o pessoal (muitas vezes babaca) da defesa dos direitos “humanos”, mas dou o meu apoio quando se trata da defesa legítima dos Direitos Humanos, mas culpar a sociedade pela atitude daqueles que preferem o caminho mais “fácil” é inadmissível.
O sujeito não estava passando fome. Eles tinham uma moto, provavelmente roubada, tinham dinheiro para comprar gasolina, corrente, bermudas bonés e moletons... Tinham disposição para roubar, então certamente tinham condições de trabalhar honestamente também!!!
Voltando agora ao assunto Educação, a importância dela se manifesta muito fortemente neste ponto: Pessoas honestas e decentes que mesmo passando por dificuldades, nunca abandonam seus valores morais. Conheço gente que mora na favela, trabalha e estuda. Batalha por um futuro melhor sem optar pela vida do crime. O Brasil vai entrar para o nível dos países de primeiro mundo quando conseguirmos controlar a corrupção e valorizarmos mais a Educação. É mais desejável investir em escolas do que em presídios.
Vivendo no Japão a gente perde a noção do tempo e acaba por se desacostumar com questões sérias do dia a dia. Questões como a violência, o vandalismo, a corrupção... Tudo isso flui da internet nos dando um choque de realidade aqui no outro lado do mundo.
Semana passada, um vídeo que se tornou viral na internet chocou a mim e a tantas outras pessoas pelo mundo afora. O caso da tentativa de assalto que acabou frustrada por um policial que estava passando na hora e que impediu a ação do bandido foi assunto até na mídia japonesa.
Para as poucas pessoas que não viram o vídeo, segue o link:
http://www.youtube.com/watch?v=ABvd4rZ1sqE
Abaixo o link da chamada no noticiário japonês:
http://www.youtube.com/watch?v=y2Zy35xCsMw
A que ponto que chega a desonestidade. Tomar bens alheios que foram comprados com o sacrifício de trabalho honesto. Tenho uma posição firme e opinião formada com relação a esse tipo de coisa: Ladrão, assaltante e vagabundo não deveriam ir para a cadeia... Para quê? Para a família dele ser sustentada pelo auxílio reclusão que o governo paga com o dinheiro que nós injetamos nos cofres públicos na forma de impostos diversos? Para ele ser mais uma boca na escola do crime que o cidadão sustenta? Sim... Os presídios hoje são a escola do crime. O sujeito entra lá, associa-se na cooperativa do crime, as famílias pagam uma taxa para esse “sindicato” que torna-se cada dia mais forte. Todas as despesas geradas por um detento são pagas pelo Estado que tira esse dinheiro de onde mesmo? Do bolso do cidadão honesto e que paga seus impostos!!!
Essa legião de vagabundos deveria pagar suas despesas com trabalho. O sistema prisional necessita de uma reforma, para que o indivíduo saia de lá capacitado a se reintegrar na sociedade. Há um grande desperdício nos anos em que esses elementos passam aprendendo coisas ruins, ao invés de se instruírem e aprenderem uma profissão.
Um dia ouvi uma frase, que não me lembro a autoria:
“...se esses homens conseguem cavar túneis com uma colher, imagina o que fariam com uma pá!!!”
O problema da criminalidade não é de hoje, mas está se agravando cada vez mais por duas causas que são as matrizes de todas as mazelas do nosso país:
- A corrupção;
- A falta de Educação.
A corrupção começa no próprio sistema, que foi modelado de maneira a pagar salários e benefícios absurdos aos nossos políticos. Na imunidade parlamentar e na certeza da impunidade. Na lentidão e na burocracia do sistema, que demora a condenar, mas que, quando condena, abre brechas em seu código para se recorrer e assim ficar empurrando o processo com a barriga. Na certeza de que tudo vai terminar em pizza... A corrupção é a mãe de todas as outras desgraças do nosso país. O dinheiro em quantidades vertiginosas que vai para o bolso de pessoas sem escrúpulos faz falta na Educação, na saúde, na segurança, no bem-estar social e no saneamento!!!
Na outra ponta dessa fogueira temos a falta de Educação, que é uma chama que cresce a cada dia e que pode acabar por dizimar a lenha da sociedade.
A palavra Educação (com “E” maiúsculo mesmo) tem um significado muito mais amplo do que esse que estamos acostumados a entender. Ela engloba não só as questões de formação escolar e acadêmica, mas também a formação do caráter dos nossos cidadãos. Educação começa em casa, no ensino dos valores que são as diretrizes de uma sociedade decente. Educação é o conjunto das coisas boas que aprendemos com a família somado a todos os conhecimentos que adquirimos no decorrer de nossa vida escolar e porque não dizer no decorrer de toda uma vida.
Voltando ao caso do assaltante, teve gente esclarecida que chegou a dizer: “...ele é uma vítima da sociedade, que não lhe deu chances...”
Desculpem-me o pessoal (muitas vezes babaca) da defesa dos direitos “humanos”, mas dou o meu apoio quando se trata da defesa legítima dos Direitos Humanos, mas culpar a sociedade pela atitude daqueles que preferem o caminho mais “fácil” é inadmissível.
O sujeito não estava passando fome. Eles tinham uma moto, provavelmente roubada, tinham dinheiro para comprar gasolina, corrente, bermudas bonés e moletons... Tinham disposição para roubar, então certamente tinham condições de trabalhar honestamente também!!!
Voltando agora ao assunto Educação, a importância dela se manifesta muito fortemente neste ponto: Pessoas honestas e decentes que mesmo passando por dificuldades, nunca abandonam seus valores morais. Conheço gente que mora na favela, trabalha e estuda. Batalha por um futuro melhor sem optar pela vida do crime. O Brasil vai entrar para o nível dos países de primeiro mundo quando conseguirmos controlar a corrupção e valorizarmos mais a Educação. É mais desejável investir em escolas do que em presídios.
domingo, 6 de outubro de 2013
Escolas brasileiras no Japão
Foto: Banco de imagens do Google
Quando comecei a fazer faculdade no Japão, não contava com o período de estágio obrigatório que teria que cumprir. Caso eu trabalhasse em fábrica, teria que dar um tempo no trabalho e partir para o estágio. Talvez fazer o estágio no Brasil na pior das hipóteses. Para o meu desespero, haviam duas grandes barreiras: 1- Conciliar o trabalho que exerço com os horários de estágio. 2- A falta de instituições brasileiras de ensino no território japonês.
Tentei em algumas escolas da minha região e as portas finalmente se abriram para mim na rede ESCOLA ALEGRIA DE SABER. Aproveito a oportunidade para agradecer a diretora na pessoa da professora Conceição Aparecida Matoba que tão gentilmente permitiu que eu faça o estágio na unidade de Hekinan. Obrigado à professora Kerli Nagahama de Português e ao professor Augusto Aguiar de Inglês por toda a paciência e apoio. Estendo também meus agradecimentos aos outros professores: de matemática, informática, ciências, artes e japonês pelo companheirismo, respeito e gentileza com que me tratam.
Bem... Fazia muito tempo que não pisava numa escola. A última vez que entrei num ambiente educacional foi em 2005, quando obtive a licença do Conselho Regional de Educação Física de São Paulo (CREF) para ministrar aulas de Karatê. Na época, dei aulas de Karatê no Colégio Paulo Freire (Jardim São João) e Colégio Vitoreli (Parque Estela), ambos em Guarulhos. Foi uma experiência de vida muito bacana e que marcou muito.
Hoje, quase uma década depois, sinto novamente aquele friozinho na barriga ao encarar uma experiência totalmente nova em minha vida. De certa forma viajo e em alguns momentos volto no meu tempo de estudante. Reparo em muitas coisas que sempre existiram nas escolas: As picuinhas, os bons amigos, as amigas que não desgrudam, os bagunceiros, os aplicados, a turma do fundão, os que esquecem as apostilas em casa... As vezes me dá uns flashbacks e me vejo na escola onde estudei. Lembro-me dos meus queridos professores e de muitos episódios que marcaram de maneira profunda na minha memória.
As vezes fico rindo sozinho quando lembro das típicas perguntas que os alunos fazem:
"...é para copiar? vai cair na prova? vale ponto? é para resolver tudo?..."
Escola brasileira no Japão é um desafio para a direção, para os pais e principalmente para os alunos. Somos brasileiros aprendendo coisas fundamentais do ensino acadêmico, mas estamos deslocados do nosso habitat natural: O Brasil. No caso da Escola Alegria de Saber, o material didático é muito bom. As apostilas do sistema COC são as mesmas usadas no Brasil e aliam o ensino de matérias elementares unindo assuntos atuais e de relevância social, como meio ambiente e vivência em sociedade. A escola é bem estruturada e as dependências são bem cuidadas. Confesso que me surpreendi com tudo, pois é tudo muito diferente daquela imagem distorcida que eu tinha das escolas brasileiras no Japão. O desafio é ensinar coisas do Brasil para brasileiros que vivem fora dele. Muitos alunos não estão por dentro do panorama sócio, político e econômico do Brasil e não entendem alguns conteúdos relacionados com atualidades e conhecimentos gerais. Por sorte, os professores são muito aplicados e estão acostumados com essa falta de conhecimento dos alunos e se desdobram em várias explicações que vão além do assunto abordado. Hoje não sei como anda o ensino no Brasil, mas na escola onde faço estágio, os alunos consideram os professores e a imagem deles ainda inspira respeito. Vejo os alunos se aplicando no sentido de somar pontos para a média através de trabalhos e preenchimento dos questionários das apostilas.
Meus professores tiveram influência direta nas questões de aquisição de conhecimento e no processo de amadurecimento da minha mentalidade. Hoje reconheço que a importância desses profissionais na sociedade influencia de maneira consistente a formação dos cidadãos que mais tarde sucederão os adultos de hoje que serão os idosos de amanhã. Vejo como missão e obrigação inserir na mente dos jovens que a educação é o caminho para a formação e capacitação dos futuros profissionais. É a forma que temos de escapar do círculo vicioso de nos tornarmos trabalhadores sem o estatus de uma profissão que gere segurança. Parabéns aos pais que incentivam seus filhos a estudar. Parabéns aos professores engajados na causa da Educação e finalmente, parabéns aos alunos que estão trilhando o difícil caminho do aprendizado e reescrevendo a sua própria história.
Escola brasileira no Japão é um desafio para a direção, para os pais e principalmente para os alunos. Somos brasileiros aprendendo coisas fundamentais do ensino acadêmico, mas estamos deslocados do nosso habitat natural: O Brasil. No caso da Escola Alegria de Saber, o material didático é muito bom. As apostilas do sistema COC são as mesmas usadas no Brasil e aliam o ensino de matérias elementares unindo assuntos atuais e de relevância social, como meio ambiente e vivência em sociedade. A escola é bem estruturada e as dependências são bem cuidadas. Confesso que me surpreendi com tudo, pois é tudo muito diferente daquela imagem distorcida que eu tinha das escolas brasileiras no Japão. O desafio é ensinar coisas do Brasil para brasileiros que vivem fora dele. Muitos alunos não estão por dentro do panorama sócio, político e econômico do Brasil e não entendem alguns conteúdos relacionados com atualidades e conhecimentos gerais. Por sorte, os professores são muito aplicados e estão acostumados com essa falta de conhecimento dos alunos e se desdobram em várias explicações que vão além do assunto abordado. Hoje não sei como anda o ensino no Brasil, mas na escola onde faço estágio, os alunos consideram os professores e a imagem deles ainda inspira respeito. Vejo os alunos se aplicando no sentido de somar pontos para a média através de trabalhos e preenchimento dos questionários das apostilas.
Meus professores tiveram influência direta nas questões de aquisição de conhecimento e no processo de amadurecimento da minha mentalidade. Hoje reconheço que a importância desses profissionais na sociedade influencia de maneira consistente a formação dos cidadãos que mais tarde sucederão os adultos de hoje que serão os idosos de amanhã. Vejo como missão e obrigação inserir na mente dos jovens que a educação é o caminho para a formação e capacitação dos futuros profissionais. É a forma que temos de escapar do círculo vicioso de nos tornarmos trabalhadores sem o estatus de uma profissão que gere segurança. Parabéns aos pais que incentivam seus filhos a estudar. Parabéns aos professores engajados na causa da Educação e finalmente, parabéns aos alunos que estão trilhando o difícil caminho do aprendizado e reescrevendo a sua própria história.
domingo, 15 de setembro de 2013
Não tomar uma atitude também é uma atitude!!!
Foto: Banco de Imagens do Google
Tenho observado o mundo e percebi que a evolução das coisas nos trouxe muitas facilidades e a vida foi se tornando mais fácil, ou pelo menos, menos difícil... A tecnologia, a globalização e a melhoria das coisas deixou o mundo mais pequeno e o volume gigantesco de informações se espalha pelo planeta de maneira vertiginosa.
Apesar de todas as mudanças, uma coisa é certa: O certo sempre vai ser certo e o errado sempre vai ser errado. Nesse caso não existe meio-termo...
Desde que me vi vivendo nesse mundo, sempre ouvi as pessoas pregando a Paz, o bom-senso, a bondade, a honestidade e por aí vai... Sempre ouvi dizer que no final, o Bem sempre triunfa... Apesar de todas as boas lições que eu e todo mundo recebemos, o mal sempre existiu... Sempre me deparei com pessoas dispostas a fazer o mal... A gente sempre ouve notícias de alguma maldade que foi feita...
Tenho a impressão de que com o advento da internet toda aquela maldade que muitas vezes não chegava aos nossos olhos e ouvidos, toda aquela sujeira e todo tipo de ações imundas cometidas por pessoas que se dizem seres humanos, ficaram mais evidentes. Os noticiários, os sites de notícias e até mesmo o Facebook tem escancarado aos nossos olhos o tamanho da maldade humana...
Só para começar, não entendo como pessoas podem ter tanta perversidade a ponto de enforcar animais indefesos e postar as fotos de tais maldades na internet como se fosse um ato digno de admiração. A inversão de valores chegou num ponto tão absurdo que é difícil imaginar que essas pessoas achem que esse tipo de atitude não seja certo... Aliás, todos nós que nos dizemos humanos temos a obrigação de saber e entender o conceito de certo e errado!!! A vida é feita de decisões... Muitas vezes somos obrigados a tomar uma decisão, e é aí que entra a importância de se ter uma noção profunda sobre o que é certo e o que é errado. Outro ponto importante é: a passividade também conta como atitude. Traduzindo: Não tomar uma atitude também é uma atitude!!!
Um fato que me chamou a atenção é a questão do combate ao bullyng nas escolas. Parece que esse problema tem diminuído consideravelmente, ao menos sob os olhares atentos do professores e monitores, mas é fora do ambiente escolar que as coisas acontecem.
Hoje os valentões e sua turma promovem verdadeiros shows de baixaria e humilhação. Espancam, humilham e causam feridas físicas, psicológicas e emocionais em suas vítimas. Enquanto isso vários celulares são usados para filmar e registrar esses atos bestiais intensificando ainda mais a humilhação da vítima. Uma multidão de estudantes assiste ao espetáculo bizarro passivamente. Parecem estar apreciando e se regozijando com o sofrimento alheio... As cenas são postadas na internet e servem como afirmação para essas pessoas de personalidade fraca.
Gente, cadê a turma do deixa-disso? Será que a Razão e o bom-senso morreram? Por que ninguém toma uma atitude???
A culpa é de todos!!! Dos pais que não souberam educar... Dos colegas que contribuem para que essa barbaridade aconteça, seja por omissão, seja por medo... Do governo que não investe na segurança... E finalmente de todo cidadão que passa e pensa: “Não é problema meu...”
Lembro de uma vez em que um amigo meu recebeu um elogio e respondeu com outro elogio... Ambos sorriram e uma terceira pessoa disse: “Vocês estão inspirados hoje!!!”
Guardo a frase que ele disse na memória até hoje:
“O mundo seria tão melhor se as pessoas ao invés de trocar agressões, trocassem gentilezas...”
Aprendi que a vida é feita de decisões. Tomar uma decisão é uma atitude... Não tomar uma decisão também é... Cabe a cada um de nós saber o que é certo fazer... Daí teremos que carregar na consciência as consequências dessas atitudes...
domingo, 8 de setembro de 2013
Reciclando a vida
Foto: Banco de imagens do Google
Bem amigos, como vocês podem perceber, andei meio sumido do blog. Desculpem-me aqueles que gostam das coisas que escrevo. Tenho recebido algumas queixas, mas tive um monte de contratempos que estou resolvendo da maneira que posso. Trabalho, faculdade, filho recém-nascido e mais um monte de coisas que aparecem sem a gente esperar. Vivendo no Japão as vezes tenho a impressão de que existem problemas que são mais difíceis de resolver por aqui...
De Maio para cá muita água já rolou e tenho que passar as minhas impressões neste blog.
No Brasil, as pessoas acordaram para as palhaçadas que os nossos políticos não se cansam de fazer e a gente aguentava calado. Bem, muita gente que achou que era só fogo de palha, acabou se precipitando e falando o que não devia. Na contra-mão do bom senso, muitas pessoas que gozavam de credibilidade acabaram se queimando na opinião pública. Pessoas do peso de Arnaldo Jabor e Rachel Sherazade, que na minha opinião são jornalistas que dão opiniões importantes para a massa ignorante. Talvez tenham errado, mas vejo que não devemos condená-los, visto que até o momento prestam um grande serviço ao jornalismo e a informação. É justamente da diversidade de ideias que nascem as opiniões racionais e consistentes.
Num grau um pouco mais baixo dos níveis intelectuais, outro que se queimou na opinião pública foi o Ronaldo “fenômeno”que defendendo as obras faraônicas dos estádios alegou que “não se faz copa do mundo sem estádios”... Num país onde o básico chega a ser um luxo, como a saúde, segurança, serviço social e saneamento, o uso de verbas tão altas é uma afronta contra todos aqueles que sofrem por causa das carências do país.
Outro que falou demais e quis fazer “graça”com humor negro, foi o “humorista” Léo Lins. Na época da tragédia do terremoto seguido de tsunami que destruiu uma parte da área costeira do nordeste do Japão, o referido indivíduo em seu “show” de comédia em pé fez várias piadas fazendo alusão e chacotas sobre a desgraça de tantas vidas que foram varridas do mapa. Que me desculpem os fãs desse indivíduo, mas para aqueles que quiserem tirar as próprias conclusões segue o vídeo do “show” infame:
Se alguém achar legal, poderá contratá-lo para animar o velório da vovózinha...
Ele ainda queria vir fazer comédia no Japão... Seria no mínimo antiético fazer chacota com o sofrimento dessas pessoas e depois querer vender ingressos para elas... Para ser mais brando, politicamente incorreto, eu diria.
Aqui no Japão tem gente que fala demais, destroem a vida dos outros, fazem fofocas e intrigas sem levar em consideração o resultado de suas maldades. Os exemplos que citei acima podem servir de convite à reflexão. Tanta gente de bem que andou quebrando a cara por falar sem pensar... Se tivessem ficado calados, ao menos naquele dia, talvez suas imagens estivessem intactas.
Teve gente que andou falando de mim pelas costas... Achou que a verdade nunca chegaria aos meus ouvidos. Com tamanha hipocrisia, ficou apregoando coisas sobre moral e tentando colocar o meu caráter em cheque. O Mestre dos mestres um dia disse: “Aquele que não tiver pecados que atire a primeira pedra” (João 8:7). Traduzindo para uma forma mais simples: SÓ ME ACUSE QUANDO A SUA VIDA FOR UM EXEMPLO!!!
A tentativa de jogar minha moral na lama quase teve sucesso. Causou-me muitos dissabores... Talvez algumas pessoas ainda acreditem nele, mas como disse Abrahan Lincoln:
A tentativa de jogar minha moral na lama quase teve sucesso. Causou-me muitos dissabores... Talvez algumas pessoas ainda acreditem nele, mas como disse Abrahan Lincoln:
"Você pode enganar uma pessoa por muito tempo; algumas por algum tempo; mas não consegue enganar a todas por todo o tempo."
Estou reciclando a minha vida e eliminando as coisas que me fazem mal. Pessoas que me fazem mal... E assim, a vida continua!!!
domingo, 19 de maio de 2013
Valsa Negra
Foto: Banco de imagens do Google
Pessoal, espero que me perdoem por sair um pouco de assuntos pertinentes ao Japão. Estou aproveitando para ler bastante e postar minhas impressões e os respectivos resumos críticos das obras para a faculdade. Assim, vou postar no blog também para compartilhar as minhas impressões com vocês. Aproveito para sugerir também, que conheçam o trabalho da escritora Patrícia Melo. Uma autora jovem, inteligente e com um estilo inovador.
Pessoal, espero que me perdoem por sair um pouco de assuntos pertinentes ao Japão. Estou aproveitando para ler bastante e postar minhas impressões e os respectivos resumos críticos das obras para a faculdade. Assim, vou postar no blog também para compartilhar as minhas impressões com vocês. Aproveito para sugerir também, que conheçam o trabalho da escritora Patrícia Melo. Uma autora jovem, inteligente e com um estilo inovador.
Atividade:
Leitura
Livro:
Valsa Negra, 2003 – Companhia das letras
Autora:
Patrícia Melo
Valsa
Negra conta a estória de um bem sucedido maestro e seu ciúme
obsessivo pela esposa.
No
romance, a autora não cita seu nome em momento algum, portanto,
vamos chamá-lo simplesmente de maestro. Narrado em primeira pessoa,
a trama gira em torno do maestro e sua relação conturbada com as
pessoas que o cercam. Ambientada nos palcos e bastidores de grandes
orquestras, a estória mostra todos os sentimentos mais humanos e
cruéis que uma pessoa atormentada pode gerar. Casado com Marie, uma
mulher linda, trinta anos mais jovem e de família rica, o maestro
sente-se deslocado da família da esposa pelo fato de não ser judeu.
A comunidade judaica mantém suas tradições como o idioma e
costumes, além de se manter informada sobre o dia a dia em Israel.
Esse nacionalismo protuberante somado às manifestações
avassaladoras de ciúmes do maestro acabam por agravar a situação
entre ele e a família da esposa.
Egocêntrico,
perfeccionista e intolerante, o maestro muitas vezes se excede ao
chamar a atenção de seus músicos (Marie entre eles). No decorrer
dos acontecimentos, a personagem central passa da desconfiança para
a paranoia e dali para a obsessão. Seu estado mental e sua
agressividade pioram exponencialmente. Tudo acontece num ritmo
frenético onde o maestro passa a perder a Paz e busca de todas as
maneiras monitorar os passos da esposa. Seu trabalho passa a ser
prejudicado, seu prestígio cai, as pessoas à sua volta se afastam e
finalmente Marie se separa. Mergulhado nessa vida infernal, ele acaba
por se suicidar.
Quando
conheci o trabalho de Patrícia Melo através da obra “O matador”,
fiquei surpreso com seu estilo inovador e seu ritmo imposto pela
pontuação, o que resulta numa leitura dinâmica e prazerosa. Em
Valsa Negra, Patrícia nos presenteia com o mesmo estilo e o mesmo
ritmo alucinante, com a diferença que a obra em questão foi muito
mais bem elaborada. Ela nos desvenda o sofisticado mundo das
orquestras, da comunidade judaica, do conflito no Oriente Médio e
nos fala principalmente de temas muito humanos como o sentimento de
ciúmes, posse, desejo, ódio e frustração. São temas muito atuais
e o cenário foi muito bem estruturado, onde Patrícia Melo desenrola
habilmente sua trama, fazendo-nos olhar para a vida e para as pessoas
através de uma ótica mais crítica. Uma das características da
autora que marca a obra é a versatilidade no uso do tipo de
linguagem, onde ela penetra no íntimo de suas personagens e,
conforme a situação insere palavras consideradas chulas. Em outras
vezes, ela nos brinda com belas expressões. Essa liberdade em compor
pensamentos e diálogos nos dá a impressão muitas vezes clara de
que, apesar das palavras usadas não serem bem aceitas por muitos
críticos, linguisticamente me soa como as mais adequadas para as
situações mostradas, visto que Patrícia consegue nos introduzir na
estória e nos fazer perceber toda a cinestesia presente em suas
palavras.
A
obra analisada talvez não agrade aos mais pudicos, pois para
apreciá-la devemos lê-la com a mente aberta, aceitando o estilo da
autora e toda a sua liberdade de expressão. Todo o rico conteúdo da
trama revela uma forte pesquisa que nos remete a uma grande sensação
de veracidade. Ao ler o livro temos a nítida sensação de que,
apesar de ser uma obra ficcional, Valsa Negra derrama sobre nós uma
enxurrada de sensações verdadeiras. A obra concebida é
incrivelmente próxima à realidade.
Tive
o prazer de ler, gostei e recomendo.
domingo, 12 de maio de 2013
Memórias sexuais no Opus Dei
Aqui mais um resumo crítico de livro para a Faculdade. (estou correndo, pois o prazo para as postagens do primeiro Bimestre termina hoje, rsrsrs).
NOTA: O resumo crítico transcrito abaixo foi elaborado de acordo com o livro Memórias sexuais do Opus Dei. Quero deixar bem claro que trata-se de um trabalho acadêmico e que não tomo nenhuma posição contra, nem a favor dessa, ou de qualquer outra organização religiosa. O trabalho foi desenvolvido em cima dos fatos narrados pelo autor e, com base nesses fatos, teci meus comentários e críticas. Como estudante de ciências humanas, é minha obrigação ter senso crítico e fazer minhas análises sobre os fatos narrados e compará-los com as referências históricas.
Atividade: Leitura
NOTA: O resumo crítico transcrito abaixo foi elaborado de acordo com o livro Memórias sexuais do Opus Dei. Quero deixar bem claro que trata-se de um trabalho acadêmico e que não tomo nenhuma posição contra, nem a favor dessa, ou de qualquer outra organização religiosa. O trabalho foi desenvolvido em cima dos fatos narrados pelo autor e, com base nesses fatos, teci meus comentários e críticas. Como estudante de ciências humanas, é minha obrigação ter senso crítico e fazer minhas análises sobre os fatos narrados e compará-los com as referências históricas.
Atividade: Leitura
Título:
Memórias sexuais no Opus Dei (Panda Books, 2006)
Autor:
Antonio Carlos Brolezzi
Contado
em primeira pessoa, Memórias sexuais no Opus Dei é mais do que uma
narrativa comovente, mas expõe de maneira clara, os artifícios de
dominação usados por essa organização religiosa. O livro, pode-se
dizer de passagem, chega a ser uma denúncia sobre as coisas que
acontecem com os membros do Opus Dei (do Latim: Obra de Deus).
O
autor, ex-membro da citada organização, narra sua trajetória desde
seu ingresso no Opus Dei, até sua saída, que culminou em sua volta
ao seio da família.
Nas
entrelinhas, o Opus Dei “atrai” jovens teoricamente capacitados
intelectual e financeiramente. Ao ingressando é mostrado um mundo de
amor, onde Deus o “convoca” para uma grande missão. Com esses
argumentos, cria-se um afastamento da família, o que afirma ainda
mais os laços de dominação. Na “obra” como os membros do Opus
Dei chamam a organização, a família é relegada a um segundo
plano. A Família a partir do ingresso do indivíduo são a
organização, as atividades e os membros.
Ainda,
segundo revela o autor, há uma espécie de censura, onde toda
literatura deve passar pelo crivo dos superiores antes de um
numerário ler. Isso impede que os membros leiam coisas que possam ir
contra a doutrina. Caso o numerário tiver que fazer um trabalho
escolar, ou desenvolver uma pesquisa, deverá apresentar a literatura
para aprovação prévia.
A
dominação se reforça também na idéia de que não se deve
esconder pensamentos e ações “impuras”. A organização
doutrina os membros de forma que todos devem fazer uma confissão
diária. Todo e qualquer “pecado” deverá ser confessado para que
o numerário não se torne um membro impuro. Assim, os superiores
podem monitorar cada membro. Castidades como o silício e chicote são
usadas para conter o ímpeto sexual e os pensamentos. O autor cita a
vergonha de entrar numa fila de confessionário para dizer que havia
se masturbado na noite anterior. O domínio sobre cada membro se
reforça através desse tipo de monitoramento e a sensação de culpa
torna-se um carrasco, visto que para que haja uma redenção, deve
haver uma confissão e a expiação através da auto flagelação.
Segundo o autor, o Deus que o Opus Dei mostra é cruel e insensível
com as “fraquezas” humanas.
O
autor dá a entender que desperdiçou muitos anos de sua vida numa
organização que só o explorou, subjugando e fazendo-o de
marionete. Desses anos de terror, humilhação, tristezas e saudade
dos familiares, Brolezzi ficou alienado do mundo e da sociedade.
Trouxe do “cativeiro,” como ele mesmo designa o tempo em que foi
numerário, muitas seqüelas na mente e na alma.
Quando
pediu seu desligamento, seus superiores o demonstraram grande frieza,
tratando-o como um traidor, o que o fez definir a organização como
uma seita que usa seus membros como ferramentas descartáveis. De
certa forma, o que vemos nas entidades religiosas de hoje, pode
servir de ponta para uma analogia, onde o Opus Dei usa de recursos
sutis, mas eficientes de dominação.
Visita ao Museu do Automóvel Toyota
Fotos: DJN (I-fone)
Aqui vai mais uma atividade complementar para a Faculdade:
Aqui vai mais uma atividade complementar para a Faculdade:
Atividade
Cultural: Visita ao Museu do Automóvel Toyota
Data:
12 de Maio de 2013
Localizado
na província de Aichi, na cidade de Nakakute, o Museu do Automóvel
Toyota conta um pouco da história dos automóveis, da região e de
épocas que viram a evolução automotiva decolar com o
desenvolvimento da tecnologia.
Visitei
o site do museu e parece que os preços foram atualizados. No site o
preço da entrada para adulto é de 1.000 Ienes, mas hoje paguei 500
Ienes. Estudantes pagam 300 e pessoas acima de 65 anos pagam 250
Ienes. Para se ter ideia de como esse valor é baixo, pela estrutura
oferecida e pela importância que o museu representa, uma garrafa de
água mineral custa 150 Ienes. A entrada para adulto custa mais ou
menos o valor de 3 garrafinhas de água.
O
prédio do museu é arquitetonicamente novo e tem linhas modernas. O
interior tem uma luz suave para proteger os itens expostos e é
totalmente climatizado.
Muitos
dos carros que estão em exposição provém não somente de marcas
japonesas, mas de outras marcas, visto que muitos desses carros foram
importados, ou vieram para o Japão no tempo da guerra, como é o
caso dos off-roads de guerra americanos. Há também carros
esportivos e de passeio da Mercedez Benz, Cadillac e Jaguar.
Existem
ainda, modelos muito rústicos, com funcionamento bem primitivo, onde
a tração é feita por correntes, sistema semelhante ao das motos e
bicicletas.
Ao
observar os detalhes, podemos perceber que nos carros mais antigos,
há um compartimento onde eram colocadas velas para iluminar o
caminho durante a noite. Podemos concluir que esses carros não eram
providos de bateria, ou qualquer outro sistema elétrico.
Muitos
desses veículos serviram à elite de suas épocas, visto que eram
suntuosos, espaçosos e possuíam separações bem delimitadas entre
o chofer e os passageiros. Observando as características desses
carros notamos que as pessoas comuns não tinham acesso a esse tipo
de transporte. Alguns foram usados por chefes de estado e
aristocratas.
Analisando
a história e absorvendo minunciosamente as impressões obtidas no
museu, podemos perceber com riqueza de detalhes que os automóveis
não representam apenas a mera evolução da carroça. Esses veículos
foram concebidos de forma a substituir a força animal e auxiliar o
homem no trabalho de transportar pessoas e mercadorias. Também deram
mais autonomia e agilidade ao ato de ir e vir, o que acelerou o
processo de desenvolvimento das civilizações. Trouxe glamour e
status aos seus proprietários e gerou uma grande indústria que
impulsionou e impulsiona até os dias de hoje vários setores da
economia japonesa, como a geração de empregos, o comércio e
produção de matéria-prima, a produção de peças, o comércio de
automóveis e seus produtos e serviços agregados, como a produção
e venda de acessórios, peças de reposição e assistência técnica.
O mercado automobilístico também exporta um grande volume de
veículos para a Europa, China e Estados Unidos. Como resultado final
desse gigantesco mecanismo, a indústria automobilística gira um
grande capital e contribui para o fortalecimento econômico do país
e, consequentemente gera mais estabilidade e poder financeiro aos
seus empregados.
O
museu tem um acervo rico em veículos, mas tem outros itens como
produtos de época, cartazes, fotografias e literatura
automobilística. Além das facilidades como restaurante, cafeteria,
espaço Kids e loja de presentes e souvenirs.
Para
o visitante mais atento, passar algumas horas no Museu do Automóvel
Toyota é uma viagem no tempo, onde pode-se vivenciar de perto carros
e objetos que transmitem impressões que não são percebidas por
fotografias. A sensação de estar diante de elementos que foram
trazidos de outras épocas é única. Cada item que compõe a
exposição conta-nos uma história. A visita ao museu também nos
traz uma aquisição de bagagem histórica e cultural e faz-nos
perceber a importância dos carros e sua evolução e, da indústria
automobilística não só para a região, mas para todo o país.
Para
quem espera encontrar os mais novos bólidos da marca, o melhor é
esperar o Salão do Automóvel, pois o museu trata principalmente de
guardar referências (importantes) do passado.
quarta-feira, 1 de maio de 2013
Análise da Animação Frankenweenie
Foto: Banco de imagens do Google
Aproveitando as minhas atividades complementares da Faculdade, vamos postar aqui a análise do Filme Frankenweenie. Afinal, assistir filmes na net, no cinema, ou em DVD é diversão universal!!!
Aproveitando as minhas atividades complementares da Faculdade, vamos postar aqui a análise do Filme Frankenweenie. Afinal, assistir filmes na net, no cinema, ou em DVD é diversão universal!!!
Produzido
pela Disney e dirigido pelo genial Tim Burton, Frankenweenie é não
somente uma estória comovente sobre um menino e seu cãozinho, mas
também um deleite para os amantes do cinema. A animação foi toda
rodada em Preto e Branco para aumentar o clima tétrico e sombrio,
bem ao estilo de Tim Burton. A fotografia belíssima abusa do jogo de
luz e sombra e dos efeitos 3D, propiciando imagens fantásticas. Com
um toque gótico, o diretor consegue transformar uma noite no
cemitério em um cenário de rara beleza.
O
enredo se desenrola na cidade fictícia de New Holland, onde Victor,
um menino aparentemente normal vive com os pais e seu estimado
cãozinho Sparky. Victor, um garoto dotado de extrema inteligência,
adora as aulas de ciências e nutre uma grande admiração pelo
professor.
Com
a perda inesperada de seu cãozinho num acidente, Victor,
inconsolável e obstinado, desenvolve um procedimento baseado nas
explicações e teorias ministradas nas aulas de ciências.
Secretamente, ele consegue fazer seu animalzinho voltar a vida. Toda
criança que já teve algum animal de estimação, já teve essa
fantasia. Com a feira de ciências prestes a acontecer, os colegas de
escola de Victor descobrem seu segredo e roubam os relatórios dos
procedimentos desenvolvidos por ele. Posteriormente, refazem as
experiências em outros animais mortos produzindo monstros,
aterrorizando a cidade e causando um grande caos.
Neste
ponto, há uma mensagem implícita, onde o diretor insinua nas
entrelinhas que Victor foi bem sucedido em sua experiência, pois
realizou-a com Amor e entusiasmo. Os outros garotos realizaram suas
respectivas experiências visando somente o primeiro lugar na feira
de ciências.
No
final, Victor e Sparky conseguem salvar a cidade dos monstros, mas
Sparky acaba morrendo novamente. Comovidos, os cidadão unem-se e
ligam as baterias de seus carros no cãozinho e conseguem revivê-lo.
Frankenweenie,
como o nome sugere, segue um roteiro ao estilo Frankenstein, onde um
cientista, através de procedimentos especiais, consegue reanimar
criaturas mortas. A fórmula é antiga, mas o contexto é totalmente
novo. Tim Burton conseguiu inserir numa estória comovente um ar de
filme de terror, mesclado com aventura, misturando ingredientes
bizarros sem, no entanto, afetar a parte emotiva e encantadora das
personagens centrais.
Como
sempre comento, para nós brasileiros, falantes da língua Portuguesa
que moramos no Japão, assistir a filmes dublados em japonês não
tem o mesmo sabor, mas a obra em si, é um conjunto de ingredientes
unidos de forma tão meticulosamente harmoniosa que o resultado é
surpreendente. Para os fãs do gênero e para os cinéfilos de
plantão é uma boa dica de entretenimento.
Assisti,
gostei e recomendo!
quinta-feira, 11 de abril de 2013
Razões que nem a Razão explica
Foto: Banco de imagens do Google
Quem assistiu ao filme Sempre ao seu lado, com Richard Gere vai reconhecer a foto acima. O cãozinho da foto é um exemplar da raça Akita e se chamava Hachi. Era carinhosamente chamado de Hachiko. Ele ficou famoso devido a sua atitude de fidelidade. Todos os dias Hachi acompanhava o dono até a estação de trem de manhã e o aguardava no retorno do trabalho de tarde. Depois que seu dono morreu, Hachi continuou a esperá-lo por quase dez anos. Esperou o dono todos os dias no mesmo horário até o último dia de sua vida. Sua impressionante fidelidade e sentimento causaram tamanha comoção que, em sua homenagem foi colocada uma estátua de bronze na estação de Shibuya. Essa linda história é muito popular entre os japoneses e ganhou repercussão pelo mundo afora.
O Amor é uma força que move as pessoas e os animais e os torna capazes dos maiores sacrifícios.
O Amor se manifesta de diversas formas e pode ganhar dimensões que nem mesmo nós imaginaríamos que um dia pudéssemos sentir. Existem algumas formas de Amor que todos nós podemos sentir, como o Amor por nossos pais, por verdadeiros amigos, por nossos irmãos... Também existem formas de Amor que são mais restritas como o Amor pela Alma gêmea, que só pode sentir aquele que encontrou a sua verdadeira cara-metade. Outra forma de Amor que é restrita é o Amor da pai e mãe. Só quem é pai, ou mãe sabe o que é esse tipo de Amor. Nós seres humanos, mesmo na nossa simples forma de amar não teremos sentimento maior de Amor do que esse. Só para exemplificar, podemos dizer que se viajarmos para fora do país por mais de um ano, a saudade que sentimos de nossos pais é imensa, mas a saudade de nossos filhos é infinitamente maior!!!
Por esse exemplo dá para se ter uma ideia de como é doloroso viver longe dos filhos. Assim como eu, muitos brasileiros vivem essa mesma angústia... Uma vida marcada pelo trabalho, sacrifício e saudade. Sim... Foi escolha minha, mas lutar pelo próprio bem-estar e pelo bem-estar dos filhos, acima de qualquer obrigação, também é um ato de Amor. Hoje ela me chama de pai ausente. Talvez ela ache que não ligo para o que ela sente, mas para alguém que veio de baixo como eu, abraçar a melhor chance de dar uma vida melhor para todos foi uma das maneiras de dizer filha eu te amo.
Amor de pai e mãe é uma coisa grandiosa e inexplicável. Por eles temos um Amor incondicional, grandioso e disposto a qualquer sacrifício. Em Nagano, certa vez, conheci um senhor de mais de sessenta anos que estava trabalhando para pagar a faculdade do filho. Imagino a grandiosidade do sentimento de devoção e Amor por alguém a ponto de passar por cima das adversidades.. Largar tudo... O conforto de uma vida tranquila, a Paz do dia a dia no Brasil. Deixar tudo isso de lado para cruzar os ares e trabalhar na rotina árdua das fabricas japonesas. Superando as limitações da idade. Superando a saudade e a tristeza... Passar cinco anos da vida voluntariamente, trabalhando no pesado para pagar os estudos do filho... Isso não seria Amor?
Hoje, de forma parecida com o cãozinho Hachi, que ficava todas as tardes esperando o dono na estação, abro religiosamente meu e-mail na esperança de que minha filha me peça para telefonar...
Para manifestar o Amor, muitas vezes não é só dizer eu te amo, mas alguns pequenos gestos também expressam esse sentimento... Outras vezes é necessário partir para o sacrifício. De toda forma, um dia a maturidade chega para todos, e talvez os nossos filhos compreenderão as nossas razões.
Quem assistiu ao filme Sempre ao seu lado, com Richard Gere vai reconhecer a foto acima. O cãozinho da foto é um exemplar da raça Akita e se chamava Hachi. Era carinhosamente chamado de Hachiko. Ele ficou famoso devido a sua atitude de fidelidade. Todos os dias Hachi acompanhava o dono até a estação de trem de manhã e o aguardava no retorno do trabalho de tarde. Depois que seu dono morreu, Hachi continuou a esperá-lo por quase dez anos. Esperou o dono todos os dias no mesmo horário até o último dia de sua vida. Sua impressionante fidelidade e sentimento causaram tamanha comoção que, em sua homenagem foi colocada uma estátua de bronze na estação de Shibuya. Essa linda história é muito popular entre os japoneses e ganhou repercussão pelo mundo afora.
O Amor é uma força que move as pessoas e os animais e os torna capazes dos maiores sacrifícios.
O Amor se manifesta de diversas formas e pode ganhar dimensões que nem mesmo nós imaginaríamos que um dia pudéssemos sentir. Existem algumas formas de Amor que todos nós podemos sentir, como o Amor por nossos pais, por verdadeiros amigos, por nossos irmãos... Também existem formas de Amor que são mais restritas como o Amor pela Alma gêmea, que só pode sentir aquele que encontrou a sua verdadeira cara-metade. Outra forma de Amor que é restrita é o Amor da pai e mãe. Só quem é pai, ou mãe sabe o que é esse tipo de Amor. Nós seres humanos, mesmo na nossa simples forma de amar não teremos sentimento maior de Amor do que esse. Só para exemplificar, podemos dizer que se viajarmos para fora do país por mais de um ano, a saudade que sentimos de nossos pais é imensa, mas a saudade de nossos filhos é infinitamente maior!!!
Por esse exemplo dá para se ter uma ideia de como é doloroso viver longe dos filhos. Assim como eu, muitos brasileiros vivem essa mesma angústia... Uma vida marcada pelo trabalho, sacrifício e saudade. Sim... Foi escolha minha, mas lutar pelo próprio bem-estar e pelo bem-estar dos filhos, acima de qualquer obrigação, também é um ato de Amor. Hoje ela me chama de pai ausente. Talvez ela ache que não ligo para o que ela sente, mas para alguém que veio de baixo como eu, abraçar a melhor chance de dar uma vida melhor para todos foi uma das maneiras de dizer filha eu te amo.
Amor de pai e mãe é uma coisa grandiosa e inexplicável. Por eles temos um Amor incondicional, grandioso e disposto a qualquer sacrifício. Em Nagano, certa vez, conheci um senhor de mais de sessenta anos que estava trabalhando para pagar a faculdade do filho. Imagino a grandiosidade do sentimento de devoção e Amor por alguém a ponto de passar por cima das adversidades.. Largar tudo... O conforto de uma vida tranquila, a Paz do dia a dia no Brasil. Deixar tudo isso de lado para cruzar os ares e trabalhar na rotina árdua das fabricas japonesas. Superando as limitações da idade. Superando a saudade e a tristeza... Passar cinco anos da vida voluntariamente, trabalhando no pesado para pagar os estudos do filho... Isso não seria Amor?
Hoje, de forma parecida com o cãozinho Hachi, que ficava todas as tardes esperando o dono na estação, abro religiosamente meu e-mail na esperança de que minha filha me peça para telefonar...
Para manifestar o Amor, muitas vezes não é só dizer eu te amo, mas alguns pequenos gestos também expressam esse sentimento... Outras vezes é necessário partir para o sacrifício. De toda forma, um dia a maturidade chega para todos, e talvez os nossos filhos compreenderão as nossas razões.
sábado, 6 de abril de 2013
O Fenômeno Facebook: Qual o papel dele na sua vida?
Foto: Banco de imagens do Google
Na era da internet, mesmo os mais tímidos encontraram espaço para interagir dentro da sociedade e buscar pessoas com interesses semelhantes. Ainda me lembro que antigamente, para se abordar uma garota era preciso puxar papo, empreender uma boa conversa... Tempos atrás, mais precisamente em Janeiro de 2010, fui com minha filha passear no Rio Grande do Sul. Um garoto de talvez 13, ou 14 anos me abordou e começou a fazer perguntas sobre a minha filha: “Nossa, aquela menina é parente sua? Como ela se chama? Quantos anos ela tem?” Eu, de maneira amigável sugeri-lhe: Por que você não pergunta o MSN dela? “É mesmo, não tinha lembrado disso!!!” Hoje a interação virtual é mais fácil do que uma abordagem cara a cara. Na frente de um monitor e um teclado, as pessoas sentem-se mais a vontade para puxar conversa.
Hoje, com a internet, e principalmente com as redes sociais, muitas pessoas interagem entre si num fenômeno nunca antes visto pela humanidade. O Orkut foi uma febre entre os brasileiros, mas o Facebook mostrou uma fórmula mais interessante e a grande maioria acabou migrando para lá. Hoje o Facebook é a ferramenta na qual reencontramos velhos amigos, conhecemos novas pessoas, damos e recebemos notícias do cotidiano... A rede também é palco para troca de informações, para filosofar de maneira erudita e popular, para divulgar e denunciar...
Confesso que adoro passar longos minutos no Face, vendo notícias que muitas vezes nos chegam pela rede social antes dos noticiários. Vejo as pessoas postando frases inteligentes, as vezes engraçadas. Em muitas ocasiões me pego rindo sozinho.
Para quem vive do lado de cá do planeta, o Face proporciona uma grande interação não só com quem vive no arquipélago, mas também com os familiares e amigos no Brasil.
Indubitavelmente, o Facebook contribui para que o mundo se torne mais pequeno.
Via de regra, todo fenômeno de grandes proporções também tem o seu lado ruim. Costumo comparar a internet a uma faca de cozinha. A faca de cozinha, usada de maneira apropriada traz benefícios às pessoas, visto que pode ser usada para descascar frutas e legumes, picar alimentos diversos e cortar carne. Esse instrumento, porém, pode ser usado para fazer o mal. Com a internet e, porque não dizer com o Facebook, a analogia se encaixa perfeitamente.
Uma das coisas mais nocivas que tenho observado na rede social é a disseminação de mentiras, que uma grande legião de desinformados se encarrega de propagar de maneira irresponsável.
Deveria haver uma campanha de conscientização que levasse as pessoas a analisar as informações antes de disseminá-las. Quantos prejuízos financeiros e emocionais são causados por mentiras e calúnias que são jogadas na rede!!! Tão facilmente como se sela uma amizade, de forma parecida, um mal-entendido no Face pode destruir uma relação.
Uma das coisas que me incomoda muito no Face é a tal da corrente. Uma idiotice que inventaram há muito tempo e que ganhou vários formatos na era digital. Muita gente não sabe, mas a corrente tem uma fórmula: Dissemine o que estou dizendo, ou algo de ruim vai te acontecer. Um outro formato parecido é a chantagem do tipo: Compartilhe se você ama a Deus, se não, só olhe. Muita gente que se diz contra as correntes cai nesse tipo de chantagem infantil. Uma modalidade de corrente que cresce a cada dia é aquela que mostra a foto de uma criança com alguma doença e alega que o Facebook vai pagar algum valor para cada compartilhamento. Pura balela!!! Não entendo o prazer sarcástico que algumas pessoas têm de espalhar esse tipo de palhaçada!!! Pior... O primeiro indivíduo que criou o post e jogou na rede...
Não sou contra a denúncia, mas não gosto de imagens chocantes de pessoas acidentadas, gente mutilada, animais torturados, bebês abortados e outras bizarrices que as pessoas postam. Todo esse lixo é ocultado da minha linha do tempo.
Acho que contribuir para um mundo melhor é propagar informações úteis de maneira sadia e responsável e interagir com o mundo oferecendo o que temos de bom.
OBS: Nós brasileiros precisamos nos aprofundar um pouco mais no estudo do nosso próprio idioma!!! Isso é constatado de maneira gritante no modo como a maioria de nós redige.
Na era da internet, mesmo os mais tímidos encontraram espaço para interagir dentro da sociedade e buscar pessoas com interesses semelhantes. Ainda me lembro que antigamente, para se abordar uma garota era preciso puxar papo, empreender uma boa conversa... Tempos atrás, mais precisamente em Janeiro de 2010, fui com minha filha passear no Rio Grande do Sul. Um garoto de talvez 13, ou 14 anos me abordou e começou a fazer perguntas sobre a minha filha: “Nossa, aquela menina é parente sua? Como ela se chama? Quantos anos ela tem?” Eu, de maneira amigável sugeri-lhe: Por que você não pergunta o MSN dela? “É mesmo, não tinha lembrado disso!!!” Hoje a interação virtual é mais fácil do que uma abordagem cara a cara. Na frente de um monitor e um teclado, as pessoas sentem-se mais a vontade para puxar conversa.
Hoje, com a internet, e principalmente com as redes sociais, muitas pessoas interagem entre si num fenômeno nunca antes visto pela humanidade. O Orkut foi uma febre entre os brasileiros, mas o Facebook mostrou uma fórmula mais interessante e a grande maioria acabou migrando para lá. Hoje o Facebook é a ferramenta na qual reencontramos velhos amigos, conhecemos novas pessoas, damos e recebemos notícias do cotidiano... A rede também é palco para troca de informações, para filosofar de maneira erudita e popular, para divulgar e denunciar...
Confesso que adoro passar longos minutos no Face, vendo notícias que muitas vezes nos chegam pela rede social antes dos noticiários. Vejo as pessoas postando frases inteligentes, as vezes engraçadas. Em muitas ocasiões me pego rindo sozinho.
Para quem vive do lado de cá do planeta, o Face proporciona uma grande interação não só com quem vive no arquipélago, mas também com os familiares e amigos no Brasil.
Indubitavelmente, o Facebook contribui para que o mundo se torne mais pequeno.
Via de regra, todo fenômeno de grandes proporções também tem o seu lado ruim. Costumo comparar a internet a uma faca de cozinha. A faca de cozinha, usada de maneira apropriada traz benefícios às pessoas, visto que pode ser usada para descascar frutas e legumes, picar alimentos diversos e cortar carne. Esse instrumento, porém, pode ser usado para fazer o mal. Com a internet e, porque não dizer com o Facebook, a analogia se encaixa perfeitamente.
Uma das coisas mais nocivas que tenho observado na rede social é a disseminação de mentiras, que uma grande legião de desinformados se encarrega de propagar de maneira irresponsável.
Deveria haver uma campanha de conscientização que levasse as pessoas a analisar as informações antes de disseminá-las. Quantos prejuízos financeiros e emocionais são causados por mentiras e calúnias que são jogadas na rede!!! Tão facilmente como se sela uma amizade, de forma parecida, um mal-entendido no Face pode destruir uma relação.
Uma das coisas que me incomoda muito no Face é a tal da corrente. Uma idiotice que inventaram há muito tempo e que ganhou vários formatos na era digital. Muita gente não sabe, mas a corrente tem uma fórmula: Dissemine o que estou dizendo, ou algo de ruim vai te acontecer. Um outro formato parecido é a chantagem do tipo: Compartilhe se você ama a Deus, se não, só olhe. Muita gente que se diz contra as correntes cai nesse tipo de chantagem infantil. Uma modalidade de corrente que cresce a cada dia é aquela que mostra a foto de uma criança com alguma doença e alega que o Facebook vai pagar algum valor para cada compartilhamento. Pura balela!!! Não entendo o prazer sarcástico que algumas pessoas têm de espalhar esse tipo de palhaçada!!! Pior... O primeiro indivíduo que criou o post e jogou na rede...
Não sou contra a denúncia, mas não gosto de imagens chocantes de pessoas acidentadas, gente mutilada, animais torturados, bebês abortados e outras bizarrices que as pessoas postam. Todo esse lixo é ocultado da minha linha do tempo.
Acho que contribuir para um mundo melhor é propagar informações úteis de maneira sadia e responsável e interagir com o mundo oferecendo o que temos de bom.
OBS: Nós brasileiros precisamos nos aprofundar um pouco mais no estudo do nosso próprio idioma!!! Isso é constatado de maneira gritante no modo como a maioria de nós redige.
domingo, 31 de março de 2013
Saquê para iniciantes e iniciados
Foto: Imagem escaneada do livro que ganhei do pessoal da UGB. Obrigado Rogério, Dani e a todos da UGB pelo carinho.
Aproveitando a leitura da obra em questão e já que tenho que fazer alguns resumos críticos como atividades complementares da Faculdade, vou postá-los no blog e compartilhar minhas impressões.
Obra: Saquê para iniciantes & Iniciados/ Editora JBC
Título original: Saké, pure + simple: facts,tips, lore, libation
Autores: Griffith Frost e John Gauntner
Especializada em assuntos pertinentes a cultura japonesa, a Editora JBC nos traz essa obra sobre a bebida tradicional do Japão: O saquê. O livro em questão não é nenhum tratado profundo sobre o tema, mas traz de maneira clara e sucinta uma visão geral sobre a bebida e as formas de apreciá-la. Até o momento, trata-se da única obra que aborda os aspectos gerais do saquê em língua Portuguesa, sendo um importante instrumento de referência para aqueles que desejam conhecer um pouco mais sobre o saquê e sobre a cultura japonesa. Apesar da obra ser traduzida de outro livro editado originalmente em Inglês, na parte final há algumas referências sobre a fabricação da bebida no Brasil.
Os autores, apesar de americanos, falam sobre o saquê com muita propriedade, visto que moraram por décadas no Japão e conviveram de perto com apreciadores nativos da bebida. Griffith Frost é nada menos que Presidente do Instituto Internacional do Saquê e fundador da empresa Sake One, a primeira fabricante pertencente a um americano. John Gauntner reside no Japão e é o primeiro especialista estrangeiro em saquê. Escreveu vários livros sobre o tema e escreve uma coluna digital chamada Saké World.
Outro fato interessante da obra é que as nuances que cercam o saquê são descortinadas pela visão de estrangeiros. Como nós brasileiros, eles também tem uma forma de sentir e vivenciar suas impressões sobre a bebida de maneira única.
Para que as explicações a respeito da bebida sejam entendidas de maneira clara, os autores deixam bem claro que apesar das grandes diferenças entre o saquê e o vinho, existem muitas analogias que podem ser feitas em caráter de ilustração.
No desenrolar da obra, os autores discorrem sobre como conheceram a bebida, as peculiaridades na fabricação do produto, as formas e temperaturas de armazenamento, as variedades e suas características, além de desvendar as formas de entender os rótulos. Há um capítulo dedicado à descrição dos utensílios usados para beber saquê.
Apenas um capítulo me decepcionou um pouco: O que trata dos coquetéis de Saque, visto que são receitas americanizadas tendo a bebida como ingrediente, o que foge um pouco da questão tradicional da bebida. Não pude deixar de rir um pouco ao me deparar com o termo Saqueirinha (caipirinha de saquê).
Uma parte muito interessante é o capítulo que mostra algumas técnicas de como degustar a bebida anotando as impressões numa ficha para catalogar as características de cada tipo de saquê.
A obra, apesar de singela, traz muitas informações sobre uma bebida ainda desconhecida para a maioria de nós ocidentais. Acrescenta ainda, informações históricas sobre a bebida e que é parte da cultura do Japão. Talvez não agrade aqueles que não tem interesse sobre a bebida, mas vale a pena também pelo seu conteúdo histórico, científico e cultural. Eu, particularmente, apesar de não ser apreciador de saquê, gostei!!! Kanpai!!!
Aproveitando a leitura da obra em questão e já que tenho que fazer alguns resumos críticos como atividades complementares da Faculdade, vou postá-los no blog e compartilhar minhas impressões.
Obra: Saquê para iniciantes & Iniciados/ Editora JBC
Título original: Saké, pure + simple: facts,tips, lore, libation
Autores: Griffith Frost e John Gauntner
Especializada em assuntos pertinentes a cultura japonesa, a Editora JBC nos traz essa obra sobre a bebida tradicional do Japão: O saquê. O livro em questão não é nenhum tratado profundo sobre o tema, mas traz de maneira clara e sucinta uma visão geral sobre a bebida e as formas de apreciá-la. Até o momento, trata-se da única obra que aborda os aspectos gerais do saquê em língua Portuguesa, sendo um importante instrumento de referência para aqueles que desejam conhecer um pouco mais sobre o saquê e sobre a cultura japonesa. Apesar da obra ser traduzida de outro livro editado originalmente em Inglês, na parte final há algumas referências sobre a fabricação da bebida no Brasil.
Os autores, apesar de americanos, falam sobre o saquê com muita propriedade, visto que moraram por décadas no Japão e conviveram de perto com apreciadores nativos da bebida. Griffith Frost é nada menos que Presidente do Instituto Internacional do Saquê e fundador da empresa Sake One, a primeira fabricante pertencente a um americano. John Gauntner reside no Japão e é o primeiro especialista estrangeiro em saquê. Escreveu vários livros sobre o tema e escreve uma coluna digital chamada Saké World.
Outro fato interessante da obra é que as nuances que cercam o saquê são descortinadas pela visão de estrangeiros. Como nós brasileiros, eles também tem uma forma de sentir e vivenciar suas impressões sobre a bebida de maneira única.
Para que as explicações a respeito da bebida sejam entendidas de maneira clara, os autores deixam bem claro que apesar das grandes diferenças entre o saquê e o vinho, existem muitas analogias que podem ser feitas em caráter de ilustração.
No desenrolar da obra, os autores discorrem sobre como conheceram a bebida, as peculiaridades na fabricação do produto, as formas e temperaturas de armazenamento, as variedades e suas características, além de desvendar as formas de entender os rótulos. Há um capítulo dedicado à descrição dos utensílios usados para beber saquê.
Apenas um capítulo me decepcionou um pouco: O que trata dos coquetéis de Saque, visto que são receitas americanizadas tendo a bebida como ingrediente, o que foge um pouco da questão tradicional da bebida. Não pude deixar de rir um pouco ao me deparar com o termo Saqueirinha (caipirinha de saquê).
Uma parte muito interessante é o capítulo que mostra algumas técnicas de como degustar a bebida anotando as impressões numa ficha para catalogar as características de cada tipo de saquê.
A obra, apesar de singela, traz muitas informações sobre uma bebida ainda desconhecida para a maioria de nós ocidentais. Acrescenta ainda, informações históricas sobre a bebida e que é parte da cultura do Japão. Talvez não agrade aqueles que não tem interesse sobre a bebida, mas vale a pena também pelo seu conteúdo histórico, científico e cultural. Eu, particularmente, apesar de não ser apreciador de saquê, gostei!!! Kanpai!!!
terça-feira, 19 de março de 2013
O Brasil do século XXI e o papel “higiênico”
Foto: Banco de Imagens do Google
Transcrevo abaixo uma questão que enviei para a Revista Alternativa (da qual sou muito fã), mas que infelizmente ainda não obtive resposta.
Observação: no título, as aspas na palavra higiênico foram colocadas propósito.
Olá pessoal da Alternativa.
Moro uns vinte anos no Japão, mas periodicamente volto ao Brasil para visitar familiares e
resolver assuntos que ficam pendentes devido a minha ausência.
Sou fã da revista e sempre que posso, leio ao menos as colunas mensais.
Noto que o Brasil tem obtido um crescimento muito grande nestes últimos anos e que muitas tecnologias
que antes demoravam para chegar, agora chegam poucos meses depois. A globalização trouxe grandes avanços
na parte de tecnologia, comunicação e medicina, mas tenho uma questão simples e que não consigo achar resposta.
Gostaria que as colunistas Priscila Hayashi e Fátima C. Cardoso, pelas quais tenho muito respeito, expressassem suas opiniões...
Por que o Brasil do século XXI, na condição de país gerador de riquezas e de capital ainda usa o papel higiênico
de jogar na cestinha, ao invés de usar o do tipo solúvel que vai junto com a descarga? Custos e falta de Know-how
talvez não sirvam como desculpa, visto que temos (apesar de toda miséria) uma classe C acendente e muitas pessoas
de classe média que consumiriam tal produto, que ao meu ver, é muito mais prático e higiênico.
No aguardo de vossa resposta, desde já agradeço.
Atenciosamente,
Denis Jum Nishimura.
domingo, 10 de março de 2013
Os brasileiros, dois anos depois da tragédia
Mesmo no meio de tanta tragédia... Mesmo diante de tanta dor... Nós continuamos firmes, retomamos nossas vidas e lutamos ao lado daqueles que enfrentaram as perdas e até a morte. Cada pensamento, cada oração, cada doação, cada gesto... Por pequenos que fossem, somaram-se ao todo e geraram alívio para aqueles que estavam desesperados. Somos uma Nação dentro de outra Nação... Nós moramos aqui e mostramos que, além da camisa verde-amarela, nós vestimos branco e vermelho... Temos sensibilidade para sentir a dor do outro e encontramos força para sorrir, mesmo quando temos que chorar... Sabe por que??? POR QUE SOMOS BRASILEIROS E NÃO DESISTIMOS NUNCA!!!
Hoje nós brasileiros nos juntaremos ao povo deste país para um momento de respeito, memória e oração.
GANBARE NIPPON!!!
Hoje nós brasileiros nos juntaremos ao povo deste país para um momento de respeito, memória e oração.
GANBARE NIPPON!!!
Ainda me lembro que alguns meses depois da tragédia eu estava passando no shopping e um japonês meio de idade apontou para mim e para a minha sobrinha e disse em voz alta: “Vocês brasileiros são safados mesmo heim... Olha, eles vão lá para o local da tragédia saquear as coisas e roubar peças para carro...” Felizmente eu não fiquei sabendo desse tipo de notícia, mas se aconteceu, foram casos raros e isolados. Fiquei chateado com aquele velho apontando para mim e me chamando de ladrão e safado, mas preferi ficar calado. Já tínhamos tragédia o suficiente para me estressar com um idiota preconceituoso. A coisa que mais me incomodou na verdade, foi a falta de reconhecimento das atividades de ajuda feitas por voluntários brasileiros. A imprensa daqui não divulgou quase nada. O mais importante, no entanto, foi que, pude constatar que ainda podemos acreditar no ser humano... Que existe algo de bom em nós...
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