sábado, 19 de dezembro de 2009

Brasileiros no Japão

(Minha amiga Dani)

A primeira vez que desembarquei no Japão foi em Março de 1991. Trouxe uma única mala com minhas roupas. Juntamente com a bagagem trazia muitos sonhos, uma vontade imensa de trabalhar e ganhar dinheiro, além da responsabilidade de ajudar minha mãe e irmãos que ficaram para trás no Brasil em situação econômica difícil. Com o passar do tempo, percebi que tinha outra responsabilidade: Mostrar ao povo japonês quem somos nós, os brasileiros... Apesar de ser descendente direto de japoneses, tenho orgulho de ser brasileiro. Nunca quis me passar por japonês, como fazem alguns dos meus compatriotas, além de não ter vergonha de ser brasileiro, como alguns que a gente vê por aí... Diferença de cultura há, mas nada que não possa ser contornado. Como dizia o Chacrinha, ¨quem não se comunica, se estrumbica¨... Assim, para sanar qualquer mal-entendido, há de se conversar e colocar os pingos no is.
Quando eu tinha quatro anos, meus pais se separaram e minha mãe se casou de novo. Depois disso, nunca mais vi o meu pai... Fiquei sabendo muito tempo depois, que meu pai havia falecido quando eu tinha nove anos... Uma pena. Minha mãe me ensinou a chamar meu padrasto de pai e assim continuamos a vida. Se tenho reclamações a fazer do meu padrasto? Tenho. Como provavelmente teria do meu pai também. Quero crer que meu padrasto fez o seu melhor dentro de suas possibilidades. Algumas das coisas boas que aprendi com ele foram: Manter-me longe dos vícios e das más companhias. Evitar confusão. NUNCA mexer no que não me pertence. Valorizar as amizades verdadeiras. Tratar todas as pessoas de maneira educada sem distingui-las. Buscar ser um exemplo para a sociedade, pois boa reputação também é patrimônio.
Talvez ele nem fizesse tudo que falava...Talvez ele agisse de forma diferente longe dos nossos olhos, mas ao meu ver ele nos ensinou as coisas certas. Acho que a grande maioria das famílias brasileiras educam seus filhos sobre esses pilares.
Quando saí de casa, aos vinte anos, trouxe a minha educação comigo na bagagem.
Nos países de primeiro mundo, a mídia criou uma imagem estereotipada do Brasil, onde somos vistos como pessoas mal-educadas, com capacidade intelectual inferior... O Brasil é visto como um imenso país onde existem duas grandes cidades: São Paulo e Rio de Janeiro. O resto, ou é favela, ou é selva... Absurdo!!! Os brasileiros só pensam em carnaval, samba e futebol... Que bobagem... Não tenho condições de levar os japoneses para conhecer o Brasil, suas maravilhas e sua estrutura... Levá-los para conhecer São Paulo, o Metrô, a estação Rodoviária do Tietê, o Aeroporto de Guarulhos, o Hospital das Clínicas, o Masp, os teatros, os shoppings, as livrarias, os cinemas, as praias, as cataratas de Foz, os pampas, as tradições do sul e a hospitalidade do norte e uma infinidade de outras coisas mais que fazem do Brasil um lugar como nenhum outro...
O que posso fazer? Posso mostrar quem é o brasileiro através das minhas atitudes dentro da sociedade. Em todos os povos encontram-se as pessoas que fazem as coisas certas e aquelas que se tornam os maus exemplos...Com os brasileiros não é diferente...Só faço questão de frisar que os maus exemplos fazem parte de uma minoria. As vezes fico indignado, mas fazer o que? Essa minoria realmente incomoda não só os nativos, mas também os conterrâneos.
  • Tem um pessoal que não separa o lixo e deixa tudo de qualquer jeito...(coisa de brasileiro, vão dizer alguns japoneses);
  • Tem um pessoal que estaciona em cima da faixa de pedestres (coisa de brasileiro, vão dizer alguns japoneses);
  • Tem um pessoal que pega revistas nas lojas brasileiras, lê e depois joga em qualquer lugar (coisa de brasileiro, vão dizer alguns japoneses);
  • Tem um pessoal que abandona carros na rua, ou no estacionamento do aeroporto(coisa de brasileiro, vão dizer alguns japoneses);
  • Tem um pessoal que fica conversando alto, gargalhando e fazendo farra altas horas da madrugada (coisa de brasileiro, vão dizer alguns japoneses);
  • Tem um pessoal que faz mudança e abandona os móveis velhos na porta do prédio (coisa de brasileiro, vão dizer alguns japoneses);
  • Tem um pessoal que pega seu lixo doméstico reciclável e despacha nas lojas de conveniência (coisa de brasileiro, vão dizer alguns japoneses);
  • Tem um pessoal que joga bitucas de cigarro, latas de refrigerante e lixo pela janela do carro (coisa de brasileiro, vão dizer alguns japoneses).

Não tenho vergonha de ser brasileiro, mas dessas atitudes de ALGUNS brasileiros. Acho que é missão de cada um de nós brasileiros mostrar que somos também um povo civilizado, afinal de contas o cartão de visita do nosso país é a nossa gente!!!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Visita ao Museu Ninja de Iga


Atividade: Visita Técnica
Local: 伊賀流忍者博物館 (Iga-ryu Ninja hakubutsukan) Museu Ninja do Clã Iga
Data: 17 de Dezembro de 2009
Situada na província de Mie, a cidade de Iga é berço de um dos clãs Ninja mais temidos, o clã Iga. O Museu do Ninja é composto de várias peças de época que são expostas ao público. Também há a casa do Ninja, que é uma construção de época, onde um guia mostra como era a casa de um Ninja, com suas várias passagens secretas, escadas camufladas e armas escondidas.
Ao percorrer o Museu do Ninja, dá-se uma volta no tempo e nos deparamos com vários apetrechos que só vemos no cinema. Autênticos ganchos com cordas e correntes, espadas, roupas usadas em missões e disfarces.
Na antiguidade, onde a maioria das pessoas não tinham acesso ao conhecimento, os guerreiros das sombras sabiam muito sobre astronomia, química, física, ilusionismo, etc. Nesse contexto, os Ninjas eram considerados homens mágicos, que podiam desaparecer diante dos olhos. O Ninja tinha conhecimento dos quatro elementos (água, fogo, ar e terra) e sabia como usá-los a seu favor. Ele tinha que estar em sintonia com a natureza. Tornaram-se respeitados guerreiros e foram usados como mercenários em tempos de guerra. O Ninja não era usado para batalhas, mas para trabalhar como espião, sabotador e assassino. Extremamente calculista, era preparado para entrar e sair de casas e castelos. Usava apetrechos, que rústicos para a época, eram eficientes em suas mãos. Usava a escuridão como aliado e se caso fosse flagrado em ação, usava diversas armas para possibilitar sua fuga, como estrelas de ferro, bombas de fumaça, garras para escalar paredes entre outros artifícios. No Japão feudal havia um ditado: ¨Se quiser ganhar uma batalha, contrate um exército, mas se quiser ganhar uma guerra, contrate um Ninja¨. Muitas vezes, antes de uma batalha, o trabalho de um Ninja era decisivo, pois podia infiltrar-se no campo inimigo, sabotar suas armas, envenenar e matar dezenas de soldados e enfraquecer um exército antes do conflito.
O museu não traz ao visitante aquele frenesi causado pelos filmes do gênero, mas nos desvenda um pouco sobre esses obscuros guerreiros. Eram os 007 da antiguidade. Sua arte ainda é um mistério para a grande maioria das pessoas, mas nos mostra que o ser humano pode desenvolver formidáveis formas de combate e espionagem a partir de instrumentos rústicos. O conhecimento também era outro diferencial para esses guerreiros. No quesito diversão, o Museu do Ninja é meio sem-graça, mas culturalmente é válido devido ao seu aspecto histórico.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Amizade Verdadeira

Na vida, a gente aprende a valorizar as amizades desde pequenos. Nossos pais nos ensinam que devemos preservar os bons amigos e nos afastarmos das más companhias. Pois bem... Assim fazemos e na medida do possível, vamos cultivando boas amizades. Tem aqueles colegas de trabalho, ou de escola, que você convive porque é obrigado a compartilhar o mesmo ambiente. Alguns desses se tornam grandes amigos, outros, somente uma vaga lembrança. Muitos amigos ficam enterrados no passado e talvez você nunca mais os encontre e, se acaso encontrar, talvez não o reconheça. O Orkut e outras redes sociais trazem diversos problemas para quem não sabe usá-los, mas também estreita os laços com pessoas que tem afinidade. Muitas das pessoas que estavam no meu passado, agora se correspondem comigo, graças ao Orkut.
No decorrer da minha vida tive uma infinidade de colegas, poucos amigos e pouquíssimos Amigos Verdadeiros. Na minha vida escolar, tive uns poucos amigos que me apoiaram e me aceitaram como eu era. Não tinham nenhum interesse sequer, além de pura amizade. Esses primeiros amigos me ajudaram a compreender a vida. São meus verdadeiros amigos! Com alguns já não tenho mais contato, mas guardo-os dentro do meu coração. Com o passar do tempo a gente trabalha, faz cursos e se mete e, diversos meios. Daí saem muitos colegas e alguns amigos. Algumas vezes a gente classifica um colega como amigo e se decepciona com ele. outras vezes, a gente classifica uma pessoa apenas como colega e no momento mais crítico descobre que ela realmente é um Verdadeiro Amigo!!! Até hoje, tenho alguns amigos, que ainda considero como amigos, que viraram a cara para mim, mas que mesmo assim, tenho um forte sentimento de afeição. Na verdade, quando uma pessoa vira a cara para mim, eu não vou mais atrás, pois levar patada de pessoas que a gente estima dói mais. Mesmo assim, o sentimento de amizade continua de pé, para quando (se acaso acontecer) a pessoa quiser reatar o laço que foi rompido por ela mesma. Acho que o erro é humano, mas muitas vezes, somos injustiçados pelo rigor de um julgamento, ou uma suposição vinda de um amigo...Isso acontece dentro das melhores amizades. Acredito que, salvo os casos imperdoáveis, as verdadeiras amizades de alguma forma se reatam e, se por um motivo que não está classificado como imperdoável, uma amizade se desfizer, é porque não era uma amizade verdadeira e a pessoa que se dizia seu ¨amigo¨não teve maturidade suficiente para compreender. Muitas vezes o dito amigo destrói uma amizade por um fato isolado sem analisar o contexo em que o fato está inserido. Antes de virar a cara para um amigo veja se você deu chance para ele se explicar. Não veja somente o fato que azedou a amizade de vocês, mas os porquês da questão em si.
Para os meus colegas, o meu companheirsmo. Para os meus amigos a minha amizade. Para os meus verdadeiros amigos aqueles que estão perto e aqueles que estão distantes, a minha amizade e a minha devoção estarão sempre aqui... Amizade de verdade é assim, como uma corrente, que sofre com a ação do tempo, mas que seus elos forjados nunca se rompem!!!

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Nós e a fome do mundo


As cenas das fotos acima foram publicadas nesta semana no site de Globo. Parece que a ¨guerra¨de tortas já está virando hábito, ou seja, não é a primeira vez que isso acontece em cadeia nacional, ao vivo no palco do programa Mais Você. As cenas em vídeo são mais deprimentes (veja no site, ou no youtube). Talvez, muitas pessoas não vão entender a minha indignação, mas se olharmos para muitos lugares desse mundo, inclusive o Brasil... Não! Não é necessário ir muito longe, mas acho que perto da sua casa deve haver miséria...Eu disse miséria e não pobreza!!! O fato que agrava ainda mais essa atitude é que as protagonistas de tamanha afronta para com a fome alheia são pessoas conhecidas do grande público: Ana Maria Braga e Xuxa. São ícones da nossa sociedade e do nosso país... As nossas crianças se espelham nessas pessoas que tratam a comida com tamanho descaso. Nota-se uma grande contradição: Num primeiro momento a receita de um determinado bolo se desenrola de maneira esmerada e artesanal, para depois virar ¨munição¨na chuva de bolos que se sucedeu. Depois do acontecido, Ana Maria Braga, pelo que parece, recebeu várias críticas que foram rebatidas no ar com justificativas do tipo: ¨O motivo é ser feliz... Ter o direito de ser criança é uma das coisas que a gente tem que preservar na vida...Quem nunca teve a coragem de fazer isso não é gente...¨ Pois eu digo que existem várias formas de voltar a ser criança sem desperdiçar o que a Natureza produziu para nós!!! Lembrando do post anterior, penso que neste Natal, assim como no resto do ano, muitas crianças não terão o que comer... O que podemos fazer para ajudar essas pessoas carentes? Talvez de concreto nada, mas se não desperdiçarmos o alimento, se não por economia, pelo menos por respeito a condição dos miseráveis seria um bom começo!!! Em todos os lugares do mundo existe essa papagaiada de brincar com alimentos: Campeonatos de quem come mais determinado tipo de comida, guerra de tomates, tortas e bolos arremessados ao melhor estilo pastelão e por aí vai... Imagina se toda essa comida pudesse ser direcionada para as populações carentes... Nem todo assalto tem origem na fome, mas muitos dos problemas sociais são gerados por ela. Não há necessidade de mesquinharia, mas há de se pensar com um pouco de bom-senso. Se você tem comida na mesa, agradece a Deus e lute para nunca faltar. É melhor ter para oferecer, do que precisar pedir. Quando enfim, eu tiver que ajustar contas com Ele, pelo menos vou poder dizer que não pude fazer muita coisa para aliviar a fome do mundo, mas que ao menos usufrui do suficiente para viver...Poderei dizer que respeitei a dor e a dificuldade dos menos favorecidos e não destrui desnecessariamente os recursos da terra.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Papai Noel

Bem... Sei que não é muito criativo, que tem muito tópico parecido por aí, mas tenho um certo ressentimento com esse tal de Papai Noel... A gente, no decorrer da vida, se decepciona com tanta coisa, mas o Papai Noel foi a minha maior decepção. Assim como a igreja católica apostólica romana, que a gente desde criança é educado a respeitar, com o passar do tempo, as reflexões históricas nos levam a tirar as próprias conclusões. Fui levado ao ceticismo e por vezes, tenho receio de ter perdido a Fé... De uma coisa eu tenho certeza... Perdi a Fé na Igreja, perdi a Fé em parte dos homens, mas JAMAIS perdi a Fé em DEUS!!! Quanto ao Papai Noel, bem... Levando o assunto para análise, juntamente com a história da minha vida e a de outras tantas pessoas, vejo que se trata de uma fantasia que, se por um lado é bonita e desperta alegria e entusiasmo nas crianças, por outro é a mais dura e terrível realidade do capitalismo consumista que premia uma parte das crianças com lindos presentes e deixa outras tantas no porão escuro das vontades que ficam presas em seu íntimo. O garoto excluído e marginalizado, as vezes ganha umas míseras balas ou pirulitos do ¨bom velhinho¨e na sua ingenuidade pede que ele lhe leve um brinquedo. Você foi um bom menino? Pergunta ele... Ah claro, o menino carente não pode se dar ao luxo de ser um bom menino, pois teve que roubar para comer e dar de comer aos irmãozinhos... Teve que esmolar nos semáforos da cidade para levar dinheiro para os pais... Você tirou boas notas neste semestre? Passou de ano? Pergunta ele novamente... Ah claro, o menino carente não pode ser um bom menino e muito menos se dar o luxo de ir para a escola, pois o dinheiro que ganha não pode ser gasto com cadernos. Nem roupas ele tem para frequentar a escola... Na verdade o Papai Noel já está sentindo um certo desconforto, pois o menino que está sentado em seu colo está fedendo e com as roupas sujas. Seu tênis surrado denuncia que ele não deveria estar ali, dentre os ¨bons meninos¨. Disfarçando a saia-justa o Papai Noel dá uma balinhas para o menino carente e rapidamente o desce de seu colo... O garoto, confuso, fica exitante entre agradecer as balas ou perguntar se ele vai levar o brinquedo... Uma resposta difícil de dar para uma pergunta que ficou entalada na garganta. O garoto ainda olha para trás para tentar fazer a pergunta, mas já tem um garotinho cheiroso sentado no colo do Papai Noel. Ambos sorriem enquanto a mãe do cheiroso tira umas duas fotos com a câmera digital de alta definição... As luzes de Natal e os sorrisos das pessoas parecem zombar daquele menino carente. Para ele o Papai Noel talvez não passe de uma cruel fantasia criada pelo mundo capitalista... Um bicho-papão vestido de roupão vermelho que vai assobra-lo pelo resto de sua dura vida... Para aquele menino, talvez seja tarde dar-lhe um brinquedo, ou qualquer outro presente que seja, pois sua infância, seus sonhos e sua dignidade já lhe foram roubados.
Para ele e outros tantos meninos e meninas carentes, o Papai Noel nunca virá...

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Fim de Ano


Bem, já chegamos em Dezembro e o clima de final de ano vai aumentando. Lembro-me de quando era criança. Quando o fim do ano se aproximava, a gente sentia uma euforia gostosa, como se fosse uma espécie de Nirvana...Daí a gente vai crescendo, as responsabilidades vão aumentando e a sensação de euforia vai ano a ano diminuindo...Talvez porque a gente quando cresce, vai enxergando a vida de uma maneira diferente. Talvez eu não sinta aquela sensação novamente, mas tenho obrigação de proporcioná-la às crianças de hoje. Pelo menos àquelas que estão mais próximas de mim. Na verdade, esses dias tenho feito uma análise da minha vida e por vezes fico em dúvida se as pessoas que se preocupam demasiadamente com o futuro estão certas (o meu caso), ou se as pessoas que vivem a filosofia do Carpe diem estão com a razão... Desde a minha infância, a minha vida tem sido trabalhar para construir um futuro...Quando o futuro chega ele se torna presente, então começo a planejar um novo futuro e assim por diante... Não posso reclamar da vida, mas talvez eu devesse desacelerar um pouco agora e aproveitar um pouco mais as coisas boas que a vida tem para oferecer. As coisas que a correria do dia-a-dia não nos deixa perceber... Vejo a ânsia de viver cada dia nos olhos das pessoas, mas creio que muitas delas talvez tenham um futuro de privações e dificuldades. Vejo pessoas que planejam seu futuro com cuidado e sacrifício. Esses talvez tenham uma velhice tranquila, mas a que preço? Se houvesse uma maneira de equilibrar ambos os modos de enfrentar a vida, talvez encontrássemos a fórmula da felicidade. Se eu viver oitenta anos (acho pouco provável), então estou no meio do caminho, mas então eu teria apenas uns vinte anos de vida produtiva...Os outros vinte seriam anos de vida gradualmente complicada devido às limitações da idade. Quando penso nisso acordo e me desespero, pois vinte anos não dá para fazer muitas coisas...Não dá para deixar a minha marca no mundo, se eu não correr... Sinto que o conhecimento nos chega meio tardio, mas ainda assim é válido. Hoje tenho muitas coisas em mente para concretizar, mas sou ciente de minhas limitações. Por enquanto, vou levando a cabo as minhas tarefas, uma a uma conforme o tempo e a disponibilidade me permitem. Alguns dos meus sonhos são bem comuns, como por exemplo, poder reunir num almoço ou jantar os meus parentes (que estão metade no Japão e metade no Brasil) e outros tantos queridos amigos e amigas...Ah... Isso seria muito bom e me traria uma imensa sensação de alegria. Tenho outro sonho que é poder definir um lugar onde eu possa dizer: Aqui eu vou morar para o resto da minha vida!!! Na verdade, tenho casa no Brasil e moro em apartamento alugado no Japão... Já estou meio de saco cheio dessa vida de ficar pulando daqui ali por causa de trabalho ou negócios... Quero poder morar no Brasil, num lugar onde eu me sinta feliz, onde eu possa achar a minha realização pessoal, profissional e espiritual...Para começar a minha listinha para o Sr. Noel, acho que se eu for agraciado por essas pequenas coisas, estarei no caminho da felicidade. O restante eu corro atrás, nesses próximos vinte anos de vida ativa que me restam!!!

sábado, 21 de novembro de 2009

Salão do Automóvel - Nagoya Motor Show



Acontece neste mês de Novembro de 20 a 23/Nov/2009 a 16a. edição do Nagoya Motor Show no centro de eventos Port Messe. O site para maiores informações é: www.nagoya-motorshow.com

Isso não é uma reportagem, mas a descrição das impressões que tive do evento. Logo na entrada, um pouco de muvuca para comprar os ingressos (adultos 1400 ienes e estudantes do ensino fundamental 700 ienes). Ao entrar, uma grata surpresa... Dei de cara com o estande da Porsche com seus bólidos inconfundíveis. Em exposição um Boxter conversível, um Carrera e um Cayman que estavam bem em evidência e outros dois modelos mais ao fundo. Andando pelo evento nos deparamos com vários estandes das mais variadas marcas, com seus modelos destinados para os diversos segmentos do mercado. Estavam presentes dentre outras marcas: Porsche, Mercedez Benz, BMW, Lexus, Jaguar, Alfa Romeo, Jeep, Renault, GM, Peugeot e como não poderia deixar de ser: Toyota, Honda, Nissan, Suzuki...

Senti falta da presença de marcas como Ferrari, Ford, Volkswagem, Audi e Lamborghini.

Nota-se a tendência constante ao arredondamento das formas e a inclusão de formas angulosas em alguns detalhes, como por exemplo os faróis do Nissan Fairlady Z370, dos faróis do Toyota Prius e do Body de alguns modelos da BMW como o Z4. Outra tendência notada foi a colocação de scoops ou fendas para ventilação dos discos dianteiros, presentes em vários modelos. Os detalhes cromados de partes internas e externas já não são mais exclusividade dos carros de luxo.

Nesta edição do Nagoya Motor Show, o apelo ecológico foi o grande destaque do evento, sendo que montadoras como Toyota, Honda e Suzuki deram atenção especial à apresentação de veículos ecologicamente corretos. A Toyota trouxe o IQ, veículo pequeno, de bom desempenho e com preço competitivo, mas a vedete da marca realmente é o Prius, carro híbrido, leve, feito com alto índice de material reciclado, de excelente qualidade e que traz no seu leve consumo de gasolina e no baixo nível de emissão de poluentes o seus maiores atrativos. Sucesso de vendas dentro e fora do Japão, o Prius ajudou a tirar a Toyota da crise e sua produção dá emprego para muitos brasileiros que vivem na região de Aichi.

A Honda tem um rival para o Prius. O Insight é um carro projetado na mesma plataforma, que tem apelo ecológico devido ao motor híbrido e que vem conquistando o consumidor japonês gradualmente. Apesar da qualidade não deixar a desejar e de ser mais barato que o concorrente, o Prius ainda é líder em vendas no segmento. Essa briga ainda vai longe e quem sai ganhando é o consumidor que será agraciado com qualidade e preço.

A cada edição dos salões do Automóvel que se realizam mundo afora, as montadoras trazem mais novidades tecnológicas, visando melhorar o conforto, a segurança, o desempenho, a economia... Muitos dos concepts que foram vistos nas edições passadas, tornaram-se modelos de fabricação em série. Muitos dos concepts que estão sendo mostrados agora serão nossas futuras opções de compra. Alguns modelos só estarão ao alcance de uns poucos mortais mais abonados. Este é um evento bom para se refletir sobre as tendências de mercado, sobre como os nossos carros ficarão no futuro e, sobre como nós, seres humanos que fomos movidos pelo petróleo até agora, nos deslocaremos sobre rodas no século XXI.

Além dos carros, as Staffs deram um Show a parte com sua beleza e simpatia, abrilhantando ainda mais o evento. Muitas, acho que chegam ao final do dia com dores no rosto, pois passam o tempo todo sorrindo. O profissionalismo e a simpatia foram os pontos marcantes nessas meninas que gentilmente posaram para as fotos.

O Nagoya Motor Show, para quem gosta de carro e tecnologia, é um bom divertimento, além de acrescentar as novidades no setor automobilístico. Fui, gostei e recomendo. Fotos no meu Orkut.

domingo, 15 de novembro de 2009

Diga não à mediocridade!!!

Num mundo como o nosso, cada vez mais competitivo, é lovável o empresário ou alguém bem colocado dar uma chance para aqueles que estão iniciando. Se todas as empresas só dessem chance aos experientes, não haveriam mais profissionais, pois mesmo aqueles que tem domínio do seu campo, já foram iniciantes um dia e tiveram quem lhes desse a primeira chance. A preciosa primeira chance deve ser bem aproveitada e bem vivida. Deve trazer amadurecimento profissional e enriquecer o conhecimento. Nesse caso, os profissionais iniciantes e esforçados serão bem-vindos. Sim! Existem pessoas que por força das circunstâncias se esforçam para exercer bem determinadas funções, mesmo não sendo totalmente capacitadas para elas. Suas debilidades profissonais, aos poucos vão sendo vencidas e a maturidade da prática vem como resultado de todo empenho. Muitas vezes, esse profissional iniciante é mais esforçado e eficiente do que aqueles que já estão atuando a mais tempo. Afirmo que estes sim, não são medíocres...São simplesmente futuros grandes mestres em fase de amadurecimento!

Agora, o caso da mediocridade é algo diferente. É o caso das pessoas que não estão com nada, mas mesmo assim, querem se impor e tomar conta das nossas mentes. Temos muitos exemplos na nossa cara...Bem debaixo dos nossos narizes, bem na frente dos nossos olhos, mas muitas vezes não percebemos. A mídia nos coloca goela abaixo, mas a maioria das pessoas não sabe que tem o direito de dizer não!!!

  • O político é um caso clássico... Cai de pára-quedas no cenário administrativo, não sabe de nada, mas usa de toda a sua demagogia para enganar os mais incautos. Faz pose de pessoa áustera e dedicada à causa do povo, mas está só tentando tomar o lugar de quem realmente quer trabalhar. O pior é que às vezes consegue!!!
  • Tem muito artista por aí que é Artista com ¨A¨maiúsculo. Tem talento de sobra, sua sensibilidade o permite conceber primorosas obras, mas muitas vezes seu lugar já está ocupado por algum Tiririca da vida... Pior é que música de verdade e poesia de verdade não são raras, mas perdem lugar para composições como ¨eguinha pocotó, Clementina de Jesus, velocidade cinco e outros lixos que alguns insistem em chamar de música.
  • Modelos de beleza, o Brasil já teve aos montes...Modelos da legítima beleza brasileira. Gosto cada um tem o seu, eu concordo, mas beleza é algo unânime... As verdadeiras mulheres bonitas como pode-se citar: Luana Piovani, Carolina Dieckman (loiras), Alessandra Negrini, Patrícia Poeta (morenas), Isabel Fillardis, Adriana Alves (negras), muitas vezes não aparecem por causa das falsas musas. Ultimamente está havendo uma enxurrada de mulheres frutas e sinceramente, eu ficaria somente com a Camilla Pitanga, que é um talento verdadeiro.

Fica aqui expressada a minha indignação. De certa forma nós todos somos culpados, pois essa gente medíocre está no trono poque nós os colocamos lá... A mediocridade ir ao ar através da mídia vá lá, mas aceitar ou não é com a gente. Se você mudar de canal, ou estação, ou ainda, quebrar o ibope dessa trupe já vai ser um belo golpe. Tem muita gente que compra umas porcarias de CD só porque está na moda!!! Desperdício de dinheiro e patrocínio da incompetência!!! Quanto aos políticos, bem...Tem muita gente que acha que quando o seu candidato se elege, não perdeu o voto...Muita gente tem aquela visão distorcida de que não se deve votar no candidato que está mal nas pesquisas...Ledo engano!!! Mesmo que seu candidato ganhe, se ele for medíocre, desonesto e corrupto, você vai ter desperdiçado o seu voto sim!!!

Devemos repensar o que nos oferecem, premiar o esforço e o talento autênticos e banir a mediocridade.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Continuo achando que o século XXI ainda não chegou

Desculpem-me por bater nesta tecla novamente e falar do quanto o mundo, ou pelo menos parte dele, está atrasado. O caso da estudante de turismo da Uniban tem corrido a mídia mundial...Bem, pelo menos ela virou uma celebridade instantânea, diriam alguns. Na minha posição de expectador (e crítico), eu esperava que a Uniban, uma entidade séria, tomasse as providências mais justas possíveis. Acredito (assim como a maioria das pessoas que também estão se manifestanto a favor da universitária), que o procedimento certo seria advertir formalmente, todos os envolvidos no escândalo (inclusive a garota que foi com o vestido curto), botar uma pedra em cima de tudo e dar uma chance à todos de repensarem os seus atos. Pelo contrário, num primeiro momento, a estudante foi expulsa e os envolvidos na confusão (os poucos que foram identificados através dos vídeos), foram ¨afastados temporariamente¨... Absurdo... Decisão arbitrária, parcial e que vai contra a filosofia de formação de pessoas com a mente aberta. Felizmente, quando a Uniban viu que a coisa iria engrossar, voltou atrás e decidiu manter a aluna. Eu me pergunto: Será que vai ter clima para fechar este ano letivo? Será que não haverão novas manifestações de hostilidade? Será que alguns filhinhos de papai não vão querer ameaçá-la? Por que essa ignorância toda? Veja bem, eu escrevi ignorância no sentido denotativo da palavra!!!
Pois é... Hoje, vi na internet um vídeo feito na Índia onde algumas mulheres apanham da multidão acusadas de bruxaria...Estamos na Idade Média? Aquilo era a ¨santa inquisição¨? Muita injustiça espalhada pelo mundo...Em diversos países, inclusive países de primeiro mundo, mas o que podemos fazer? Oras, se as nossas ações não alcançam a Índia, por exemplo, quital começar pelo Brasil mesmo...É tempo de mudança, aliás, sempre foi, mas a gente, as vezes, não percebe. A primeira e maior mudança que deve ser feita, começa dentro de nós mesmos! Extinguindo o preconceito e buscando o dicernimento para resolver todos os problemas. Como diz o ditado: Para se resolver todo e qualquer problema, a solução começa com um simples diálogo.

sábado, 7 de novembro de 2009

Visita ao parque Korankei


No Outono a descoloração das folhas do momiji (Acer Palmatum) é um espetáculo à parte para os olhos. O parque de Korankei fica localizado no distrito de Asuke, cidade de Toyota, na província de Aichi. A entrada é franca, mas a tarifa de estacionamento para o tempo em que o visitante fica no parque é de mil ienes.
Korankei é famoso por suas árvores de Momiji cujas folhas descolorem-se no Outono proporcionando uma mudança fantástica na paisagem. As montanhas e a floresta saem do seu estado verde e tornam-se coloridas. Como a descoloração das folhas não é homogênea, há uma diversidade de tons que vão do vermelho, passando por diversos tons alaranjados, chegando ao amarelo. É um verdadeiro festival de cores onde a natureza nos brinda com seu capricho, criatividade e beleza. Nesta época, muitos fotógrafos ¨peregrinam¨ até Korankei atrás de belas imagens. O parque é atravessado por um rio com margens rochosas. Em alguns trechos desse rio, a água fica bem calma, dando a impressão de que o rio se converte num grande espelho que reflete a beleza das árvores multicoloridas.Tem algumas pontes vermelhas ao estilo japonês. Muito bem cuidado, não tem um resíduo de lixo, o que mostra a organização e o respeito dos visitantes. Paira no ar um clima romântico, onde casais de jovens e velhos andam de mãos dadas.
O parque tem muitas trilhas, caminhos e pedras. O conjunto desses elementos é um ambiente inesquecível que traz ao visitante aquela sensação de ¨eu quero voltar aqui mais vezes¨. Para o visitante mais animado, andar pelos caminhos do parque e descobrir as belezas que se revelam a cada ponto é a chance de uma aproximação maior com a natureza. Essa proximidade torna a beleza bucólica do lugar ainda mais acentuada. Caso alguém resolva visitar o parque, sugiro que não se esqueça da câmera fotográfica.
Outro espetáculo que acontece é quando a noite chega e acendem-se as luzes do parque. Dezenas de holofotes posicionados nos pés das árvores, apontam para cima e iluminam a floresta dando uma coloração dourada ao ambiente. De longe, tem-se a impressão de que a floresta está pegando fogo. Nesse horário a beleza do parque só se equipara as luzes de Natal das grandes cidades.
Em suma, é um passeio relativamente barato, mas que vale a pena, pois o parque, além de ser muito bem cuidado tem um toque de cultura japonesa. Fui e recomendo.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

A importância da leitura

Estudos dizem que a leitura faz bem ao cérebro. O hábito (extremamente saudável) de ler, além de aumentar o nosso conhecimento, exercitar o nosso idioma (tanto na parte falada como na escrita), serve como ferramenta para estudar, ou simplesmente desestressar... O que algumas pessoas não sabem, é que a leitura retarda o envelhecimento do cérebro e combate o mal de Alzheimer, já que obriga os neurônios a trabalhar. A leitura estimula o raciocínio pois faz com que o leitor interprete o texto recriando situações em sua mente.
Aqui no Japão, no início do fenômeno Dekassegi, as pessoas não dispunham de leitura em português. Com o passar dos anos, apareceu o Jornal Internacional Press, Veio a internet e daí por diante, apareceram várias publicações em português. Quando a gente passa muito tempo sem ler, o cérebro acaba ficando ¨preguiçoso¨e é aí que devemos ficar alertas. O principal indício de que o nosso cérebro está ficando preguiçoso é quando a gente se depara com um texto, por pequeno que seja, desistimos na segunda ou terceira linha. Claro que o prazer de ler tem muito a ver com o assunto sobre o qual estamos lendo, mas quando você está no pique, qualquer texto pode ser lido em curto espaço de tempo, com boa interpretação sem o cansaço precoce de quem está desacostumado. Neste fim de ano, sei que muitas crianças estarão ansiosas pelos seus presentes e por isso, gostaria de sugerir um presente diferente... Quital um grande livro de estórias infantis ricamente ilustrado, bem colorido!!! Algo que desperte o gosto pela leitura...Cabe a cada um de nós formar as futuras cabeças que herdarão o mundo. A vida é menos difícil para os cidadãos mais orientados e atentos para as mínimas coisas. Nos dias de hoje, um bom livro é sempre um ótimo presente.
Para aqueles que dizem que o jornal está caro, eu digo que temos ótimas publicações em português pelo melhor preço (grátis)... São elas Alternativa e Vitrine...Só para citar as mais conhecidas. Para aqueles que dizem não ter tempo, dez minutinhos de leitura antes de dormir não vai matar ninguém e vai te fazer um muito bem!!! Aproveitando, quem ainda não leu a Alternativa No. 4 - Novembro/2009 . A revista traz uma reportagem voltada para aqueles que querem voltar para o Brasil, além de ótimas dicas como listas de documentos para visto de trânsito, comparativo das companhias aéreas, etc... Caso você tenha percebido que o seu cérebro está ¨preguiçoso¨tenha sempre à mão alguma coisinha para ler, mesmo que seja gibi!!! No caso de você ter crianças no seu círculo de amizade( filhos de amigos, por exemplo), é uma boa pedida dar livros de presente.
Um bom final de semana para todos e boas leituras.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Conversem com seus filhos

Hoje acordei meio jururu...Mesmo assim, ainda tenho a obrigação de postar alguma coisa útil neste blog, então vou transcrever uma reportagem sobre o perigo dos amigos virtuais na internet. A fonte provém deste link:

http://colunas.epoca.globo.com/mulher7por7/

Contem para seus filhos
ter, 03/11/09
por Isabel Clemente


Eu nunca tinha lido um depoimento tão detalhado e chocante como o de Mary Kozakiewicz, mãe de Alicia, uma jovem que, aos 13 anos, foi seqüestrada, torturada e estuprada durante quatro dias por um homem que conheceu pela internet. Alicia fugiu de casa para um encontro que virou seu grande pesadelo. Um homem de 38 anos, que julgava como amigo, era um maníaco. Alicia foi salva por agentes do FBI. A tragédia, há oito anos, deu origem ao Alicia Project , uma bela iniciativa de sua família para transformar o trauma num exemplo para alertar outros jovens a não cair na mesma armadilha. Eles rodam escolas e universidades nos Estados Unidos, numa conversa franca (e chocante) sobre o perigo dos contatos estabelecidos no mundo virtual.
Como mãe, imaginei o horror de Mary, mãe de Alicia, sentada, sem poder fazer nada, enquanto a polícia procurava sua filha. Sempre vi com muita cautela os contatos no mundo virtual e, confesso, reajo com certo assombro à facilidade com que as pessoas se expõem na internet, especialmente os jovens. Estabelecem redes de amigos, em que muitas vezes conta mais a “quantidade” do que a “qualidade”. Falam muito de si, da própria rotina. Mostram fotos, às vezes íntimas, esquecendo-se, de repente, que, além de impressionar os amigos, falam também com interlocutores cheios de más intenções.Não gosto dessa exposição. Não participo de redes sociais na internet. Quando posso, alerto meus sobrinhos adolescentes sobre os riscos desse negócio, um progresso dos tempos modernos que lança as crianças, cada vez mais cedo, num mundo sem fronteiras. Nesse espaço ilimitado que se abre a partir da tela de um computador, a boa e velha estratégia de se perguntar “onde estão meus filhos agora, com quem estão e o que estão fazendo” não vale.
Adolescentes têm segredos, julgam-se a salvo dos perigos do mundo, confiam demais no próprio julgamento. Eu fui assim também, embora tenha sempre agido dentro de limites muito claros estabelecidos por meus pais. Sem falar, é claro, que eu não tinha a internet para navegar à vontade. Penso nas minhas filhas, em que mundo estarão quando chegarem à adolescência. Como impedir que elas me olhem como se eu fosse um ser de outro planeta apenas por alertá-las sobre as pessoas mal intencionadas. Uma providência eu considero boa: computador, só num local onde todos podem ver o que o outro está fazendo. Diante dessa (cruel) realidade, deixar que a criança navegue à vontade no seu quarto é o mesmo que permitir que ela viaje por aí sozinha, sem a companhia de um adulto responsável.
Os esforços de Alicia têm sido reconhecidos mundo afora com prêmios, documentários e fóruns. ransformar a dor em ação não é para qualquer um. Alicia, uma jovem bonita e tímida, ainda sofre com insônias e tem lapsos de memória, num mecanismo involuntário de autoproteção. Ela estuda Psicologia na Universidade de Pittsburgh. Seu sonho é virar agente especial do FBI para impedir e salvar outras crianças da mesma situação. Leiam o que diz a mãe de Alicia (em inglês). ”Você acredita que seu filho não está sendo imprudente”, diz Mary, mas está. “A criança que retorna para você depois de uma experiência como essa não é a mesma que saiu”, escreveu Mary, para o Times britânico. Nem tem como ser. Conheçam essa história. Passem adiante. Ela pode salvar vidas e sonhos.
Abaixo, trechos em português do depoimento da mãe de Alicia.
Era Ano Novo. Começava 2002. Tivemos uma ceia de família. Quando eu estava tirando os pratos para colocar na mesa a torta de maçã, Alicia disse que não se sentia bem e subiu as escadas. Eu disse: “Tudo bem, pode ir”. Mais tarde, quando ela não respondeu a meu chamado, pedi ao irmão para ir até lá. Ele falou: “Ela não está no quarto”. Tinha sumido assim, de repente.Eu nunca tinha me preocupado com o uso que Alicia fazia da internet. Ela tinha 13 anos, e embora ela ficasse no computador algumas horas por dia, todas as crianças em Pittsburgh ficavam. Eu dizia: “Sai, brinca um pouco”. Mas aí ela me mostrava a tela do computador, e todos os amigos estavam conversando entre si. Nós achamos que ela estava segura. Crianças pararam de ler livros, e agora escrevem coisas online, fazem o dever de casa online. Têm perfis onde incluem seus objetos favoritos e uma foto. Nunca imaginamos que ela pudesse sofrer algum dano por isso.
Alicia era tímida, não saía muito na rua, não havia nenhuma casa para onde pudesse ir na noite do Ano Novo. Era um dos dias mais frios do ano, gelado, nevava e estava escuro. Fomos ao jardim, ao porão, e finalmente chamamos a policia. Eles disseram: “Ela estará em casa de manhã, provavelmente está com amigos”, e foram embora. É surreal, você é transportada a um outro estágio de consciência, porque não há resposta. Você se senta no escuro e se sente impotente. Nenhum alerta. Nenhum sinal de arrombamento. Ela não levara nada com ela, nenhum casaco, nenhuma bota. O dinheiro que ganhara de Natal ainda estava em sua penteadeira.
Eu era dona de casa, meu marido era vendedor num escritório em que pessoas começavam a trocar e-mails e havia as lendas dos predadores da internet, foi ele quem suspeitou primeiro. E estava certo (…) Na aparente segurança de seu quarto, minha filha tinha conhecido um homem de 38 anos online, um programador de informática de Hendon, Virginia. (…) Depois soubemos que era divorciado. A filha tinha acabado de passar o Natal com ele. Tinha a idade de minha filha. Deixou a própria filha no aeroporto e foi pegar a minha na minha casa. Sua intenção era transformá-la numa escrava sexual. (…) Ela ficou refém dele num porão, ela a estuprou, abusou dela, bateu nela, a torturou, e a manteve acorrentada com uma coleira de cachorro no pescoço.Só a encontramos porque ele havia mostrado um vídeo seu com minha filha para outro tarado. Mas o amigo chamou o FBI, por achar que o sequestrador iria matar minha filha e ele não queria ser acusado como cúmplice por ter visto o vídeo do abuso.
No dia 5 de janeiro, o FBI entrou na casa onde ficava o cativeiro. Até então, eu tinha parado de comer e dormir. Recebi uma ligação do FBI e meu medo era que me chamassem apenas para identificar minha filha, porque 75% das crianças raptadas são mortas nas primeiras três horas.
(…)Alicia hoje descreve a internet como talvez o maior experimento social de todos os tempos mas no qual as crianças podem ser sacrificadas como cobaias. Eu uso a analogia de uma arma carregada. Ninguém nos advertiu sobre isso mas passaram a nos culpar quando as crianças começaram a matar e ferir umas às outras”.
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Ando com uma certa dor na consciência,pois acho que estou meio distante da minha baby, mas vou conversar com esse alguém importante para mim, pois esse tipo de notícia sempre me deixa apreensivo.

Esses dias mesmo, postei alguns pensamentos sobre o preconceito aproveitando a repercussão do caso da estudante da Uniban.
Sabemos que existem roupas para todas as ocasiões e devemos adequa-las às circunstâncias de uso, mas um erro desse tamanho não justifica um erro ainda maior... Quero esclarecer aqui, que não tenho nenhum vínculo com ela, mas quero também explicitar a minha indignação... Imagina alguém que colocou uma roupa curta para ir à faculdade. Começa um murmurinho e quando ela menos espera, tem que sair da instituição escoltada pela polícia, pois a situação fica insustentável. Assisti alguns vídeos que foram postados no Youtube e lamentavelmente vê-se a cena onde dezenas de estudantes (de curso superior), gritam em côro ¨Puta! Puta!¨ (desculpem o palavreado). Simplesmente deprimente... Acho que alguém que tenha o privilégio de cursar uma faculdade no Brasil, tem que ter a mente um pouco mais aberta. Alguns até nem estavam tão empenhados em protestar. Só queriam mesmo é fazer barulho e ver o circo pegar fogo (Maria-vai-com-as-outras). Acho que se alguma menina estava incomodada com o namorado olhando para a outra, então que fosse reclamar na direção (essa seria a atitude mais sensata). Submeter uma pessoa à esse tipo de humilhação é um dano que jamais poderá ser plenamente sanado e vai deixar sequelas. Há uma parte de um dos vídeos em que uma garota diz ¨coitada, ela está chorando...¨ Em seguida uma outra responde ¨que se dane!¨
As vezes me questiono se estamos mesmo no século XXI...
Hoje, no calor dos acontecimentos, muita gente talvez não reconheça que errou, mas o tempo passa e a maturidade um dia chega... Convido todos à meditar sobre o assunto e lembrar que poderia ser alguém da sua família...Se fosse, como você se sentiria? Você de certo deve ter mãe, irmã, prima, amiga, namorada, noiva, esposa... Imaginem o dano psicológico...
Temos um grande papel nessa era...O mundo está em constante mudança e do passado até aqui, muitas coisas foram conquistadas, mas para que o mundo seja transformado, a maior mudança deve ocorrer dentro de nós mesmos. Se queremos Justiça, igualdade, tolerância e harmonia, de maneira sincera devemos ser justos, igualitários, tolerantes e buscar uma vida mais harmônica em sociedade.

domingo, 1 de novembro de 2009

Estamos no século XXI?



Quando paro e olho para trás, lembro que chegamos no século XXI. ¨Grande coisa¨, diriam alguns, mas eu reafirmo...É uma grande coisa mesmo!!! Antigamente se falava nas maravilhas do futuro, nos avanços da ciência... Criavam hipóteses de como seria o mundo no ano 2000... Pois bem... Para refrescar a memória de quem viveu as dificuldades do passado e as esqueceu e para esclarecer algumas pessoas que não viveram em tais épocas, vamos fazer uma pequena explicação... Eu tiro como base a minha vida e os caminhos que tomei para chegar até aqui...

Bem, nasci em 28 de Abril de 1970 em Ferraz de Vasconcelos. Na época, meus pais estavam em dificuldades financeiras. Sem dinheiro para me registrar, esperaram até Agosto daquele ano. Meu pai declarou que eu havia nascido no dia 20 de Agosto de 1970 para não pagar multa. Hoje, o cidadão brasileiro pode registrar seus filhos gratuitamente.

Lembro-me que quando eu era criança, a gente ia buscar óleo de soja no armazém e levava uma garrafa de vidro para carregar o óleo que era extraído de um tambor. Havia uma bomba de manivela com uma mangueira para bombear o óleo para as garrafas. Hoje, o óleo é vendido nas ultrapassadas latas, ou em modernas garrafas plásticas, dentro de certos padrões de fabricação e higiene.

Lembro-me das fichas telefônicas que usávamos para fazer nossas ligações. A ligação local durava três minutos. A ficha para interurbanos era diferente e mais cara. O serviço telefônico era ruim(as vezes não se escutava direito devido a chiadeira), as linhas eram muito caras e não existiam celulares. Hoje, com a popularização do telefone, pelo menos no Brasil, o governo abriu a concessão dos serviços de telefonia e a concorrência beneficiou os usuários com a melhoria dos serviços e tarifas mais atraentes. Com o advento do celular, não há mais desencontros como haviam antigamente.

Antigamente, ou você tinha um carro a gasolina, ou a álcool, ou a diesel. Carro particular a gás de cozinha também existia, mas era ilegal. Atualmente, as pessoas podem comprar carros com motores Flex, ou GNV e ainda tem os híbridos que funcionam com motores elétricos (carros com apelo ecológico e que tem o incentivo do governo japonês para a sua produção e venda).

Antigamente uma carta para chegar no Brasil, levava até uma semana. Para fazer uma transação por carta levava-se uns quinze dias. Hoje, para mandar fotos, cópia de documentos ou cartas, tudo pode ser feito por e-mail. Chega na mesma hora. É rápido, prático e seguro.

Tudo isso sem citar outras infinidades de coisas que a evolução da ciência nos proporciona. Aqui no Japão é muito comum as pessoas viajarem, ou irem para lugares desconhecidos sem a dor de cabeça de ficar parando de posto em posto para verificar se o caminho está certo. A tecnologia GPS dos aparelhos de navegação permitem que você viaje para qualquer lugar do Japão. Realmente...Os avanços na área da ciência foram grandiosos, mas uma grande parte da humanidade (quero crer que não é a maioria), ainda vive com a mentalidade de séculos atrás...

  • Palestinos e Israelenses ainda continuam se odiando com paixão...
  • Ainda existem na Europa, pessoas com o sentimento anti-semita...
  • Ainda existem lugares onde pessoas trabalham em regime de semi-escravidão...
  • Ainda existem pessoas que acham que os homosexuais, os negros, os pobres, os ignorantes, os asiáticos, os nordestinos, os judeus sejam pessoas inferiores...
  • Ainda existem políticos que acham que época de trabalho é só quando há uma eleição...
  • Ainda existem países querendo pleitear seus direitos através da guerra...
  • Ainda existe gente que mesmo sabendo que o futuro é incerto, desperdiça água...
  • Ainda existe gente aos montes morrendo de fome...
  • Ainda existem seitas religiosas que ¨em nome de Deus¨ exploram a boa fé das pessoas (como na Idade Média).
  • Ainda existem pais que exploram seus filhos nos semáforos das grandes avenidas...
  • Ainda existem pessoas que mesmo sem precisar, inscrevem-se nos benefícios sociais do governo...
  • Ainda existem pessoas que discriminam a mulher...

E por aí vai... Estamos num novo século, numa nova era, no entanto, muitos de nós ainda estamos com a mentalidade do século passado. Você já parou para pensar que está vivendo no século XXI? Uma nova era...De entendimento, de tolerância, de benevolência, de solidariedade e de Paz!!!

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Nomes de documentos em japonês


As vezes, por falta do nome de alguns documentos, passamos por algumas dificuldades. Vamos postar aqui, os nomes de alguns dos documentos mais usados no Japão. Recomendo imprimir e deixar junto com os demais documentos, caso seja necessário. (tópico transcrito da comunidade Bravery do Orkut)
  • Atestado de desligamento da empresa (necessário para dar entrada no seguro desemprego). RISHOKU SHOMEISHO 離職票証明書
  • Certidão de nascimento: SHUSSEI SHOMEISHO 出生証明書
  • Atestado de profissão: ZAISHOKU SHOMEISHO 在職証明書
  • Atestado de trabalho: ZAISEKI SHOMEISHO 在籍証明書
  • Carta de demissão: TAISHOKU TODOKE 退職届
  • Contrato de trabalho: KEIYAKUSHO/ROUDOUKEIYAKUSHO 契約書/労働契約書
  • Comprovante de renda anual: GENSEN 源泉
  • Holerit: KYURYO MEISAISHO 給料明細書
  • Declaração de imposto de renda: SHOTOKUZEI KAKUTEI SHINKOKU 所得税確定申告
  • Atestado de residência: JUMIN HYO (para japoneses) 住民票  e GAIKOKUJIN TOROKU GENPYO KISAI JIKO SHOMEISHO 外国人登録原票記載事項証明書 ou simplesmente KISAI JIKO SHOMEISHO 記載事項証明書 (no caso de estrangeiros) Nota: Tanto para japoneses, quanto para estrangeiros, o documento, basicamente é o mesmo, só muda o nome.
  • Atestado de antecedentes: MUHANZAI SHOMEISHO 無犯罪証明書
  • Atestado de estacionamento (necessário para a compra de automóvel) SHAKO SHOMEISHO 車庫証明書, ou simplesmente SHAKOSHO 車庫書.
  • Atestado de desligamento da empresaTAISHOKU SHOMEISHO 退職証明書 Necessário para dar entrada em um novo seguro saúde e para solicitar a redução de aluguel quando morar em Ken-ei Juutaku.
  • KOSEKI TOHON 戸籍謄本
  • CERTIDÃO DE CASAMENTO/kON-IN SHOMEISHO 婚姻証明書 

domingo, 25 de outubro de 2009

Correria


Muita gente sabe que a vida aqui no Japão não é fácil, aliás a vida (sem dinheiro) não é fácil em qualquer lugar do mundo! Mas aqui há um misto de facilidades e dificuldades...Comparando com o Brasil, realmente existem diversas vantagens como alguns benefícios sociais, menos burocracia para resolver alguns assuntos pertinentes ao cotidiano do cidadão, sistema de atendimento mais organizado, etc...
As dificuldades? Bem, eu poderia começar citando a barreira do idioma. Se por um lado, o sistema ajuda, por outro, o idioma é uma barreira para a maioria de nós. Alguns ainda falam e entendem. Existem ainda uns poucos que falam, lêem e escrevem, estes últimos (privilegiados) não se apertam. Tirando esses dois grupos, os demais necessitam de intérpretes até para as coisas mais elementares. Está na hora de mudarmos nossa mentalidade e atitude. Muitas vezes vemos pessoas que negligenciam a educação, privando a si e aos filhos de um leque de oportunidades que o conhecimento proporciona. Tempos atrás, passamos por uma crise e pude constatar que meus compatriotas reagiram de maneiras diversas frente as dificuldades... Sei que cada um é que sabe de suas próprias dificuldades, mas se fizermos um comparativo, veremos que cada atitude trouxe um resultado difrente. Uns por motivos financeiros, ou porque estavam com a esposa e os filhos, ou por que não tinham dinheiro guardado, fizeram as malas, pegaram aquela ajuda do governo e voltaram para o Brasil. *Note bem, isso é uma ANÁLISE e não uma crítica. Outros não quiseram voltar, seja por vergonha, por não ter dinheiro, ou simplesmente porque queriam apostar numa melhora. Houve no entanto um grupo que considero especial...Especial e admirável... Pessoas que buscaram adquirir conhecimento e capacitação durante o tempo em que estavam ociosos. Tenho alguns amigos que foram atrás de cursos de japonês, cursos de massagem, cursos de empilhadeira, de solda, de fotografia, de inglês...Vai servir para alguma coisa? Claro!!! Todo conhecimento adquirido é válido e mesmo que não seja aplicado no Japão, pode ser aplicado no Brasil, ou simplesmente vai deixar você no mínimo, uma pessoa mais culta e competente. Um bom currículo é a porta de entrada para as vagas que andam bem concorridas.
Resultados? Bem...Os que pegaram a ajuda do governo terão que ficar três anos sem entrar no Japão. Caso o governo acredite ser necessário, ainda há a POSSIBILIDADE de o visto ser negado, sob alegação de que a crise ainda não passou totalmente.
Os que apostaram na sorte e ficaram esperando, bem...Alguns tiveram suas vagas de volta, outros conseguiram se encaixar em outra empresa e alguns ainda continuam esperando... Esses apesar de alguns terem retornado às suas vidas, tiveram um atraso finaceiro no tempo em que estavam parados.
Do grupo das pessoas que correram atrás de estudar, alguns ainda continuam desempregados, mas os que voltaram à ativa, voltaram mais capazes, com aquele algo a mais. Seu currículo está mais atraente e os que ainda não se encaixaram tem mais chances em potencial. Esses últimos só tiveram um atraso financeiro no tempo em que estavam parados, mas deram um grande passo no lado intelectual.
E a correria continua!!!

Antipatia gratuita



Aqui no Japão, como em qualquer lugar do mundo, a gente se depara com gente antipática...Tem gente que é antipática por natureza, mas tem gente que força uma antipatia, as vezes para fazer um tipo, ou simplesmente por não ir com a cara de determinada pessoa...Daí, fazem questão de mostrar o seu sentimento de desafeto para com as pessoas. Muitas vezes, quem não se deparou com uma situação como essa: Você chega num estabelecimento comercial, ou repartição pública e quando a pessoa percebe que você é estrangeiro faz questão de mudar o tom de voz, a maneira como ela te atende(taido) e por vezes, o modo como ela põe sua mercadoria no balcão dá a impresssão de que ela está jogando...Vez ou outra, ela usa um tom ríspido na voz para perguntar algo, como se estivesse irritada e você estivesse fazendo uma enorme ofensa para ela...Quem nunca passou por uma situação dessas no Japão? Se você nunca passou por isso, sinta-se um felizardo, pois todas as pessoas com as quais toquei no assunto afirmaram que já foram vítimas desse tipo de antipatia gratuita.

Outro tipo de antipatia gratuita é quando a pessoa não vai com a sua cara e você nem desconfia. Ela fica aguardando a chance de demonstrar esse sentimento. Na primeira chance que ela tem para te dar uma má resposta, ou para te ofender, ela descarrega toda a sua raiva infundada em você.

Hoje em dia com o advento da internet então... Antigamente era só por telefone. Engraçado como as pessoas covardes acham fácil ofender as outras através de um perfil fake...Escondidinhas no seu casulo de ignorância, lançam mão desse artifício para dar vazão aos seus recalques. Tsc, tsc, tsc...Coitados...O que deve doer mais neles é que eu simplesmente os ignoro e deleto suas mensagens irrelevantes!!! Nos fóruns de discussão, onde existem tópicos de interesse geral sendo abordados, algumas pessoas perdem seu tempo ofendendo os demais.

Agressões e antipatias a parte, o que as pessoas se esquecem é que somos uma comunidade estrangeira dentro do Japão e que as nossas armas são a união e a informação. Com a união, obtemos ajuda uns com os outros e com a informação adquirimos os meios para viver bem neste país e alcançarmos os nossos objetivos. Muitos brasileiros, no decorrer desses anos vivem e sofrem. Acabam por esquecer dos demais e vivem a filosofia do cada um por si. Esquecem-se também que todos estamos navegando no mesmo barco.

Além dos parentes e dos amigos, temos centenas de compatriotas que esperam para nos ajudar e outras centenas que precisam da nossa ajuda. cabe a nós saber onde é o nosso lugar nessa imensa engrenagem.

Independente da sua religião, de sua posição social e opinião, há um fato inegável: Sempre há algo que possamos fazer por alguém...Nem que seja tentar ser simpático, tornar o dia das pessoas o mais agradável possível, ou simplesmente dar um sorriso. Antipatia gratuita não leva a nada, pelo contrário, só faz estragar o dia de algumas pessoas que não tem culpa dos seus problemas. Vamos colocar um sorriso no rosto e responder à antipatia com simpatia!!!

sábado, 24 de outubro de 2009

Essa nossa vida no Japão



Quando tive a idéia de postar as minhas idéias na internet para expressar a minha opinião sobre as coisas, ou para ajudar os meus conterrâneos no Japão, inicialmente criei duas comunidades no Orkut. Tais comunidades estavam vinculadas as empresas onde eu trabalhava, mas com a minha saída, eu parava de postar...Agora estou lançando mão deste modesto Blog para que as pessoas continuem me acompanhando. Tenho a intenção de postar mais algumas coisas nas comunidades que mantenho lá no Orkut, mas futuramente vou tentar centralizar tudo por aqui.

Obrigado pelo carinho e pela consideração das pessoas que me acompanham nesses anos de Japão. Obrigado pelas manifestações de carinho e simpatia por parte das pessoas que tenho encontrado pelos caminhos da vida.

Nessa vida a gente encontra muitas pessoas...Algumas se tornam colegas, algumas conhecidos e outras se tornam nossos amigos do peito. Deus, ou o Universo, como queiram chamá-lo, em sua infinita sabedoria nos coloca uns convivendo e interagindo com os outros como diversas engrenagens com a finalidade única de reconhecermos que estamos aqui para aprender. Ninguém é supremo e nem totalmente independente dos demais!!!