segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Quando menos é mais

Foto: Banco de imagens do Google.

O carnaval já passou e, olhando para o Brasil daqui do Japão não consigo deixar de ser saudosista. Sei que a bagunça, a depravação, o vandalismo e outras tantas coisas que nos vem de “brinde” com o carnaval existem desde que o evento se firmou no Brasil desde lá de trás. A televisão não fala de outra coisa senão do carnaval. Fico feliz com a postura atual das emissoras que encorajam seus jornalistas a botarem a boca no trombone. O carnaval é uma boa época para abafar casos polêmicos e escândalos políticos. A mente das massas está tão entretida com o carnaval que não presta atenção aos assuntos mais relevantes para a sociedade. Antes que os entusiastas me crucifiquem, quero dizer que não sou contra a semana de folga, onde as pessoas podem descansar, fazer reuniões com amigos e parentes. Tomar aquela cervejinha. Curtir uma praia. Fazer churrasco... Enfim, curtir o que a vida nos dá de bom. Fazer bom proveito do feriado de maneira sudável. 
Hoje, os meios de comunicação estão deturpando os valores que até tempos trás ainda tínhamos como referência. O consumismo exagerado transformou as mulheres nas pseudo-musas, onde chama mais atenção que tem mais silicone nos seios e na bunda... Sem contar as pernas exageradamente musculosas. Desculpe quem gosta, mas eu prefiro mulher de verdade. A passarela do samba criou uma tendência ao culto do exagero onde vimos mulheres, desculpem o termo, bizarras... 
Sou a favor sim da estética bem direcionada. Existem mulheres lindíssimas na minha opinião, que tem silicone na medida certa, bumbum malhado e pernas torneadas. Pena que esse conceito ficou para trás. 
Felizmente, uma parte das mulheres ainda cuidam de sua aparência de maneira sóbria.
Mudando de assunto, mas ainda falando em exagero, tenho pensado em como a busca por sofisticação nos deixou escravos dos padrões que vão se estabelecendo com o passar do tempo. Desde muito jovem aprendi a amar o bucólico, a vida no campo e a simplicidade, no entanto, sempre tive aversão à falta de conforto. Gostaria de chegar em um ponto na minha vida onde eu pudesse unir o rústico, o simples, o vintage ao estilo de uma vida prática e confortável. Nesse aspecto, o menos para mim é mais.
Num dado momento, lá atrás eu imaginei que por volta dos 40 anos eu teria conquistado o meu Paraíso na Terra... Hoje não consigo vislumbrar esse Paraíso para tão já... Sinto a vida e o vigor físico se esvaindo a cada ano e não consigo deixar de me frustrar com a idéia de que talvez não alcance o meu tão sonhado Éden sobre a Terra.