quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Visita ao Museu Ninja de Iga


Atividade: Visita Técnica
Local: 伊賀流忍者博物館 (Iga-ryu Ninja hakubutsukan) Museu Ninja do Clã Iga
Data: 17 de Dezembro de 2009
Situada na província de Mie, a cidade de Iga é berço de um dos clãs Ninja mais temidos, o clã Iga. O Museu do Ninja é composto de várias peças de época que são expostas ao público. Também há a casa do Ninja, que é uma construção de época, onde um guia mostra como era a casa de um Ninja, com suas várias passagens secretas, escadas camufladas e armas escondidas.
Ao percorrer o Museu do Ninja, dá-se uma volta no tempo e nos deparamos com vários apetrechos que só vemos no cinema. Autênticos ganchos com cordas e correntes, espadas, roupas usadas em missões e disfarces.
Na antiguidade, onde a maioria das pessoas não tinham acesso ao conhecimento, os guerreiros das sombras sabiam muito sobre astronomia, química, física, ilusionismo, etc. Nesse contexto, os Ninjas eram considerados homens mágicos, que podiam desaparecer diante dos olhos. O Ninja tinha conhecimento dos quatro elementos (água, fogo, ar e terra) e sabia como usá-los a seu favor. Ele tinha que estar em sintonia com a natureza. Tornaram-se respeitados guerreiros e foram usados como mercenários em tempos de guerra. O Ninja não era usado para batalhas, mas para trabalhar como espião, sabotador e assassino. Extremamente calculista, era preparado para entrar e sair de casas e castelos. Usava apetrechos, que rústicos para a época, eram eficientes em suas mãos. Usava a escuridão como aliado e se caso fosse flagrado em ação, usava diversas armas para possibilitar sua fuga, como estrelas de ferro, bombas de fumaça, garras para escalar paredes entre outros artifícios. No Japão feudal havia um ditado: ¨Se quiser ganhar uma batalha, contrate um exército, mas se quiser ganhar uma guerra, contrate um Ninja¨. Muitas vezes, antes de uma batalha, o trabalho de um Ninja era decisivo, pois podia infiltrar-se no campo inimigo, sabotar suas armas, envenenar e matar dezenas de soldados e enfraquecer um exército antes do conflito.
O museu não traz ao visitante aquele frenesi causado pelos filmes do gênero, mas nos desvenda um pouco sobre esses obscuros guerreiros. Eram os 007 da antiguidade. Sua arte ainda é um mistério para a grande maioria das pessoas, mas nos mostra que o ser humano pode desenvolver formidáveis formas de combate e espionagem a partir de instrumentos rústicos. O conhecimento também era outro diferencial para esses guerreiros. No quesito diversão, o Museu do Ninja é meio sem-graça, mas culturalmente é válido devido ao seu aspecto histórico.

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