domingo, 25 de dezembro de 2011
Feliz Natal
Primeiramente, gostaria de dizer Feliz Natal para todos e manifestar os meus melhores votos de Saúde, Paz e Prosperidade.
Como Diz a Sony “No music, no life” algo do tipo Sem música não há vida. Em outras palavras, a vida fica sem-graça se não houver música. Neste mês de Dezembro aqui no Japão as lojas decoraram as vitrines e as fachadas como fazem em todos os anos. As rádios tocaram as músicas de Natal que já viraram hit como Happy Merry Cristmas da Miho Nakayama e outras que não me lembro o nome agora. O clássico Merry Xmas do John Lennon toca em todas as rádios, como não poderia deixar de ser.
http://www.youtube.com/watch?v=z8Vfp48laS8&feature=related
Ainda sinto que o espírito de Natal está meios distante de mim, assim como muitas pessoas que amo. Viver no Japão e longe da família não é fácil e especialmente nesta época fica um pouco mais triste para mim. Ainda digo Feliz Natal, porque quero tentar manter esse espírito de Natal vivo dentro de mim, mas confesso que as vezes falo somente para cumprir um protocolo. A cada ano que passa, sinto distante aquela sensação de felicidade que sentia quando vivia no Brasil.
Mudando de assunto, queria fazer uma crítica, como sempre faço em todas as minhas postagens. Aqui nesse blog, atinjo um número relativamente pequeno de pessoas, mas de maneira diferente, os artistas que são pessoas públicas conseguem alcançar uma quantidade muito grande de pessoas. Sobre suas costas pesa uma imensa responsabilidade de levar boas mensagens para as pessoas.
Lá atrás nos idos anos 60 surgiu John Lennon. Acho que talvez o mais intelectual dos Beatles. Ao contrário do que se vê hoje em dia, com “músicas” fazendo apologia ao crime, a imoralidade e as drogas, Lennon pregava a Paz, a igualdade entre as pessoas e a esperança em dias melhores. Sua obra sobrevive até hoje em obras-primas célebres como Imagine entre outras tantas canções de sucesso. Ele fez com que as pessoas parassem para pensar. E você? O que tem deixado entrar em seus ouvidos e em sua mente?
Feliz Natal!!!
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
Que rumo estamos tomando?
"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto..."
Eu ouvia essa frase constantemente do meu pai, mas só muito tempo depois descobri que seu autor foi o célebre baiano super-hiper-mega-ultra-master intelectual RUI BARBOSA. Já naquela época ele se indignava com a pouca vergonha e mau-caratismo de muitos indivíduos. Hoje tenho a impressão de que as coisas já chegaram num patamar digamos, no mínimo alarmante. Quando eu era criança, as pessoas que queriam fumar maconha, por exemplo, procuravam um terreno baldio e fumavam escondidos, longe dos olhos da sociedade. Sem fumantes passivos e sem mal exemplos para os nossos jovens.
Devo dizer que cada um cuida da sua vida, mas seria muito bom se aqueles que quisessem alimentar o seu vício o fizesse sem prejudicar os demais. Naquele tempo, o rótulo maconheiro era tão ofensivo quanto qualquer outra palavra como filho-d*-put*, ou corno.
Com o passar do tempo e a flexibilização das leis (que deveriam ser mais rigorosas para quem consome também), o indivíduo que consumia maconha escondido passou a fumar nas calçadas, nas praças e nos mais diversos lugares públicos. O imagem do maconheiro delinquente começou a ser vista pelos nossos jovens como aquele pseudo-herói, o cara descolado e rebelde que faz altas “viajens”. Assim como foram estabelecidas as regras para os fumantes convencionais... Assim como foi endurecida a lei para quem bebe e dirige, o consumo da maconha deveria ser punido quando afetasse outras pessoas. Dia desses vi na net estudantes fazendo protestos violentos, invasões e exigências, tudo porque a polícia estava tomando medidas para inibir o consumo no perímetro estudantil. Essa inversão de valores está num ponto insustentável e as pessoas de bem são obrigadas a engolir todos os dias esse tipo de atitude. Do jeito que as coisas andam, se nenhuma atitude for tomada de maneira emergencial, as coisas caminharão para o caos, bem como definiu lá atrás o nosso Rui Barbosa. Nas mãos de quem estará o futuro da sociedade? Quem serão nossos médicos, educadores, advogados, engenheiros, dentistas, políticos? Profissionais no expediente e drogados nas horas vagas? Você ficaria tranquilo se soubesse que seu filho estuda com um professor nóia? Como você se sentiria se antes de se submeter a uma cirurgia o medico falasse: “Vou dar um tapinha e já volto para te operar, viu...”
Talvez muita gente não concorde comigo, mas uma das maiores MENTIRAS que já disseram é: “Maconha não é droga.” Tão nociva quanto o álcool e o tabaco, ela destrói os neurônios, joga o indivíduo na sarjeta e rouba sua dignidade. Se você quer se drogar, o problema é seu, mas não jogue essa fumaça nos narizes das nossas crianças e não seja um falso ícone para os nossos jovens.
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
Máquina do tempo
Desde criança eu escuto falar da fantasia da máquina do tempo. Alguns filmes e livros discorrem sobre o tema e fazem as nossa mente viajar nessa possibilidade. Viajar no tempo e visitar o futuro... Ou ainda rever o passado. Seria uma experiência no mínimo interessante. Saindo do contexto da fantasia, a máquina do tempo é somente um instrumento de concepção cientificamente inviável. É um prato cheio para roteiristas como Spielberg, ou escritores como Verne. Mas, e na prática? O ser humano poderia fazer uso de um instrumento semelhante? A resposta é: Até certo ponto e de certa forma SIM!!! Muitas empresas, através de especialistas, já lançam mão de deduzir como será o futuro através de tendências e estatísticas. De maneira mais simples, também podemos imaginar o nosso próprio futuro através da observação do que vivemos hoje. Das tendências e do rumo que as coisas vão tomando. Dentro de uma visão realista, para esta nossa dimensão, essa é talvez a única forma de ver o futuro. Imaginar, ou fantasiar o futuro é outro assunto. Sim... Outro assunto, mas que não deixa de ser uma atividade agradável.
Com relação ao passado, a máquina do tempo que temos em nosso cérebro é mais eficiente, pois são coisas que já vivenciamos e que estão guardadas no fundo dos arquivos do nosso subconsciente. Esses arquivos podem ser acessados simplesmente através do ato de lembrar, ou ainda, poderão ser resgatados, ou despertados através de mecanismos como músicas, filmes, comerciais, desenhos, cheiros... Quando nossa mente é estimulada por esses agentes, a máquina do tempo que existe dentro de nós é ativada e nos transportamos mentalmente para determinada época de nossas vidas.
Existem muitas músicas que me transportam ao passado e hoje em dia eu não preciso mais arquivar nada em minhas coisas. Sempre que tenho um tempinho, busco as referidas músicas em sites como o Youtube.
Tem um perfume que sempre que sinto sua fragrância no ar, me recordo de uma determinada pessoa... Acho que todo mundo tem uma história dessas para contar.. Gosto muito do cheiro de bolinho de chuva. Sempre me lembro da minha mãe. Produtos infantis como Xampus, óleos, cremes e sabonetes me fazem voltar ao tempo em que minha filha era uma bebezinha. O cheiro de cosméticos me transporta ao tempo em que minha mãe foi esteticista. Existem muitos instrumentos que ativam a nossa máquina do tempo. Devo dizer que mesmo sendo um instrumento subjetivo, essa máquina do tempo vem com uma advertência: “Use com moderação. O mal uso desse instrumento pode agravar feridas mal-curadas e criar sequelas psicológicas”. A máquina do tempo dentro de cada um de nós é como uma faca de cozinha. Pode ser usada para o mal e para o bem. Usar essa máquina para resgatar experiências negativas nem sempre é bom, mas é altamente saudável reviver as alegrias do passado e criar boas perspectivas para o futuro!!!
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Alimento para o Intelecto e para a Alma
Apesar da vida corrida e cansativa que todos nós levamos, principalmente aqui no Japão, onde se vive a filosofia nipônica de dedicação ao trabalho, há de se buscar relaxamento físico e psicológico para recompor o organismo do desgaste diário. Uma boa pedida é exercitar o cérebro através da leitura. Sim, quando você lê algumas linhas de algum panfleto ou revista e já cansa, é um sinal claro de que o seu cérebro está ficando preguiçoso. É falta de exercitá-lo através de leitura e exercícios. Jogos como o Xadrez, ou outros que exijam raciocínio ajudam na manutenção dessa máquina pensante maravilhosa que temos dentro de nossas cabeças. Estudos indicam que as pessoas que resolvem palavras cruzadas, ou que lêem com frequência, são menos suceptíveis aos efeitos degeneradores da idade. Também tem menor probabilidade de desenvolver o mal de Parkinson. A leitura obriga os neurônios a trabalhar para processar as mais diversas informações, assim quando lemos, nos transportamos para dentro do enredo e nossa mente gera as mais diversas imagens e acessa informações que estão armazenadas muitas vezes lá no fundo do nosso arquivo psíquico. Outra questão básica é o teor daquilo que lemos. O ideal é exercitar a mente através da leitura e alimentar o intelecto e a alma com temas edificantes e prazeirosos. Nada mais chato do que ler coisas que não nos interessam, mas nada mais destrutivo e nocivo à mente do que alimentá-la com lixo. Exatamente. Nós somos o que comemos. Se nos alimentamos de maneira saudável, nosso corpo será forte e sadio. Pode se dizer que somos o que comemos. Fazendo-se uma analogia, também podemos dizer que somos o que absorvemos. Tudo o que lemos e adquirimos como bagagem mental passa a tornar-se parte do nosso eu interior, da nossa mente e influencia diretamente no nosso caráter. Portanto é preciso ter cuidado com as coisas que deixamos entrar pelas portas do nosso cérebro:
*Olhos: Devemos ter cuidado com o que os nosso olhos vêem, seja na forma de filme, seja na forma de leitura... Os olhos são as principais janelas da Alma.
*Ouvidos: A segunda principal janela da Alma Humana são os ouvidos. Devemos vigiar o que escutamos, seja na forma de fofoca, seja na forma de música...
Através dessas duas janelas devemos filtrar as informações que vamos admitir em nossas mentes. Tenho visto muitas pessoas por aí que não filtram as informações e alastram boatos (muitas vezes sem fundamento) e acabam transformando uma grande mentira numa grande pseudo-verdade. Particularmente, acho que mesmo que a informação seja verdadeira, temos que cuidar para que ela não seja como uma pedra jogada na multidão. Não se sabe quantas pessoas ela vai ferir. Uma informação que não acrescenta nada (de bom) não vale a pena ser passada para frente.
Voltando ao assunto leitura, gostaria de recomendar às pessoas do meu círculo de amizade e aos leitores deste modesto blog os livros:
*O Vendedor de Sonhos - O Chamado
*O Vendedor de Sonhos - A Revolução dos Anônimos
*O Semeador de Idéias
Todos do mesmo autor. Augusto Cury. Sei que gosto cada um tem o seu, mas acho que a grande maioria vai gostar da mensagem e do enredo, que diga-se de passagem é fantástico. O personagem central é um homem misterioso, mas ao mesmo tempo carismático, como aquele que idealizamos como compartilhador da sociedade. Espero que pelo menos alguns de vocês leiam e compartilhem as idéias comigo. Será um prazer. Assim como me sinto imensamente comprazido em compartilhar minhas idéias e dentro de certos aspectos ajudar o meu próximo. A vida já é dura o suficiente para que façamos dela um fardo pesado. Na verdade é melhor viver construindo um mundo e deixá-lo colorido para nós e para os outros, do que viver num mundo cinza e sem-graça. Já me decepcionei muito com as pessoas, mas tenho certeza de que as pessoas que me decepcionaram fazem parte de uma ínfima minoria.
domingo, 16 de outubro de 2011
Nós e a evolução
Muito tem se falado de evolução desde que Darwin contrariou a igreja e expôs suas idéias. Nós, seres humanos viemos de um processo constante de evolução. A tendência é evoluirmos muito mais ainda em vários setores da atividade humana. Tanta evolução e muitos de nós ainda insistimos em ficar enclausurados no casulo da ignorância. Apesar da tendência natural do ser humano em teimar em não aceitar novas situações e se adaptar aos novos panoramas em que a vida civilizada vai se encontrando, desde cedo aprendemos que aqueles que não acompanham as mudanças vão ficando para trás... Sim e depois não adianta lamentar porque o sistema é cruel e que a vida é injusta... Muitos de nós absorvemos rapidamente as novas tecnologias. As crianças conseguem dominar todas as funções dos novos celulares e computadores portáteis. Uma quantidade gigantesca de informações percorre a internet e gira o mundo a todo momento... Quem não quis acompanhar pelo menos algumas das mais importantes novidades tecnológicas foi ficando para trás... Hoje, palavras como Know-how, business, up-grade, etc, já não são mais novidades para a nova geração. Os novos termos como Twitter, tablet, podcast, etc, já fazem parte do vocabulário da moçada. Na contra-mão da evolução, no entanto, existem palavras que foram aprendidas, mas que com o passar do tempo foram esquecidas... Palavras básicas, mas com significado profundo como: OBRIGADO, POR FAVOR, COM LICENÇA, DESCULPE, POR GENTILEZA, etc...
Evoluimos muito com a ajuda da ciência, mas tenho a impressão que estamos ficando cada vez mais mal-educados.
Ainda me lembro das primeiras edições do Rock´in Rio. Quiseram fazer um festival de Rock memorável como aqueles do passado. Chamaram grandes bandas de Rock do mundo inteiro e também do Rock nacional. Foi um grande sucesso. A fórmula deu certo e o nome do evento (Rock´in Rio)se consolidou. Com o passar do tempo, o festival que originalmente era para ser de Rock começou a receber outros estilos. Sim... Era a mudança dos tempos. Um festival dessa magnitude pode e deve ser mais eclético, mas contrariando o rótulo, o Pop e até ritmos distantes do Rock foram sendo incorporados. Foi um choque e as pessoas relutaram em aceitar a mudança. Ainda me lembro da apresentação do Carlinhos Brown... Um grande músico, representando o Brasil e suas raízes foi vaiado e pior, levou uma chuva de garrafas pet e latas de refrigerante...Nós os próprios brasileiros aplaudimos os gringos e escurraçamos um compatriota!!! Nesta última edição do Rock´in Rio, houve uma pequena quantidade de “gente” que vaiou a Claudia Leite. Fico pensando o que os artistas estrangeiros devem pensar do nosso povo...
Está mais do que na hora das pessoas perceberem que o Rock´in Rio não é mais só para roqueiros. Os tempos são outros e há espaço para todos. O nome do evento que deu certo vai ficar e pelo jeito ainda vão fazer outros festivais como o Rock´in Rio Lisboa(???), mas eles poderiam mudar o nome para algo do tipo: Rio international Music Festival... Agora, o que precisa ser mudado mais urgentemente é a educação e a mentalidade das pessoas. Estamos avançando no mundo da tecnologia, mas estamos deixando para trás o que nos torna seres sociáveis... A Educação!!! Vamos aceitar as mudanças, sair do casulo da ignorância e voar como borboletas que vivem o mundo de maneira intensa.
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Uma luz no fim do túnel
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Criando filhos

Realmente. Quando a gente vê as outras famílias e seus respectivos filhos, fazemos diversas críticas internas... Mas, e quando chega a nossa vez de assumir o papel de educadores? Como reagiremos diante das dificuldades? Sempre nos lembramos de quão rígida foi a nossa época. Nossos pais sempre se lembravam de quão severos foram nossos avós... Diante de tanta dureza as pessoas estão ficando cada vez mais permissivas com seus filhos. O resultado é esse que vemos com a atual geração de educandos que existem por aí. Jovens cada vez mais arrogantes e indisciplinados. O respeito às outras pessoas e o sentido do termo viver em sociedade para eles não faz sentido.
Pais ocupados, que não têm tempo para dialogar com os filhos também contribuem para a “formação” dessa geração de rebeldes sem causa.
A questão é: Como educar os filhos com Amor e Carinho, dando-lhes auto-estima sem transformá-los em pessoas arrogantes?
Certa vez, recebi um panfleto de uma entidade esportiva que dizia para os pais: “Nós professores somos meros coadjuvantes no processo educacional dos seus filhos. Educação é algo que começa em casa!!!” Em seguida eles davam dicas de como criar um mau filho. Sei que muita gente já deve ter lido esse artigo, mas não custa ler de novo e refletir:
- Comece na infância a dar tudo que o seu filho quiser. Assim, quando ele crescer, acreditará que o mundo tem obrigação de lhe dar tudo o que ele deseja. (Conheço muita gente assim. Vive na merda e acha que o mundo tem obrigação de ajudá-los)
- Quando ele disser nomes feios, ou coisas imorais, ache graça. Isso o fará considerar-se interessante. (Tem pai e mãe por aí que diz que o filho dos outros é desbocado, mas o filho deles é genioso)
- Nunca lhe dê qualquer orientação religiosa. Espere ele completar 21 anos e decidir por ele mesmo. (Aí pode ser beeeem tarde. Ele não vai saber determinar parâmetros de certo e errado e nem o que é respeito e gratidão à Deus, aos pais e à vida)
- Apanhe e arrume tudo o que ele deixar jogado: Livros, sapatos, roupas, etc... Faça tudo para ele, assim ele aprenderá a jogar todas as responsabilidades nas costas dos outros. (Coisa bem típica de filhinhos de papai e de gente metida a rica)
- Discuta com frequência na presença deles. Assim não ficará chocado quando o lar se desfizer mais tarde. (discussões acusatórias do tipo que não levam a nada, recheadas de palavras de baixo calão são um prato cheio na formação desses monstrinhos)
- Dê-lhe todo o dinheiro que ele quiser, ou pelo menos o máximo que você puder. (Afinal, você não pode destruir a ilusão de que ele pode tudo)
- Satisfaça todos os seus desejos de comida, bebida e conforto. Negar pode acarretar “frustrações prejudiciais.” (Faça assim e torne-o uma pessoa incapaz de vencer as dificuldades)
- Tome partido dele contra vizinhos, professores e policiais. Todos têm má vontade com seu filho. (Faça com que ele se sinta imune às regras. Ele está acima de tudo e de todos)
- Quando ele se meter em alguma encrenca séria, dê esta desculpa: “Nunca consegui dominá-lo. (Pobrezinho, ele é rebelde, mas é uma boa pessoa...)
- Prepare-se para uma vida de desgosto. (Sim, afinal ele se acha melhor que todo mundo e por isso mesmo não tem obrigação de respeitar ninguém, nem você!!!)
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Quando as pessoas pintam os monstros

Sei que a gente não pode controlar a língua do povo, mas tem horas que ouvimos tanta asneira a nosso respeito que, confesso, muitas vezes não tenho tido equilíbrio para aturar...
Trouxe minha sobrinha para morar comigo no Japão. Estávamos proporcionando educação, conforto e carinho, mas indo na contra-mão da ética, ela usava o computador que demos de presente para falar mal da gente. Ela acabou de chegar no Brasil, mas sei que ela vai me difamar por mais algum tempo. Toda história tem várias facetas e talvez a família nunca venha saber a minha versão das coisas. As vezes acho que estou pouco me lixando para o que as pessoas vão pensar, mas fazer o bem e ser caluniado é muito desagradável. Aos poucos, estou cortando relações com determinadas pessoas, que além de não acrescentarem nada, ainda me causam um desgaste emocional desnecessário. Hoje as pessoas me taxam como monstro por dizer certas verdades que não consegui segurar... Eu bem que tentei segurar, mas as pessoas me provocam. Fui indigno, confesso, por esfregar certas realidades tão espinhosas...
Monstro, alguns vão dizer... Jogarão pedras contra mim, mas tenho a consciência tranquila pela certeza de que fiz o que estava ao meu alcance para ajudar. E continuarei ajudando enquanto que me for possível.
Nunca concordei e nunca vou aceitar esse invólucro de monstro com o qual andam me vestindo.
Os verdadeiros monstros são aqueles que se escondem em seus casulos de hipocrisia, de egoísmo, de demagogia, de omissão... Esses sim são os verdadeiros monstros. Quando a situação estava ruim se escondiam por trás de uma vida agitada... Nunca moveram uma palha em prol da menina em questão e agora serão os primeiros a me chamar de monstro. Induzirão outros desinformados a me apedrejar...
Espero sinceramente que um dia ela se lembre das coisas construtivas que lhe ensinamos. Das lições e das mensagens que tentamos inserir em sua mente:
-Seja forte e corajosa, seja uma menina de atitude...
-Não jogue sobre si doenças que não existem e não exagere nos problemas, a vida já dura o suficiente conosco...
-Meça bem as suas palavras, quem fala o que quer, escuta o que não quer...
-Honra teu pai e tua mãe e respeite os mais velhos, principalmente os da família...
-Prepare-se para a vida ainda jovem, pois a vida é curta e o sucesso muitas vezes depende de tempo...
-Estude, pois o conhecimento é de suma importância para aqueles que almejam chegar em pontos mais altos do que aquele em que você se encontra agora...
Um dia, talvez ela se lembre dessas coisas e vai lembrar que o tio não era tão monstro assim.
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Aproveite as oportunidades que a Vida oferece!!!

Algumas pessoas agarram suas oportunidades com unhas e dentes. Essas pessoas só precisam de uma chance, um empurrãozinho para que suas vidas tomem um rumo favorável.
Outras pessoas reclamam da vida. mas quando a chance aparece, elas literalmente a desperdiçam como se a vida fosse uma constante chuva de boas oportunidades.
Tenho visto muita gente no Brasil que vive em plena e infindável dificuldade financeira. Gente que daria qualquer coisa por uma chance de estudar, ganhar dinheiro, fazer cursos, comprar uma casa, ou terreno... Também conheço muita gente no Japão que teve a oportunidade de vir e trabalhar, juntar um dinheiro e projetar o futuro. Muitos desses últimos vivem aqui como se fossem os últimos burgueses, desfrutando de todos os luxos que o salário pode comprar. Saem todos os finais de semana, vão curtir a balada, compram tudo o que vêem pela frente como se a inconstância econômica não existisse. Um dia se cansam do Japão... Um dia se dão conta de que aquele recurso que foi desperdiçado lá atrás fará falta no futuro.
Quando eu era criança, vi um homem bêbado dormindo na beira de uma lagoa. Estava terrivelmente embriagado. de instantes em instantes ele rolava de um lado para outro. Corria o risco de rolar e cair dentro do lago. Um outro homem aproximou-se e tentou puxá-lo para longe do perigo. O bêbado puxou os braços e debateu-se bruscamente... “Não preciso que FDP nenhum venha se intrometer na minha vida!!!”
O outro, ofendido dise-lhe: “Então morra!!!”
Como no exemplo acima, aprendi que muitas vezes quem precisa de ajuda não merece ser ajudado. Tomei consciência de que é muito difícil ajudar quem não se ajuda.
No ano passado fui ao Brasil ver a minha filha e resolver alguns problemas pessoais. Aproveitei para visitar meus sobrinhos que meu irmão deixou desde que se separou da ex. Apesar do dinheiro que ele manda de pensão, minha ex cunhada se queixou da situação. Ofereci-me para cuidar das crianças. Meu sobrinho com 13 anos e minha sobrinha com 11. Meu sobrinho não quis vir, pois é muito apegado à mãe. Minha sobrinha então decidiu vir morar comigo no Japão.
Na época, viviam, como de fato ainda vivem numa situação de miséria. Minha sobrinha perdera 2 anos de escola. A geladeira sempre vazia. Estavam vivendo sem o mínimo de necessário para uma vida digna.
Chegando ao Japão, encaminhamos minha sobrinha para a escola. Proporcionamos uma vida condizente para uma menina de sua idade. Diferentemente da vida que ela levava no Brasil, ela passou a ter que pedir-nos permissão para sair de casa. Proporcionamos carinho, estudo, um quarto só para ela, afinal ela precisa de privacidade. Não lhe falta nada. Ela sai, passeia, vai a parques, matsuris, ganha mesada, Vai para a piscina da cidade, tem internet no quarto, ventilador, ar condicionado, mas... Não está feliz... Ela sente falta da liberdade!!! No Brasil ela saía e ficava a vontade sem ninguém monitorando seus passos... Como ela diz nas conversas de MSN:
“Aqui não tem pegação... Mó inferno, não posso fazer nada... No Brasil a pegação é mais forte...”
Pois bem... Tenho a impressão de que tentando ajudar, acabei extendendo a mão para quem não merecia. Minha sobrinha com o passar do tempo foi ficando mais exigente, mais egoísta, mais arrogante e ainda por cima falando mal de mim pela internet. Fiquei muito magoado. Não queria que ela me agradecesse pelo resto da vida, mas o simples sentimento de consideração e respeito para mim já seriam suficientes. Agora ela me diz que não está feliz aqui no Japão e que quer voltar o mais rápido possível para o Brasil (para a miséria em que vivia antes). Sei que voltando ela terá uma grande felicidade em rever a mãe e o irmão, mas o choque de mergulhar na miséria novamente também será muito forte. Deixo-a voltar ao Brasil com a consciência tranquila, pois retornar foi uma decisão dela. Hoje ela tenta escapar das obrigações escolares e da pressão dos compromissos que uma pessoa da idade dela tem aqui neste país. Hoje ela só enxerga a liberdade da diversão que ela pode ter no Brasil, mas no futuro essa decisão poderá pesar contra ela.
A chance de fazer algo de bom em sua vida foi dada. Aproveitar, ou não, isso é só com ela!!!
sexta-feira, 29 de julho de 2011
...concluindo
...continuando
A filha de Clóvis foi para a casa do pai com 14 anos. Chegou mal vestida, dentes cariados, Cheia de gírias e manias. Clóvis até ali não havia tido muito contato com a filha.
Ele encaminhou-a ao dentista, deu-lhe um banho de loja e matriculou-a numa escola mais conveniente. Pagou-lhe cursos de inglês, esportes e outras coisas. Desdobrou-se em gentilezas e carinho. Tantos direitos geraram alguns deveres, como estar em casa dentro de determinados horários, manter as obrigações escolares em dia e não sair sem permissão. Essa falta de liberdade aumentaram a rebeldia da menina. Como ela passava muitas horas ao telefone, certa vez, Clóvis resolveu escutar na extensão. A menina dizia horrores sobre a vida nova que levava com o pai. Morando com a mãe, gozava de muita liberdade. Saía a hora que bem entendesse e não dava satisfações para ninguém.
Frustrado, triste e magoado, Clóvis me ligou do Brasil para pedir conselho. Sinceramente não soube o que dizer...
Educação, respeito e ética são coisas que devemos ensinar desde a mais tenra idade. Nunca é tarde para ensinar coisas boas e edificantes, mas dependendo do caso a tarefa torna-se muito árdua.
quinta-feira, 28 de julho de 2011
A parábola da cobra

quarta-feira, 29 de junho de 2011
Telefone
Deu vontade de dizer “E o Kiko?”
Depois de um tempo (quando eu pensei que tinha me esquecido), ele me ligou...
“Então, eu tô aqui com o policial, cê pode falar com ele?”
Expliquei que a pessoa em questão havia perdido os documentos e tal e o policial disse que iria fazer os devidos procedimentos...
Até hoje ainda estou com a sensação de que ele estava fazendo hora com a minha cara, mas pelo sim, pelo não, não me custa fazer uma boa ação...
quinta-feira, 9 de junho de 2011
BULLYING = IJIME

Aqui no Danchi onde moro tem um garoto desse naipe. Terrível, no mínimo é uma palavra que talvez melhor se ajuste à sua pessoa. Tem cerca de 11, ou 12 anos. Acha-se no direito de bater nos mais fracos e falar desaforos para as meninas. Vive acuando os mais pequenos e se julga acima de qualquer regra. Já agrediu até a professora em sala de aula. A mãe parece que faz conivência com as atitudes dele, pois ao que me parece, recebeu as reclamações da escola com extrema insatisfação, sempre procurando defender o seu rebento. Ontem, minha sobrinha, que estuda na mesma sala chegou chateada pois o referido indivíduo deu uma joelhada nas costas dela... Essa inexplicável agressividade gratuita pode causar danos nos outros alunos que são obrigados a conviver junto com ele. Danos físicos e psicológicos. Conversei com a direção da escola e fui informado que o tal moleque é muito problemático, mas que eles estão fazendo o possível para doutriná-lo. Na minha opinião ele deveria ser colocado numa instituição própria para crianças com o perfil dele. Ele já foi visto surrando um garoto menor. Quando foi indagado do porquê de tal agressão, ele se defendeu dizendo que foi provocado. Acho inadmissível os pais desse garoto não tomarem nenhuma providência. Ontem abordei-o na rua. Dei uns toquinhos com a mão no ombro dele para chamar sua atenção e mostrando minha sobrinha disse-lhe em japonês: Não é para tocar nela!!! Não é para falar com ela!!! Entendeu???!!! Ele na sua arrogância virou a cara como se o assunto não lhe dissesse respeito. Então dei mais uns toquinhos no ombro dele (coisa do tipo “ei, estou falando com você”) e disse-lhe: Endendeu??? Na hora ele pegou o celular e disse para apessoa que o atendeu: “Tem um cara aqui... Chegou e me empurrou e bateu em mim...”
Incrível como esse tipo de criança maldosa sabe fazer papel de vítima.
Já ouvi falar de japoneses fazendo Ijime com brasileiros, mas um garoto brasileiro fazendo ijime com outras crianças brasileiras é a primeira vez.
A direção da escola me informou que vai conversar com a família do famigerado garoto. “Yousu o mimashou” foi o que eles disseram. Algo do tipo: “Conversaremos com a família e vamos aguardar para ver como as coisas se desenrolam.”
Espero que a escola resolva, caso contrário, teremos que passar pelo dissabor de ter que conversar diretamente com os responsáveis por ele, ou pior... Ir à polícia, ou coisa semelhante.
Prefiro resolver as coisas da maneira mais civilizada, mas acho que a justiça está aí para isso. Não somente eu, mas todas as pessoas que não toleram a truculência do Bullying podem e devem fazer algo antes que o mal não tenha mais conserto.
domingo, 5 de junho de 2011
Despojando-se da carapuça de coitado
- Pessoas que gozem de plena saúde física e psicológica e que justamente por isso podem e devem procurar algo de útil para fazer.
- Pessoas que possuem um mínimo de inteligência para dialogar e buscar recursos.
- Pessoas que mesmo tendo disponibilidade de batalhar para ganhar a vida preferem a ociosidade e a compaixão dos outros.
- Pessoas capazes, mas que, por complexos, ou caprichos se acham incacitadas de mudar a própria situação.
- Pessoas que desperdiçaram chances valiosas de fazer algo da vida e que caem em dificuldade financeira.
- Pessoas que mentem e usam meios desonestos para ganhar a compaixão dos outros.
- Pessoas necessitadas que mesmo em situação financeira desfavorável querem manter pose de rico. Sua arrogância os fazem desperdiçar qualquer ajuda que venhamos a dispender em seu favor.
Existem muitos outros fatores que desqualificam uma pessoa da categoria dos coitados.
As características acima devem nos fazer pensar bem antes de usarmos a palavra coitado para nos referirmos a alguém. Agora, o mais importante de tudo é saber identificar corretamente quem precisa (e merece) ser ajudado. Existe muita gente por aí que por comodismo, ou por falta de consciência veste uma “carapuça” de coitado e fica mendigando a compaixão alheia. Gente carente de afeto, de auto-estima e de orientação. Essas pessoas não sabem, mas isso faz com que as pessoas se afastem delas. Ninguém gosta daquelas pessoas que vivem constantemente com uma nuvenzinha negra pairando sobre sua cabeça. Pessoas que transmitem tristeza e melancolia. Pessoas que infectam o ambiente com seu pessimismo e que não acrescentam nada de bom nem para si e nem para os demais. Conheço gente que tem muito potencial, mas que vivem reclamando da vida. As vezes tenho vontade de pega-las pelos ombros, dar um chacoalhão e dizer: “Tira essa carapuça de coitado e acorda para avida!!! Pára de reclamar e vai fazer algo que efetivamente vai te tirar do buraco!!!”
Lembro-me que certa vez conheci uma moça que havia sofrido um acidente de trem. Ela teve uma das pernas amputadas na altura da coxa. Andava com uma perna mecânica e levava uma vida relativamente normal. Trabalhava, tinha uma vida independente, mas sentia uma necessidade muito grande de contar para as pessoas sobre o seu problema. As pessoas não tocavam no assunto. Era sempre ela que entre lágrimas narrava sua desventura.
Outro caso típico foi de um rapaz que num dia chuvoso apareceu no meu trabalho todo encharcado. Na verdade ele poderia usar um guarda-chuva, mas preferia não fazê-lo para despertar a dó das pessoas. Disse que precisava ir andando senão não chegaria a Toyohashi naquele dia (Toyohashi fica a uns 60 kilômetros daqui). “Vai ser uma caminhada de umas 5 horas, mas eu chego!” Bem... Faça as contas: Um ser humano anda em média 6 kilômetros em ritmo rápido. Para chegar em Toyohashi ele gastaria 10 horas... Outro dia ele passou por aqui dizendo que estava a alguns dias sem comer, mas que não gostava de comida brasileira... A impressão que tenho é que ele gosta de vestir essa carapuça de coitadinho.
Quando éramos crianças, algumas vezes sentíamos aquela sensação de solidariedade quando alguém dizia: “Coitadinho, se machucou?” Essa sensação nos dava alívio e conforto, mas ela só é positiva enquanto somos indefesos. Devemos nos despojar dela no decorrer do nosso desenvolvimento. Algumas pessoas carregam essa carapuça pela vida toda, seja por se sentirem incapazes, seja para viver da compaixão dos outros...
Eu já ajudei algumas pessoas que não mereciam por falta de entender esse mecanismo, mas hoje creio estar mais preparado para identificar o verdadeiro coitado. Não que meu coração esteja mais duro, não é isso. Talvez eu esteja ficando menos bobo.
Um outro ponto a frisar é que as vezes, os coitados são os que menos precisam de ajuda. Um amigo, ou parente em dificuldades pode estar longe de ser um coitado, mas é digno de ser ajudado pois em situações de dificuldade devem existir duas ações:
- O indivíduo receber a ajuda.
- O indivíduo predispor-se a ajudar a si mesmo!!! Afinal, não é nada legal você ajudar uma pessoa e ela mesma não se ajudar.
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Vampiros existem!!!

Não estou me referindo àqueles personagens míticos da literatura e dos filmes de terror, mas àqueles indivíduos que se aproximam da gente e sugam a nossa energia de maneira sutil, porém nociva. No Japão, como em qualquer lugar do mundo a gente se depara com pessoas desse tipo.
Quem não tem uma lembrança de estar bem em determinado dia e de repente uma pessoa chega te contando um problema e despejando uma tonelada de carga depressiva em você? Quando essa pessoa vai embora, você tem a sensação de que está cansado, fraco e desanimado... Tem aqueles outros que te manipulam e quando você menos espera, está sendo sugado economicamente. Estes te pegam coisas emprestadas e demoram para devolver, isso quando devolvem. Pedem empréstimos sem muito constrangimento. Alguns acham que se você tem mais do que eles é injustiça e que você, por estar em melhor situação tem “obrigação” de ajudá-los.
Tem uma outra categoria de vampiros que se alimentam do sangue que escorre de feridas psicológicas. Plantam a discórdia e o mal-entendido com comentários maléficos e saboreiam de camarote o sofrimento alheio. Tem aquele tipo de vampiro que gosta de ver pessoas assassinadas, ou acidentadas. Sua mente grava todos os detalhes para que ele possa posteriormente narrar com inexplicável prazer todos os detalhes do sofrimento das vítimas e se regozijar com isso.
Um tipo muito comum de vampiro é aquele que além de fofoqueiro é papa-defunto. Sabe de todo mundo que está doente. Conhece todos os pormenores dos moribundos e sente-se imensamente comprazido em narrar todos os detalhes a quem quer que queira compartilhar de suas informações. Muita gente não sabe, mas o contato com esses indivíduos faz mal para a saúde, pois nos induz a depressão, ao desânimo, além de prejudicar o bom andamento das nossas vidas.
O que fazer para ficar a salvo deles? Eu diria que em primeiro lugar se apegar em Deus, que é o Grande Arquiteto do Universo e que debaixo de suas asas certamente estaremos seguros. A segunda dica é NUNCA estar na mesma sintonia. Sempre que um deles te trouxer uma carga de depressão, simplesmente não tome-a para si. Nunca compactue com suas idéias. Nunca fale que as coisas estão ruins e tente levantá-la desejando o seu bem. Um vampiro psicológico muitas vezes não sabe que é um doente. Na maioria das vezes faz coisas ruins inconscientemente. Por isso não merece que fiquemos com raiva deles.
O mundo é uma escola e os elemento ruins são os meios que o universo nos impõe para que possamos amadurecer e evoluir. Lendo tudo isso, creio que você também perceberá que em sua volta existem alguns vampiros, mas ao invés de sair cravando uma estaca de madeira no peito deles, apenas saiba como se defender anulando assim os efeitos nocivos de sua ação.
sábado, 28 de maio de 2011
Sexo no Japão

Quem tem filhos então... Tenho um amigo que fazia as crianças brincar bastante. De noite, exaustas elas dormiam como anjinhos. Outro conhecido meu dava suco de maracujá bem docinho para as crianças. As vezes quando os filhos são grandinhos, as coisas são mais complicadas ainda.
As casas e apartamentos no Japão tem paredes de papelão e madeira. As portas de correr (fusuma) são de papelão e propagam o som facilmente.
Lembro de um amigo que dizia que é mais fácil fazer sexo com a namorada do que com a esposa.
Os namorados estão sempre inventando alguma estratégia. Qualquer oportunidade é válida para dar uma escapadinha. Os casados no entanto, geralmente sobrecarregados de responsabilidades, muitas vezes deixam o sexo esfriar, seja por excesso de trabalho e preocupação, seja por falta de clima, pois em casa as paredes tem ouvidos...
O importante no entanto é não deixar o Amor esfriar...
terça-feira, 24 de maio de 2011
Eu falo NIHONGUÊS!!!

Quando cheguei ao Japão em Março de 1991, sabia que ia passar por algumas dificuldades e que o idioma seria uma delas. Nihongo para mim, naquela época era uma barreira que fui aprendendo a transpor. Fui criado longe das tradições japonesas e minha mãe achou por bem que eu aprendesse a falar português para que o meu desempenho na escola não fosse comprometido. Olhando para trás e analisando o panorama dos nikkeis hoje, vejo que ela agiu com certa sabedoria. Para mim a atitude dela faz sentido. Quando eu era criança, a minha mãe nem sonhava que eu iria por os pés na Terra do Sol nascente. As pequenas coisas da cultura japonesa que aprendi foram os hábitos de tomar missoshiru, comer tofu, arroz com ovo cru e shoyu e dizer gochisousama depois da refeição. Itadakimasu eu fui ouvir no Japão. Lembro-me dela falando da Batian e do Ditian. Das músicas que ela cantava. Do Hino Nacional do Japão... A música Aka Tonbo as vezes ecoa na minha memória como se ela estivesse cantando para mim.
As palavras que ouvi muito dela quando eu era criança foram Abunai e Urussai. Quando tinha 17 anos comecei a treinar Karate. Aprendi a contar e muitas outras palavras que me foram úteis na minha vida no Japão. Tive a sorte de ter um grande amigo japonês que me ensinou a conversar, ensinou a ler Katakana e hiragana. Indicou-me livros e com o passar do tempo fui começando a ficar independente. Naquela época não haviam muitos intérpretes nas fábricas e a gente tinha que se virar. Eu trabalhava com muitos japoneses e tinha um relacionamento muito bom com eles. Com o passar dos anos fui adquirindo conhecimento e busquei estudar a parte escrita também. O fenômeno dekassegui continuou e a comunidade de brasileiros no Japão aumentou exponencialmente. Notei que muitos brasileiros incorporaram muitas palavras corriqueiras de nihongo nas conversas em português. Hoje é muito comum a gente ouvir frases do tipo: “Vou ao Konbini comprar um Bentou porque amanhã estarei de Hirukin” e outras coisas.
Esse hibridismo tem suas pérolas em outras frases do tipo: “Estou Tsukaretado” e “Eu vou levar os Komimonos, quem vai levar os Bebimonos?”
Hoje consigo me expressar com relativa desenvoltura, mas os termos técnicos (Sen-mon-go) ainda me trazem certa dificuldade. Quando trabalhava em fábrica, fiz muitas traduções e posteriormente atuei por cerca de dois anos como intérprete numa empreiteira. Nesse tempo notei que existem vários tipos de intérpretes e vários tipos de dificuldades.
Existem aqueles intérpretes que falam e entendem a língua portuguesa com clareza, mas que se atrapalham no Japonês. Existem outros que falam e entendem o Japonês muito bem, mas o Português deixa a desejar. Existem ainda muitas outras variantes dessas duas primeiras.
Hoje ainda me lembro das dificuldades iniciais. Sempre que alguém precisa de uma ajudinha no Nihongo eu me predisponho a ajudar, pois nem todo mundo fala japonês por aqui. Mais que uma forma de interagir com os japoneses, Nihongo para mim é um instrumento que uso para auxiliar os meus compatriotas.
quinta-feira, 19 de maio de 2011
Combatendo a ansiedade

sábado, 14 de maio de 2011
Preconceito

Na minha infância, presenciei muitos casos de preconceito racial, principalmente contra meus colegas negros. Nós descendentes de asiáticos por exemplo, também fomos espezinhados como se fôssemos uma raça inferior. Lembro-me de todos os comentários idiotas que escutei sobre a minha aparência física, meus olhos e a cultura de meus ancestrais. Com a mudança dos tempos as pessoas passaram a respeitar mais as origem de cada indivíduo e felizmente os jovens de hoje ostentam com orgulho suas raízes.
No Japão ainda tem muita gente que ainda menospreza os latinos, mesmo sendo nós descendentes diretos desta nação. Quando um brasileiro faz algo de ruim, o noticiário divulga largamente na TV, mas quando os brasileiros fazem algo de bom, a notícia só aparece nos veículos de comunicação latinos como os canais em português e as revistas da comunidade.
Dia desses, após a tragédia do tsunami, vi uma japonesa dizendo na TV: “No meio dos brasileiros tem muita gente ruim...” Ela referia-se aos brasileiros que estavam roubando coisas por lá. Dias depois, eu e minha sobrinha estávamos passeando no Shopping e um senhor japonês apontou para nós e disse em tom de deboche: “Vocês brasileiros se aproveitam até dos terremotos para fazer coisas ruins...” Engraçado é que não vi a imprensa japonesa falar da ajuda solidária que muitos brasileiros fizeram depois da tragédia. Ninguém falou dos envios de alimentos, água, cobertores... Ninguém falou que muitos brasileiros se mobilizaram para ajudar a amenizar o sofrimento das vítimas.
Nesses anos de Japão acumulei várias experiências desagradáveis de discriminação contra mim, mas sei que isso é coisa de uma minoria de entendimento entorpecido por um falso sentimento nacionalista. Quero crer que a grande maioria das pessoas por aqui tem bom-senso para perceber que as diferenças que vivemos são efeitos de um choque cultural.
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Fabricando Psicopatas

Foto: Banco de imagens do Google
As vezes é preciso que aconteça uma tragédia para que as pessoas e as autoridades tomem providências consistentes no sentido de evitar grandes desgraças. Ontem, no Brasil, um homem de 23 anos entrou armado numa escola municipal no Rio de Janeiro e matou onze estudantes. A barbárie só não foi maior porque um policial entrou na escola, acertou e feriu o atirador, que acuado, atirou na própria cabeça. Detalhe, ele foi aluno da tal escola. Tempos atrás, nos EUA, um estudante de intercâbio coreano entrou na universidade atirando contra seus “colegas” matando alguns. Dias desses, um vídeo correu o mundo através da internet. Nele, o estudante australiano Casey Haynes aparece levado socos no rosto e na barriga. Cansado de tanta humilhação, Haynes reage e ergue o outro garoto do chão e o arremessa violentamente contra o chão.
Certa vez, ouvi um ditado que dizia: “Não tomar uma atitude também é uma atitude!!!” Pois é... Cada vez que fazemos vista-grossa para uma injustiça cometida, ou cada vez que ignoramos alguma maldade sem buscar uma possível solução, estamos ajudando a sociedade a fabricar monstros... Bulllying é um problema antigo e não acontece só em países subdesenvolvidos, mas em países ricos como os EUA, por exemplo. Quero deixar claro que uma atitude ruim não justifica outra de igual teor, ou pior. Na cabeça de pessoas injustiçadas, a vingança é um prato que se come gelado!!! No caso do Rio, o autor tinha fortes características de anormalidade, mas demosntrou muita inteligência na elaboração de sua vingança. A carta que deixou, foi escrita em liguagem elaborada e continha uns poucos erros de português. Tudo foi minunciosamente premeditado. Sua mente se focou numa vingança, mas vitimou as pessoas erradas. Todo ódio guardado durante esses anos foram despejados em outras pessoas que nada tinham a ver com os que cometeram maldades contra ele no passado. Em sua mente porém, a sociedade fabricou pessoas más e permitiu que eles o humilhassem, portanto, na sua ânsia por retaliação ele se vinga não de seus algozes, mas da sociedade...
No caso do estudante australiano, o monstro foi o garoto magricelo que o perseguiu e o humilhou durante aquelas semanas. Monstros foram todos os jovens que o perseguiram nos anos anteriores, mas culpados também foram as pessoas que fecharam os olhos para as maldades que estavam sendo cometidas contra ele. Confesso que adorei ver Haynes erguer o moleque folgado e dar-lhe aquele capote digno de cena de luta-livre. Haynes fez pouco, pois acho que se fosse eu, teria lhe dado uns bons pontapés!!!
Bullying é fruto da imaturidade. Na escola, principalmente na adolescência, os jovens estão buscando auto-afirmação a toda hora. Sofremos judiação de uns e judiamos de outros, mas quem recebe essa carga de humilhação nunca se esquece... Nunca esqueceremos as maldades que fizeram contra nós, mas outros nunca esquecerão as maldades que fizemos contra eles... Cabe a nós adultos maduros e bem-resolvidos destruir a fábrica de monstros e edificar cidadãos de bem!!!
Recentemente li Mentes Perigosas de Ana Beatriz Barbosa Silva. Gostei e recomendo, mas a gente acaba o livro com aquela sensação de que estamos rodeados de psicopatas... Em certa altura, a autora nos explica que o psicopata não se torna psicopata, mas nasce psicopata!!! Não tem cura!!! Eu creio que todos nós temos um pingo de psicopatia em maior, ou menor grau... Gosto de crer que se um indivíduo nasce com uma forte tendência psicopata, o meio em que vive influencia de maneira decisiva a questão de ele vir a manifestar ou não o lado sombrio de sua mente.
Quando sofri bullying na época de colégio, arquitetei mil e uma formas de me vingar... Confesso que tinha os meios para tanto e conhecia os hábitos de minhas presas. Pensei muito em como minha mãe ficaria decepcionada comigo e em todo sofrimento que iria causar na minha família e nas outras se desse vazão a minha ira. Pensei no meu Karma e em toda dívida maléfica que contrairia com aquela atitude tão repulsiva. Não havia meios de me vingar somente dos meus algozes. Sempre iria respingar sujeira em pessoas que não tinham nada a ver com o meu problema. A literatura e o diálogo com pessoas equlibradas me deram forças para sobreviver com sabedoria àquela fase ruim. Penso que foi graças a esses anjos que o mundo tem hoje um monstro a menos. Sobrevivi, mas não sem trazer muitas sequelas psicológicas que as vezes insistem em emergir do meu subconsciente...
quinta-feira, 17 de março de 2011
A maior tragédia é a irracionalidade humana

Uma universitária americana manifestou todo o seu racismo e intolerância ao postar um vídeo na net reclamando dos alunos orientais que usaram celulares para buscar desesperadamente notícias de seus parentes no Japão após o terremoto e o tsunami. Ainda os caricaturou fazendo gestos e simulando outro “idioma” numa mímica para ridicularizar os indivíduos alvo de sua “indignação”... Tamanhas demonstrações de insensibilidade com o sofrimento alheio ainda me chocam profundamente.
Outro exemplo foi o da mulher que num ato de desespero, chegou a pedir ajuda para a presidente (não gosto do termo Presidenta) Dilma para voltar ao Brasil. No site da Globo, muitos idiotas invejosos chegaram a expor a sua dor-de-cotovelo postando: “quando ela tava ganhando dinheiro tava tudo bem, agora que a chapa esquentou ela quer sair fora... Ela que se vire por lá...” Quanta insensibilidade!!! Um desastre natural pode acontecer em qualquer lugar com qualquer pessoa. Pena que muita gente acha que não acontece com eles.
Para piorar, sinto no ar um clima de histeria geral, onde as pessoas estão estocando comida em casa de forma que a demanda de alimentos e água mineral aumentou a tal nível que começa a faltar em algumas ocasiões. Muita gente está deixando tudo para trás, como se o mundo fosse acabar. Tem gente indo embora sem pagar suas contas devidamente, abandonando carros e móveis na rua... Acho que são nos momentos difíceis que temos que parar e analisar friamente as maneiras de abrandar a crise e tomar medidas RACIONAIS para que a vida volte ao ritmo normal. O frio, o tempo, a chuva, os prejuízos são todos obstáculos neste Japão pós tragédia. O maior obstáculo que enfrentamos, no entanto é a ignorância humana!!!
sábado, 26 de fevereiro de 2011
SABETSU: O Precoceito no Japão
Foto: Denis Nishimura
No Brasil a gente percebe um preconceito de maneira sutil nas palavras e gestos de algumas pessoas. No Brasil, na minha época de escola, os negros e orientais sofriam abusos de todos os lados, desde apelidos até “brincadeiras” fazendo alusão a cor da pele. Hoje, apesar de sobrar alguns poucos indivíduos com essa mentalidade atrasada, o Brasil já deu largos passos no quesito tolerância e convívio com quem é de certo modo “diferente” e não se encaixa nos padrões pré-estabelecidos pela sociedade. O Preconceito racial, a homofobia e outros tipos de intolerância estão sendo postos de lado pelo fato de a sociedade perceber que diante da lei somos todos iguais sem distinção de qualquer natureza. Tanto no Brasil quanto no Japão, racismo e preconceito declarado é crime passível de punição, mas algumas pessoas ainda não entenderam a gravidade de atitudes tão ofensivas. A placa acima foi fotografada próximo ao Consulado do Brasil em Nagoya e o seu conteúdo mostra nas entrelinhas como nós somos vistos neste país, ou pelo menos, como algumas pessoas nos vêem... Para os japoneses que lêem essa placa fica a impressão: “Brasileiro não está nem aí para as leis... Estaciona em qualquer lugar, mesmo que isso cause transtorno para outros...” Eu acho que essa placa deveria ser dirigida a todas as pessoas e não aos brasileiros em especial. Para tanto, deveria ser escrita em japonês (idioma local) e em inglês que é um idioma universal.
Um ano no Brasil e eu já tinha me esquecido da minha vizinha japonesa racista. Foi um ano de Paz, mas ao retornar para o Japão, ela despejou sua intolerância com toda força. Antigamente ela batia a porta ao entrar e sair com tamanha força que o barulho ecoava no meu apartamento. Certas noites, tipo alta madrugada eu acordava com os gritos dela dizendo coisas do tipo: “Eu odeio esses estrangeiros!!! Por que eles não voltam para o país deles?!!! Nikkeis brasileiros são esquisitos... Dá um mal-estar só de olhar para eles!!! O que eles estão pensando? Este não é o país deles!!!” Dá para entender porque eu fico tão indignado? Já não a cumprimento, nem troco uma palavra com ela. Já reclamei no escritório administratitvo, mas até agora nada... Não sei até quando essa situação vai continuar, mas confesso que está sendo muito desagradável ouvir os insultos dela. As vezes tenho vontade de mover um processo para calar aquela matraca, mas penso que isso iria lhe causar um grande prejuízo financeiro e muito desgaste emocional para ambos os lados. No passado tentei conversar com ela, mas infelizmente o seu racismo, a sua intransigência e arrogância não lhe permitem admitir que está cometendo uma grande injustiça.
Espero que Deus ilumine sua mente para que ela possa discerinir melhor e ponderar sobre as próprias atitudes. E que Ele nos dê paciência para aturar essa megera até que possamos cumprir a nossa missão aqui neste país.