sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Que rumo estamos tomando?

Foto: Banco de imagens do Google.

"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto..."
Eu ouvia essa frase constantemente do meu pai, mas só muito tempo depois descobri que seu autor foi o célebre baiano super-hiper-mega-ultra-master intelectual RUI BARBOSA. Já naquela época ele se indignava com a pouca vergonha e mau-caratismo de muitos indivíduos. Hoje tenho a impressão de que as coisas já chegaram num patamar digamos, no mínimo alarmante. Quando eu era criança, as pessoas que queriam fumar maconha, por exemplo, procuravam um terreno baldio e fumavam escondidos, longe dos olhos da sociedade. Sem fumantes passivos e sem mal exemplos para os nossos jovens.
Devo dizer que cada um cuida da sua vida, mas seria muito bom se aqueles que quisessem alimentar o seu vício o fizesse sem prejudicar os demais. Naquele tempo, o rótulo maconheiro era tão ofensivo quanto qualquer outra palavra como filho-d*-put*, ou corno.
Com o passar do tempo e a flexibilização das leis (que deveriam ser mais rigorosas para quem consome também), o indivíduo que consumia maconha escondido passou a fumar nas calçadas, nas praças e nos mais diversos lugares públicos. O imagem do maconheiro delinquente começou a ser vista pelos nossos jovens como aquele pseudo-herói, o cara descolado e rebelde que faz altas “viajens”. Assim como foram estabelecidas as regras para os fumantes convencionais... Assim como foi endurecida a lei para quem bebe e dirige, o consumo da maconha deveria ser punido quando afetasse outras pessoas. Dia desses vi na net estudantes fazendo protestos violentos, invasões e exigências, tudo porque a polícia estava tomando medidas para inibir o consumo no perímetro estudantil. Essa inversão de valores está num ponto insustentável e as pessoas de bem são obrigadas a engolir todos os dias esse tipo de atitude. Do jeito que as coisas andam, se nenhuma atitude for tomada de maneira emergencial, as coisas caminharão para o caos, bem como definiu lá atrás o nosso Rui Barbosa. Nas mãos de quem estará o futuro da sociedade? Quem serão nossos médicos, educadores, advogados, engenheiros, dentistas, políticos? Profissionais no expediente e drogados nas horas vagas? Você ficaria tranquilo se soubesse que seu filho estuda com um professor nóia? Como você se sentiria se antes de se submeter a uma cirurgia o medico falasse: “Vou dar um tapinha e já volto para te operar, viu...”
Talvez muita gente não concorde comigo, mas uma das maiores MENTIRAS que já disseram é: “Maconha não é droga.” Tão nociva quanto o álcool e o tabaco, ela destrói os neurônios, joga o indivíduo na sarjeta e rouba sua dignidade. Se você quer se drogar, o problema é seu, mas não jogue essa fumaça nos narizes das nossas crianças e não seja um falso ícone para os nossos jovens.




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