sábado, 21 de novembro de 2009

Salão do Automóvel - Nagoya Motor Show



Acontece neste mês de Novembro de 20 a 23/Nov/2009 a 16a. edição do Nagoya Motor Show no centro de eventos Port Messe. O site para maiores informações é: www.nagoya-motorshow.com

Isso não é uma reportagem, mas a descrição das impressões que tive do evento. Logo na entrada, um pouco de muvuca para comprar os ingressos (adultos 1400 ienes e estudantes do ensino fundamental 700 ienes). Ao entrar, uma grata surpresa... Dei de cara com o estande da Porsche com seus bólidos inconfundíveis. Em exposição um Boxter conversível, um Carrera e um Cayman que estavam bem em evidência e outros dois modelos mais ao fundo. Andando pelo evento nos deparamos com vários estandes das mais variadas marcas, com seus modelos destinados para os diversos segmentos do mercado. Estavam presentes dentre outras marcas: Porsche, Mercedez Benz, BMW, Lexus, Jaguar, Alfa Romeo, Jeep, Renault, GM, Peugeot e como não poderia deixar de ser: Toyota, Honda, Nissan, Suzuki...

Senti falta da presença de marcas como Ferrari, Ford, Volkswagem, Audi e Lamborghini.

Nota-se a tendência constante ao arredondamento das formas e a inclusão de formas angulosas em alguns detalhes, como por exemplo os faróis do Nissan Fairlady Z370, dos faróis do Toyota Prius e do Body de alguns modelos da BMW como o Z4. Outra tendência notada foi a colocação de scoops ou fendas para ventilação dos discos dianteiros, presentes em vários modelos. Os detalhes cromados de partes internas e externas já não são mais exclusividade dos carros de luxo.

Nesta edição do Nagoya Motor Show, o apelo ecológico foi o grande destaque do evento, sendo que montadoras como Toyota, Honda e Suzuki deram atenção especial à apresentação de veículos ecologicamente corretos. A Toyota trouxe o IQ, veículo pequeno, de bom desempenho e com preço competitivo, mas a vedete da marca realmente é o Prius, carro híbrido, leve, feito com alto índice de material reciclado, de excelente qualidade e que traz no seu leve consumo de gasolina e no baixo nível de emissão de poluentes o seus maiores atrativos. Sucesso de vendas dentro e fora do Japão, o Prius ajudou a tirar a Toyota da crise e sua produção dá emprego para muitos brasileiros que vivem na região de Aichi.

A Honda tem um rival para o Prius. O Insight é um carro projetado na mesma plataforma, que tem apelo ecológico devido ao motor híbrido e que vem conquistando o consumidor japonês gradualmente. Apesar da qualidade não deixar a desejar e de ser mais barato que o concorrente, o Prius ainda é líder em vendas no segmento. Essa briga ainda vai longe e quem sai ganhando é o consumidor que será agraciado com qualidade e preço.

A cada edição dos salões do Automóvel que se realizam mundo afora, as montadoras trazem mais novidades tecnológicas, visando melhorar o conforto, a segurança, o desempenho, a economia... Muitos dos concepts que foram vistos nas edições passadas, tornaram-se modelos de fabricação em série. Muitos dos concepts que estão sendo mostrados agora serão nossas futuras opções de compra. Alguns modelos só estarão ao alcance de uns poucos mortais mais abonados. Este é um evento bom para se refletir sobre as tendências de mercado, sobre como os nossos carros ficarão no futuro e, sobre como nós, seres humanos que fomos movidos pelo petróleo até agora, nos deslocaremos sobre rodas no século XXI.

Além dos carros, as Staffs deram um Show a parte com sua beleza e simpatia, abrilhantando ainda mais o evento. Muitas, acho que chegam ao final do dia com dores no rosto, pois passam o tempo todo sorrindo. O profissionalismo e a simpatia foram os pontos marcantes nessas meninas que gentilmente posaram para as fotos.

O Nagoya Motor Show, para quem gosta de carro e tecnologia, é um bom divertimento, além de acrescentar as novidades no setor automobilístico. Fui, gostei e recomendo. Fotos no meu Orkut.

domingo, 15 de novembro de 2009

Diga não à mediocridade!!!

Num mundo como o nosso, cada vez mais competitivo, é lovável o empresário ou alguém bem colocado dar uma chance para aqueles que estão iniciando. Se todas as empresas só dessem chance aos experientes, não haveriam mais profissionais, pois mesmo aqueles que tem domínio do seu campo, já foram iniciantes um dia e tiveram quem lhes desse a primeira chance. A preciosa primeira chance deve ser bem aproveitada e bem vivida. Deve trazer amadurecimento profissional e enriquecer o conhecimento. Nesse caso, os profissionais iniciantes e esforçados serão bem-vindos. Sim! Existem pessoas que por força das circunstâncias se esforçam para exercer bem determinadas funções, mesmo não sendo totalmente capacitadas para elas. Suas debilidades profissonais, aos poucos vão sendo vencidas e a maturidade da prática vem como resultado de todo empenho. Muitas vezes, esse profissional iniciante é mais esforçado e eficiente do que aqueles que já estão atuando a mais tempo. Afirmo que estes sim, não são medíocres...São simplesmente futuros grandes mestres em fase de amadurecimento!

Agora, o caso da mediocridade é algo diferente. É o caso das pessoas que não estão com nada, mas mesmo assim, querem se impor e tomar conta das nossas mentes. Temos muitos exemplos na nossa cara...Bem debaixo dos nossos narizes, bem na frente dos nossos olhos, mas muitas vezes não percebemos. A mídia nos coloca goela abaixo, mas a maioria das pessoas não sabe que tem o direito de dizer não!!!

  • O político é um caso clássico... Cai de pára-quedas no cenário administrativo, não sabe de nada, mas usa de toda a sua demagogia para enganar os mais incautos. Faz pose de pessoa áustera e dedicada à causa do povo, mas está só tentando tomar o lugar de quem realmente quer trabalhar. O pior é que às vezes consegue!!!
  • Tem muito artista por aí que é Artista com ¨A¨maiúsculo. Tem talento de sobra, sua sensibilidade o permite conceber primorosas obras, mas muitas vezes seu lugar já está ocupado por algum Tiririca da vida... Pior é que música de verdade e poesia de verdade não são raras, mas perdem lugar para composições como ¨eguinha pocotó, Clementina de Jesus, velocidade cinco e outros lixos que alguns insistem em chamar de música.
  • Modelos de beleza, o Brasil já teve aos montes...Modelos da legítima beleza brasileira. Gosto cada um tem o seu, eu concordo, mas beleza é algo unânime... As verdadeiras mulheres bonitas como pode-se citar: Luana Piovani, Carolina Dieckman (loiras), Alessandra Negrini, Patrícia Poeta (morenas), Isabel Fillardis, Adriana Alves (negras), muitas vezes não aparecem por causa das falsas musas. Ultimamente está havendo uma enxurrada de mulheres frutas e sinceramente, eu ficaria somente com a Camilla Pitanga, que é um talento verdadeiro.

Fica aqui expressada a minha indignação. De certa forma nós todos somos culpados, pois essa gente medíocre está no trono poque nós os colocamos lá... A mediocridade ir ao ar através da mídia vá lá, mas aceitar ou não é com a gente. Se você mudar de canal, ou estação, ou ainda, quebrar o ibope dessa trupe já vai ser um belo golpe. Tem muita gente que compra umas porcarias de CD só porque está na moda!!! Desperdício de dinheiro e patrocínio da incompetência!!! Quanto aos políticos, bem...Tem muita gente que acha que quando o seu candidato se elege, não perdeu o voto...Muita gente tem aquela visão distorcida de que não se deve votar no candidato que está mal nas pesquisas...Ledo engano!!! Mesmo que seu candidato ganhe, se ele for medíocre, desonesto e corrupto, você vai ter desperdiçado o seu voto sim!!!

Devemos repensar o que nos oferecem, premiar o esforço e o talento autênticos e banir a mediocridade.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Continuo achando que o século XXI ainda não chegou

Desculpem-me por bater nesta tecla novamente e falar do quanto o mundo, ou pelo menos parte dele, está atrasado. O caso da estudante de turismo da Uniban tem corrido a mídia mundial...Bem, pelo menos ela virou uma celebridade instantânea, diriam alguns. Na minha posição de expectador (e crítico), eu esperava que a Uniban, uma entidade séria, tomasse as providências mais justas possíveis. Acredito (assim como a maioria das pessoas que também estão se manifestanto a favor da universitária), que o procedimento certo seria advertir formalmente, todos os envolvidos no escândalo (inclusive a garota que foi com o vestido curto), botar uma pedra em cima de tudo e dar uma chance à todos de repensarem os seus atos. Pelo contrário, num primeiro momento, a estudante foi expulsa e os envolvidos na confusão (os poucos que foram identificados através dos vídeos), foram ¨afastados temporariamente¨... Absurdo... Decisão arbitrária, parcial e que vai contra a filosofia de formação de pessoas com a mente aberta. Felizmente, quando a Uniban viu que a coisa iria engrossar, voltou atrás e decidiu manter a aluna. Eu me pergunto: Será que vai ter clima para fechar este ano letivo? Será que não haverão novas manifestações de hostilidade? Será que alguns filhinhos de papai não vão querer ameaçá-la? Por que essa ignorância toda? Veja bem, eu escrevi ignorância no sentido denotativo da palavra!!!
Pois é... Hoje, vi na internet um vídeo feito na Índia onde algumas mulheres apanham da multidão acusadas de bruxaria...Estamos na Idade Média? Aquilo era a ¨santa inquisição¨? Muita injustiça espalhada pelo mundo...Em diversos países, inclusive países de primeiro mundo, mas o que podemos fazer? Oras, se as nossas ações não alcançam a Índia, por exemplo, quital começar pelo Brasil mesmo...É tempo de mudança, aliás, sempre foi, mas a gente, as vezes, não percebe. A primeira e maior mudança que deve ser feita, começa dentro de nós mesmos! Extinguindo o preconceito e buscando o dicernimento para resolver todos os problemas. Como diz o ditado: Para se resolver todo e qualquer problema, a solução começa com um simples diálogo.

sábado, 7 de novembro de 2009

Visita ao parque Korankei


No Outono a descoloração das folhas do momiji (Acer Palmatum) é um espetáculo à parte para os olhos. O parque de Korankei fica localizado no distrito de Asuke, cidade de Toyota, na província de Aichi. A entrada é franca, mas a tarifa de estacionamento para o tempo em que o visitante fica no parque é de mil ienes.
Korankei é famoso por suas árvores de Momiji cujas folhas descolorem-se no Outono proporcionando uma mudança fantástica na paisagem. As montanhas e a floresta saem do seu estado verde e tornam-se coloridas. Como a descoloração das folhas não é homogênea, há uma diversidade de tons que vão do vermelho, passando por diversos tons alaranjados, chegando ao amarelo. É um verdadeiro festival de cores onde a natureza nos brinda com seu capricho, criatividade e beleza. Nesta época, muitos fotógrafos ¨peregrinam¨ até Korankei atrás de belas imagens. O parque é atravessado por um rio com margens rochosas. Em alguns trechos desse rio, a água fica bem calma, dando a impressão de que o rio se converte num grande espelho que reflete a beleza das árvores multicoloridas.Tem algumas pontes vermelhas ao estilo japonês. Muito bem cuidado, não tem um resíduo de lixo, o que mostra a organização e o respeito dos visitantes. Paira no ar um clima romântico, onde casais de jovens e velhos andam de mãos dadas.
O parque tem muitas trilhas, caminhos e pedras. O conjunto desses elementos é um ambiente inesquecível que traz ao visitante aquela sensação de ¨eu quero voltar aqui mais vezes¨. Para o visitante mais animado, andar pelos caminhos do parque e descobrir as belezas que se revelam a cada ponto é a chance de uma aproximação maior com a natureza. Essa proximidade torna a beleza bucólica do lugar ainda mais acentuada. Caso alguém resolva visitar o parque, sugiro que não se esqueça da câmera fotográfica.
Outro espetáculo que acontece é quando a noite chega e acendem-se as luzes do parque. Dezenas de holofotes posicionados nos pés das árvores, apontam para cima e iluminam a floresta dando uma coloração dourada ao ambiente. De longe, tem-se a impressão de que a floresta está pegando fogo. Nesse horário a beleza do parque só se equipara as luzes de Natal das grandes cidades.
Em suma, é um passeio relativamente barato, mas que vale a pena, pois o parque, além de ser muito bem cuidado tem um toque de cultura japonesa. Fui e recomendo.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

A importância da leitura

Estudos dizem que a leitura faz bem ao cérebro. O hábito (extremamente saudável) de ler, além de aumentar o nosso conhecimento, exercitar o nosso idioma (tanto na parte falada como na escrita), serve como ferramenta para estudar, ou simplesmente desestressar... O que algumas pessoas não sabem, é que a leitura retarda o envelhecimento do cérebro e combate o mal de Alzheimer, já que obriga os neurônios a trabalhar. A leitura estimula o raciocínio pois faz com que o leitor interprete o texto recriando situações em sua mente.
Aqui no Japão, no início do fenômeno Dekassegi, as pessoas não dispunham de leitura em português. Com o passar dos anos, apareceu o Jornal Internacional Press, Veio a internet e daí por diante, apareceram várias publicações em português. Quando a gente passa muito tempo sem ler, o cérebro acaba ficando ¨preguiçoso¨e é aí que devemos ficar alertas. O principal indício de que o nosso cérebro está ficando preguiçoso é quando a gente se depara com um texto, por pequeno que seja, desistimos na segunda ou terceira linha. Claro que o prazer de ler tem muito a ver com o assunto sobre o qual estamos lendo, mas quando você está no pique, qualquer texto pode ser lido em curto espaço de tempo, com boa interpretação sem o cansaço precoce de quem está desacostumado. Neste fim de ano, sei que muitas crianças estarão ansiosas pelos seus presentes e por isso, gostaria de sugerir um presente diferente... Quital um grande livro de estórias infantis ricamente ilustrado, bem colorido!!! Algo que desperte o gosto pela leitura...Cabe a cada um de nós formar as futuras cabeças que herdarão o mundo. A vida é menos difícil para os cidadãos mais orientados e atentos para as mínimas coisas. Nos dias de hoje, um bom livro é sempre um ótimo presente.
Para aqueles que dizem que o jornal está caro, eu digo que temos ótimas publicações em português pelo melhor preço (grátis)... São elas Alternativa e Vitrine...Só para citar as mais conhecidas. Para aqueles que dizem não ter tempo, dez minutinhos de leitura antes de dormir não vai matar ninguém e vai te fazer um muito bem!!! Aproveitando, quem ainda não leu a Alternativa No. 4 - Novembro/2009 . A revista traz uma reportagem voltada para aqueles que querem voltar para o Brasil, além de ótimas dicas como listas de documentos para visto de trânsito, comparativo das companhias aéreas, etc... Caso você tenha percebido que o seu cérebro está ¨preguiçoso¨tenha sempre à mão alguma coisinha para ler, mesmo que seja gibi!!! No caso de você ter crianças no seu círculo de amizade( filhos de amigos, por exemplo), é uma boa pedida dar livros de presente.
Um bom final de semana para todos e boas leituras.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Conversem com seus filhos

Hoje acordei meio jururu...Mesmo assim, ainda tenho a obrigação de postar alguma coisa útil neste blog, então vou transcrever uma reportagem sobre o perigo dos amigos virtuais na internet. A fonte provém deste link:

http://colunas.epoca.globo.com/mulher7por7/

Contem para seus filhos
ter, 03/11/09
por Isabel Clemente


Eu nunca tinha lido um depoimento tão detalhado e chocante como o de Mary Kozakiewicz, mãe de Alicia, uma jovem que, aos 13 anos, foi seqüestrada, torturada e estuprada durante quatro dias por um homem que conheceu pela internet. Alicia fugiu de casa para um encontro que virou seu grande pesadelo. Um homem de 38 anos, que julgava como amigo, era um maníaco. Alicia foi salva por agentes do FBI. A tragédia, há oito anos, deu origem ao Alicia Project , uma bela iniciativa de sua família para transformar o trauma num exemplo para alertar outros jovens a não cair na mesma armadilha. Eles rodam escolas e universidades nos Estados Unidos, numa conversa franca (e chocante) sobre o perigo dos contatos estabelecidos no mundo virtual.
Como mãe, imaginei o horror de Mary, mãe de Alicia, sentada, sem poder fazer nada, enquanto a polícia procurava sua filha. Sempre vi com muita cautela os contatos no mundo virtual e, confesso, reajo com certo assombro à facilidade com que as pessoas se expõem na internet, especialmente os jovens. Estabelecem redes de amigos, em que muitas vezes conta mais a “quantidade” do que a “qualidade”. Falam muito de si, da própria rotina. Mostram fotos, às vezes íntimas, esquecendo-se, de repente, que, além de impressionar os amigos, falam também com interlocutores cheios de más intenções.Não gosto dessa exposição. Não participo de redes sociais na internet. Quando posso, alerto meus sobrinhos adolescentes sobre os riscos desse negócio, um progresso dos tempos modernos que lança as crianças, cada vez mais cedo, num mundo sem fronteiras. Nesse espaço ilimitado que se abre a partir da tela de um computador, a boa e velha estratégia de se perguntar “onde estão meus filhos agora, com quem estão e o que estão fazendo” não vale.
Adolescentes têm segredos, julgam-se a salvo dos perigos do mundo, confiam demais no próprio julgamento. Eu fui assim também, embora tenha sempre agido dentro de limites muito claros estabelecidos por meus pais. Sem falar, é claro, que eu não tinha a internet para navegar à vontade. Penso nas minhas filhas, em que mundo estarão quando chegarem à adolescência. Como impedir que elas me olhem como se eu fosse um ser de outro planeta apenas por alertá-las sobre as pessoas mal intencionadas. Uma providência eu considero boa: computador, só num local onde todos podem ver o que o outro está fazendo. Diante dessa (cruel) realidade, deixar que a criança navegue à vontade no seu quarto é o mesmo que permitir que ela viaje por aí sozinha, sem a companhia de um adulto responsável.
Os esforços de Alicia têm sido reconhecidos mundo afora com prêmios, documentários e fóruns. ransformar a dor em ação não é para qualquer um. Alicia, uma jovem bonita e tímida, ainda sofre com insônias e tem lapsos de memória, num mecanismo involuntário de autoproteção. Ela estuda Psicologia na Universidade de Pittsburgh. Seu sonho é virar agente especial do FBI para impedir e salvar outras crianças da mesma situação. Leiam o que diz a mãe de Alicia (em inglês). ”Você acredita que seu filho não está sendo imprudente”, diz Mary, mas está. “A criança que retorna para você depois de uma experiência como essa não é a mesma que saiu”, escreveu Mary, para o Times britânico. Nem tem como ser. Conheçam essa história. Passem adiante. Ela pode salvar vidas e sonhos.
Abaixo, trechos em português do depoimento da mãe de Alicia.
Era Ano Novo. Começava 2002. Tivemos uma ceia de família. Quando eu estava tirando os pratos para colocar na mesa a torta de maçã, Alicia disse que não se sentia bem e subiu as escadas. Eu disse: “Tudo bem, pode ir”. Mais tarde, quando ela não respondeu a meu chamado, pedi ao irmão para ir até lá. Ele falou: “Ela não está no quarto”. Tinha sumido assim, de repente.Eu nunca tinha me preocupado com o uso que Alicia fazia da internet. Ela tinha 13 anos, e embora ela ficasse no computador algumas horas por dia, todas as crianças em Pittsburgh ficavam. Eu dizia: “Sai, brinca um pouco”. Mas aí ela me mostrava a tela do computador, e todos os amigos estavam conversando entre si. Nós achamos que ela estava segura. Crianças pararam de ler livros, e agora escrevem coisas online, fazem o dever de casa online. Têm perfis onde incluem seus objetos favoritos e uma foto. Nunca imaginamos que ela pudesse sofrer algum dano por isso.
Alicia era tímida, não saía muito na rua, não havia nenhuma casa para onde pudesse ir na noite do Ano Novo. Era um dos dias mais frios do ano, gelado, nevava e estava escuro. Fomos ao jardim, ao porão, e finalmente chamamos a policia. Eles disseram: “Ela estará em casa de manhã, provavelmente está com amigos”, e foram embora. É surreal, você é transportada a um outro estágio de consciência, porque não há resposta. Você se senta no escuro e se sente impotente. Nenhum alerta. Nenhum sinal de arrombamento. Ela não levara nada com ela, nenhum casaco, nenhuma bota. O dinheiro que ganhara de Natal ainda estava em sua penteadeira.
Eu era dona de casa, meu marido era vendedor num escritório em que pessoas começavam a trocar e-mails e havia as lendas dos predadores da internet, foi ele quem suspeitou primeiro. E estava certo (…) Na aparente segurança de seu quarto, minha filha tinha conhecido um homem de 38 anos online, um programador de informática de Hendon, Virginia. (…) Depois soubemos que era divorciado. A filha tinha acabado de passar o Natal com ele. Tinha a idade de minha filha. Deixou a própria filha no aeroporto e foi pegar a minha na minha casa. Sua intenção era transformá-la numa escrava sexual. (…) Ela ficou refém dele num porão, ela a estuprou, abusou dela, bateu nela, a torturou, e a manteve acorrentada com uma coleira de cachorro no pescoço.Só a encontramos porque ele havia mostrado um vídeo seu com minha filha para outro tarado. Mas o amigo chamou o FBI, por achar que o sequestrador iria matar minha filha e ele não queria ser acusado como cúmplice por ter visto o vídeo do abuso.
No dia 5 de janeiro, o FBI entrou na casa onde ficava o cativeiro. Até então, eu tinha parado de comer e dormir. Recebi uma ligação do FBI e meu medo era que me chamassem apenas para identificar minha filha, porque 75% das crianças raptadas são mortas nas primeiras três horas.
(…)Alicia hoje descreve a internet como talvez o maior experimento social de todos os tempos mas no qual as crianças podem ser sacrificadas como cobaias. Eu uso a analogia de uma arma carregada. Ninguém nos advertiu sobre isso mas passaram a nos culpar quando as crianças começaram a matar e ferir umas às outras”.
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Ando com uma certa dor na consciência,pois acho que estou meio distante da minha baby, mas vou conversar com esse alguém importante para mim, pois esse tipo de notícia sempre me deixa apreensivo.

Esses dias mesmo, postei alguns pensamentos sobre o preconceito aproveitando a repercussão do caso da estudante da Uniban.
Sabemos que existem roupas para todas as ocasiões e devemos adequa-las às circunstâncias de uso, mas um erro desse tamanho não justifica um erro ainda maior... Quero esclarecer aqui, que não tenho nenhum vínculo com ela, mas quero também explicitar a minha indignação... Imagina alguém que colocou uma roupa curta para ir à faculdade. Começa um murmurinho e quando ela menos espera, tem que sair da instituição escoltada pela polícia, pois a situação fica insustentável. Assisti alguns vídeos que foram postados no Youtube e lamentavelmente vê-se a cena onde dezenas de estudantes (de curso superior), gritam em côro ¨Puta! Puta!¨ (desculpem o palavreado). Simplesmente deprimente... Acho que alguém que tenha o privilégio de cursar uma faculdade no Brasil, tem que ter a mente um pouco mais aberta. Alguns até nem estavam tão empenhados em protestar. Só queriam mesmo é fazer barulho e ver o circo pegar fogo (Maria-vai-com-as-outras). Acho que se alguma menina estava incomodada com o namorado olhando para a outra, então que fosse reclamar na direção (essa seria a atitude mais sensata). Submeter uma pessoa à esse tipo de humilhação é um dano que jamais poderá ser plenamente sanado e vai deixar sequelas. Há uma parte de um dos vídeos em que uma garota diz ¨coitada, ela está chorando...¨ Em seguida uma outra responde ¨que se dane!¨
As vezes me questiono se estamos mesmo no século XXI...
Hoje, no calor dos acontecimentos, muita gente talvez não reconheça que errou, mas o tempo passa e a maturidade um dia chega... Convido todos à meditar sobre o assunto e lembrar que poderia ser alguém da sua família...Se fosse, como você se sentiria? Você de certo deve ter mãe, irmã, prima, amiga, namorada, noiva, esposa... Imaginem o dano psicológico...
Temos um grande papel nessa era...O mundo está em constante mudança e do passado até aqui, muitas coisas foram conquistadas, mas para que o mundo seja transformado, a maior mudança deve ocorrer dentro de nós mesmos. Se queremos Justiça, igualdade, tolerância e harmonia, de maneira sincera devemos ser justos, igualitários, tolerantes e buscar uma vida mais harmônica em sociedade.

domingo, 1 de novembro de 2009

Estamos no século XXI?



Quando paro e olho para trás, lembro que chegamos no século XXI. ¨Grande coisa¨, diriam alguns, mas eu reafirmo...É uma grande coisa mesmo!!! Antigamente se falava nas maravilhas do futuro, nos avanços da ciência... Criavam hipóteses de como seria o mundo no ano 2000... Pois bem... Para refrescar a memória de quem viveu as dificuldades do passado e as esqueceu e para esclarecer algumas pessoas que não viveram em tais épocas, vamos fazer uma pequena explicação... Eu tiro como base a minha vida e os caminhos que tomei para chegar até aqui...

Bem, nasci em 28 de Abril de 1970 em Ferraz de Vasconcelos. Na época, meus pais estavam em dificuldades financeiras. Sem dinheiro para me registrar, esperaram até Agosto daquele ano. Meu pai declarou que eu havia nascido no dia 20 de Agosto de 1970 para não pagar multa. Hoje, o cidadão brasileiro pode registrar seus filhos gratuitamente.

Lembro-me que quando eu era criança, a gente ia buscar óleo de soja no armazém e levava uma garrafa de vidro para carregar o óleo que era extraído de um tambor. Havia uma bomba de manivela com uma mangueira para bombear o óleo para as garrafas. Hoje, o óleo é vendido nas ultrapassadas latas, ou em modernas garrafas plásticas, dentro de certos padrões de fabricação e higiene.

Lembro-me das fichas telefônicas que usávamos para fazer nossas ligações. A ligação local durava três minutos. A ficha para interurbanos era diferente e mais cara. O serviço telefônico era ruim(as vezes não se escutava direito devido a chiadeira), as linhas eram muito caras e não existiam celulares. Hoje, com a popularização do telefone, pelo menos no Brasil, o governo abriu a concessão dos serviços de telefonia e a concorrência beneficiou os usuários com a melhoria dos serviços e tarifas mais atraentes. Com o advento do celular, não há mais desencontros como haviam antigamente.

Antigamente, ou você tinha um carro a gasolina, ou a álcool, ou a diesel. Carro particular a gás de cozinha também existia, mas era ilegal. Atualmente, as pessoas podem comprar carros com motores Flex, ou GNV e ainda tem os híbridos que funcionam com motores elétricos (carros com apelo ecológico e que tem o incentivo do governo japonês para a sua produção e venda).

Antigamente uma carta para chegar no Brasil, levava até uma semana. Para fazer uma transação por carta levava-se uns quinze dias. Hoje, para mandar fotos, cópia de documentos ou cartas, tudo pode ser feito por e-mail. Chega na mesma hora. É rápido, prático e seguro.

Tudo isso sem citar outras infinidades de coisas que a evolução da ciência nos proporciona. Aqui no Japão é muito comum as pessoas viajarem, ou irem para lugares desconhecidos sem a dor de cabeça de ficar parando de posto em posto para verificar se o caminho está certo. A tecnologia GPS dos aparelhos de navegação permitem que você viaje para qualquer lugar do Japão. Realmente...Os avanços na área da ciência foram grandiosos, mas uma grande parte da humanidade (quero crer que não é a maioria), ainda vive com a mentalidade de séculos atrás...

  • Palestinos e Israelenses ainda continuam se odiando com paixão...
  • Ainda existem na Europa, pessoas com o sentimento anti-semita...
  • Ainda existem lugares onde pessoas trabalham em regime de semi-escravidão...
  • Ainda existem pessoas que acham que os homosexuais, os negros, os pobres, os ignorantes, os asiáticos, os nordestinos, os judeus sejam pessoas inferiores...
  • Ainda existem políticos que acham que época de trabalho é só quando há uma eleição...
  • Ainda existem países querendo pleitear seus direitos através da guerra...
  • Ainda existe gente que mesmo sabendo que o futuro é incerto, desperdiça água...
  • Ainda existe gente aos montes morrendo de fome...
  • Ainda existem seitas religiosas que ¨em nome de Deus¨ exploram a boa fé das pessoas (como na Idade Média).
  • Ainda existem pais que exploram seus filhos nos semáforos das grandes avenidas...
  • Ainda existem pessoas que mesmo sem precisar, inscrevem-se nos benefícios sociais do governo...
  • Ainda existem pessoas que discriminam a mulher...

E por aí vai... Estamos num novo século, numa nova era, no entanto, muitos de nós ainda estamos com a mentalidade do século passado. Você já parou para pensar que está vivendo no século XXI? Uma nova era...De entendimento, de tolerância, de benevolência, de solidariedade e de Paz!!!